quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

PIPOCA OU PIRUÁ?





A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens. O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer. Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.
Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice, uma dureza assombrosas. Só elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos - Dor. Pode ser o fogo de fora: perder um amor, um filho, um amigo ou o emprego. Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, doenças e sofrimentos cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio, uma maneira de apagar o fogo. Sem fogo, o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pipoca dentro da panela, ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não consegue imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece completamente diferente, como nunca havia sonhado.
Piruá é o milho que se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura. O destino delas é triste. Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.
E você, o que é? Uma pipoca estourada ou um piruá?
Rubem Alves
Bem, posso não ser a mais linda e branquinha mas, com certeza, eu sou uma pipoca estourada.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

FÁBULAS



O leão e o camundongo, a lebre e a tartaruga, a raposa e a cegonha, a cigarra e a formiga são algumas das duplas que protagonizam fábulas muito conhecidas. Há também o homem que matou a galinha dos ovos de ouro, fábula de La Fontaine da qual se extrai a lição: "Quem tudo quer tudo perde."
Fábula é uma narrativa aleatória em prosa ou verso, cujos personagens são geralmente animais, que conclui com uma lição moral. Sua peculiaridade reside fundalmentalmente na apresentação direta das virtudes e defeitos do caráter humano, ilustrados pelo comportamento antropomórfico dos animais. O espírito é realista e irônico e a temática é variada: a vitória da bondade sobre a astúcia e da inteligência sobre a força, a derrota dos presunçosos, sabichões e orgulhosos, etc. A fábula comporta duas partes: a narrativa e a moralidade. A primeira trabalha as imagens, que constituem a forma sensível, o corpo dinâmico e figurativo da ação. A outra opera com conceitos ou noções gerais, que pretendem ser a verdade "falando" aos homens.
Cabe salientar que o elemento dominante, para o gosto moderno, costuma ser a narrativa. A moralidade ou significação alegórica, ainda que anime o todo, jaz de preferência nas entrelinhas, de maneira velada. Os antigos tinham ponto de vista diferente. Para eles, a parte filosófica era essencial. Para atingirem de modo mais direto o alvo moral, sacrificavam a ação, a vivacidade das imagens e do drama. Assim, a evolução da fábula pode ser cifrada na inversão do papel desses dois elementos: quanto mais se avança na história, mais se vê descrever o tom setencioso, , em proveito da ação. A presença da moral, no entanto, nunca desapareceu de todo da fábula. Explicitada no começo ou no fim, ou implícita no corpo da narrativa, é a moralidade que diferencia a fábula das formas narrativas próximas, como o mito, a lenda e o canto popular. Situada por alguns entre o poema e o provérbio, a fábula estaria a meio caminho na viagem do concreto para o abstrato.
A afinidade com o provérbio encontra-se no nível mediano - lugares-comuns proverbiais - a que geralmente se reduz a lição extraída da narrativa. Sob esse aspecto, a fábula também se distingue da parábola, que procura maior elevação no plano ético, além de lidar com situações humanas mais reais.
Os mais famosos fabulistas~são: Esopo, Fedro e Jean de La Fontaine.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

O CONHECIMENTO DA ARTE

Li ou escutei (não lembro ao certo) de alguém um comentário sobre o "conhecer" a arte. Como é difícil para o ser humano analisar algo que desconheça, e mais difícil ainda é admitir sua ignorância no assunto.
Todos nascemos, eu imagino que sej assim, com o potencial de reagir à arte. Infelizmente, nem todos temos a boa sorte de ver ativado esse nosso potencial.
Algumas pessoas, por temerem a própria ignorância, decerto não conseguem encarar sem medo uma obra de arte.
Olhar, realmente olhar, continua a ser uma responsabilidade pessoal, e a reação de mais ninguém servirá de substituto. Mas é do mundo exterior que o conhecimento precisa vir a nós, pela leitura, audição e contemplação. Se descobrirmos que sabemos, então talvez possamos reunir coragem para olhar, admirar, degustar uma obra de arte.
O amor pela arte e o conhecimento da mesma andam de mãos dadas.

domingo, 2 de dezembro de 2007

A PSICOLOGIA DO JOGO

Qual a psicologia do jogo?
Devemos ou não usar desta "ferramenta" na sala de aula?
Em primeiro lugar, ou seja, antes de sugerir um jogo, é preciso saber qual o objetivo a ser alcançado com ele. Um simples lazer? Um quebra gelo? Integração? Sintonia de idéias e conhecimentos? Estabelecer confiança? Demonstrar conceitos?... Para que vou usar este jogo?
O jogo traz em si um espaço para aprendizagem, podento ter seu efeito potencializado, proporcionando aos "jogadores" algo mais além do que um simples passatempo ou uma tarefa a cumprir.
Num processo de aprendizagem, o ideal é vivenciar para depois compreender, e é isso que, na maioria das vezes, o jogo oportuniza.
Este processo de transformar a experiência em ação, normalmente não ocorre sozinho, as pessoas necessitam de um tempo de precessamento, para tirar conclusões e fazer associações com sua vida. Neste momento, o focalizador, ou seja, o jogo em si, tem papel fundamental, pois é através de sua mediação que o participante pode ir mais fundo em sua reflexão.
Como disse Paulo Freire: - "O homem não aprende apenas com sua inteligência, mas com seu corpo e suas vísceras, sua sensibilidade e imaginação". O jogo também é um agente de aprendizagem. Portanto, que seja bem-vindo o jogo!

Desenvolvimento gráfico e escultório.


A interdisciplina "Artes VIsuais" me abriu novos horizontes no conhecimento de artes e na leitura das atividades artísticas realizadas por meus alunos.
Até então eu desconhecia os estágios (ou etapas) do desenvolvimento gráfico e escultório da criança.
Foi um grande aprendizado e, à partir de então, observo as obras artísticas de meus pupilos com outros olhos.
Mas para que tudo o que assimilei não caia no esquecimento, faço aqui o meu registro:
DESENVOLVIMENTO GRÁFICO
"Grafismo é todo e qualquer registro feito sobre uma superfície".
PRIMEIRO ESTÁGIO: Rabiscação ou garatuja.
SEGUNDO ESTÁGIO: Descoberta da relação existente entre o desenho e a realidade.
TERCEIRO ESTÁGIO: A criança passa a exprimir-se segundo o que ela vê.
QUARTO ESTÁGIO: Surgem as preocupações com a identidade e o mundo de forma aprofundada. O olhar passa a ser mais crítico e indagador.
DESENVOLVIMENTO ESCULTÓRIO
ETAPA I - Explorações de materiais (chapadas criculares).
ETAPA II - Movimentos mais complexos (esferas).
ETAPA III - Hastes (só comprimento e direção da forma são importantes).
ETAPA IV - Acrescentada a terceira dimensão.
ETAPA V - A criança usa, em suas construções, os volumes e as hastes.
ETAPA VI - Utilização de placas (formas bidimensionais) agregadas para representar os planos de construção do objeto.
ETAPA VII - Placas se tornam tridimensionais.
ETAPA VIII - A criança procura diferenciar o tamanho das formas, suas proporções, orientação espacial, etc...
Não posso deixar de lado duas citações que merecem um pouco de reflexão:
"Existe uma parcela de desenvolvimento gráfico infantil que é patrimônio universal da inteligência humana, e outra parcela que corresponde às circunstâncias geográficas, temporais e culturais do curso humano". (Edith Derdyk).
"... como educadores, acreditamos no poder de criatividade das pessoas, na individualidade de cada ser humano, acreditamos na necessidade vital que a criança tem de se expressar; porque somos contra a acomodação e desejamos a transformação". (Vianna - 1994).
Os estudantes de ensino fundamental (principalmente os da rede pública) são carentes de uma preparação artística prévia. O professor deve incentivar e oportunizar o aluno à transformar seus sentimentos em obras de arte, mas sem esquecer que o que importa apenas é que a obra esteja de acordo com aquilo que o aluno entende como obra de arte.
O maior obstáculo em aulas de educação artística reside na insegurança do professor e na sua ignorância sobre esta disciplina, mas o melhor dos ensinamentos acontece quando o professor trabalha com as sua próprias idéias e não com modelos rígidos nos quais não acredita ou desconhece.

A música não é só cantar e dançar




Dos 7 aos 9 anos, estudei acordeão. Notas musicais, clave de Sol, ritmo, compasso, bemol e sustenido: tudo isso fazia parte do meu universo naquela época. Mas, depois disso, transcorreram algumas décadas (o tem exato não posso contar, é segredo de estado!), e minha memória armazenou todos esses dados em uma gavetinha, bem num cantinho do meu cérebro. Já estava quase tudo esquecido, mas eis que surge a interdisciplina "Música Na Escola" e abre as gavetas, espalhando todo seu conteúdo. Lembrei! Recordei! Revivi, mentalmente, toda aqula magia de sons que partiam de um instrumento musical quase maior que a musicista.

Tudo que se aprende e apreende, não se perde jamais! Pode ficar depositado em um canto qualquer e, até mesmo, um pouco negligenciado. Mas, com um simples episódio, como num passe de mágica, tudo volta.

Ao preparar uma das atividades desta interdisciplina, procurei me atualizar neste quesito. Devemos estar preparados para questionamentos que, muitas vezes, nos deixam desnorteados.

Relembrei que os elementos fundamentais da música são: ritmo, melodia e harmonia. Que os parâmetros do som se dividem em: Intensidade (fraco ou forte), Altura (grave ou agudo), Timbre (qualidade que nos permite reconhecer a origem de um som), Duração (quantidade de tempo ao longo do qual um som, ou silêncio, é sustentado).

Refresquei a memória! Música tem tempo: compasso é a divisão da música em séries regulares (binário, ternário, ...).

Lembro, como se estivesse vendo e ouvindo agora mesmo, a professora Norma (este é o nome dela) falando: - "Perder o compasso é o mesmo que perder o rebolado. Se aprumem!"

Bons tempos aqueles!

domingo, 25 de novembro de 2007

POESIA



Se o link da poesia não for permitido abrir (estas coisas acontecem), aí está a poesia de Fernando Pessoa.




Navegue.
Descubra tesouros.
Mas não os retire do fundo do mar.
O lugar deles é lá.
Admire a lua.
Sonhe com ela.
Mas não queira trazê-la para a Terra.
Curta o Sol.
Se deixe acariciar por ele.
Mas lembre-se que seu calor é para todos.
Sonhe com as estrelas.
Apenas sonhe.
Elas só podem brilhar no céu.
Não tente deter o vento.
Ele precisa correr por toda parte.
Ele tem pressa de chegar.
Não apresse a chuva.
Ela quer cair e molhar muitos rostos.
Não pode molhar só o seu.
As lágrimas?
Não as seque.
Elas precism correr na minha, na sua, em todas as faces.
O sorriso?
Esse deve se segurar.
Não o deixe ir embora.
Agarre-o!
Quem você ama?
Guarde dentro de um porta jóias.
Tranque, perca a chave!
Quem você ama é a maior jóia que você possui.
A mais valiosa.
Não importa se a estação do ano muda.
Se o século vira.
Conserve a vontade de viver.
Não se chega à parte alguma sem ela.
Abra todas as janelas.
E as portas também.
Persiga um sonho.
Não deixe ele viver sozinho.
Alimente sua alma com amor.
Cure suas feridas com carinho.
Descubra-se todos os dias.
Deixe-se levar pelas vontades.
Mas não enlouqueça por elas.
Procure.
Sempre procure o fim de uma história.
Seja ela qual for.
Dê sorriso para quem esqueceu-se como se faz isso.
Olhe para o lado.
Alguém precisa de você.
Abasteça seu coração de fé.
Não a perca nunca.
Mergulhe de cabeça nos seus desejos e satisfaça-os.
Agonize de dor por um amigo.
Só saia dessa agonia se conseguir tirá-lo também.
Procure os seus caminhos.
Mas não magoe ninguém nessa procura.
Arrependa-se!
Volte atrás!
Peça perdão!
Não se acostume com o que não o faz feliz.
Revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças.
Mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar. Volte!
Se perceber que precisa seguir. Siga!
Se estiver tudo errado. Comece novamente!
Se estiver tudo certo. Continue!
Se sentir saudade. Mate-a!
Se perder um amor. Não se perca!
Se achá-lo. Segure-o!
Circunda-te de rosas.
Ama.
Bebe.
E cala.
O mais é nada.

Todo fim de semestre é a mesma correria, a mesma tresloucada confusão de idéias e vontades frustradas. Segue-se um desânimo e uma necessidade básica de parar e respirar. Pensa-se em desistir de tudo e se acomodar num canto. Mas qual o canto que podemos nos acomodar se um futuro nos espera para comemorar nossas vitórias, nossos objetivos alcançados.
Pare! Pense! Nada é impossível! Podem surgir algumas dificuldades, mas isto faz parte da caminhada de quem tem capacidade de seguir adiante.
Pronto! Mau astral está em alta! Estou novamente em forma para seguir adiante e vencer mais uma etapa desta trilha.






AQUARELA



Hoje, ao abrir o Rooda na disciplina de Música, me deparei com uma atividade que, à princípio, me pareceu utópica: Inserir MPB na sala de aula.

Isto não significa que a música não faça parte dos meus projetos de aula. Mas fazer com que os alunos conheçam autores clássicos da Música Popular Brasileira é outra história.

Os pequeninos (1ª série) vêm para escola com uma bagagem musical pronta e é difícil mudar estes gostos musicais. Mas vamos tentar! Foi então que abri o link da música "Aquarela" e me acendeu a "lâmpada" no cérebro. Este é o caminho! Prestei atenção na letra e na melodia! Tudo a ver com a questão! Toquinho: um dos "monumentos" na música popular brasileira. Aquarela: maravilha das maravilhas.

"...e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está.

E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar.

Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar.

Sem pedir licença muda nossa vida, e depois convida a rir ou chorar.

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá.

O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar.

Vamos todos numa linda passrela de uma aquarela que um dia enfim... DESCOLORIRÁ."

Estou preparada para dar esta aula à partir desta música, tenho certeza que será um sucesso, pois minha fé em meus aluninhos e em mim mesma vai tornar o caminho florido de expectativas maravilhosas.http://poema___fernando_pessoa____.pps%20(1.1mb)/

No link acima tem uma poesia maravilhos de Fernando Pessoa e o fundo musical tem tudo a ver com o meu astral e minhas expextativas profissionais.

domingo, 18 de novembro de 2007

Ampliando Conhecimentos.



Adorei a 6ª Bienal do Mercosul!

Esta é a primeira vez que vejo uma mostra de arte deste tipo, mas, com certeza, ela é a alavanca que me levará a visitar outras mostras culturais.

E viva a cultura!

6ª Bienal do Mercosul

Não foi possível visitar a 6ª Bienal do Mercosul na companhia de minhas colegas de Pólo. Fiz uma excursão por entre as obras acompanhada, somente, por meus parcos conhecimentos de arte.
Muitíssimas das obras da Bienal do Mercosul não cumprem com as expectativas tradicionais da arte baseada na pintura, no desenho e na escultura. Muitas obras sequer cumprem com a suposição de que a arte exposta deve ser visual. Há obras que acontecem através de sons, outras na imaginação ou na forma de pensar.
Vi obras que me deram o que pensar: será isto uma obra ou foi algo esquecido aqui por algum visitante negligente?
Corri atrás do Conhecimento. São obras de arte, sim senhora! São instalações! Mas o que é isto? A resposta me levou para um campo já conhecido, mas não tão conhecido assim.
Já conhecia, de nome: Dadaísmo, Duchamp. Mas nunca tinha ligado uma coisa com a outra.
Instalação: Duchamp foi o "pai" ao instalar um mictório e assinando embaixo.
Marcel Duchamp é um dos precurssores da arte conceitual e introduziu a idéia de ready made.
O Dadaísmo foi uma vanguarda moderna fundada em Zurique, em 1916, por um grupo de escritores (Tristan Tzara, entre eles) e artistas plásticos.
Se considera que a característica esencial do Dadaísmo é a atitude antiarte, Duchamp será o dadaísta por excelência. De afto, por volta de 1915, quando abandona a pintura, assume uma atitude de rompimento com o conceito de arte.
É uma manifestação ainda mais radical da sua intenção de romper com o fazer artístico, uma vez que se trata de apropriar-se do que já está feito. É considerar a idéia, o conceito por trás de uma obra artística, como sendo superior ao próprio resultado final, sendo que este pode até ser dispensável.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Aprendendo a Ensinar






Recentemente, nossa escola foi contemplada com um laboratório de informática.
Ainda não estávamos conectados com a internet, mas os computadores estavam disponíveis para atividades básicas: digitação, impressão de textos, jogos, ...
Diariamente, durante o intervalo de almoço, eu costumava usar estes momentos ociosos para jogar no computador (agora, nestes momentos, eu navego na web).
Uma de minhas colegas gostou do que viu, se interessou em aprender e eu ensinei o que sabia de jogos. Ela está mais craque do que eu!
Agora que já nos foi disponibilizada a internet, Maria (minha colega) quiz alçar vôo nos seus conhecimentos de computação. Meu Deus! É como alfabetizar uma criança!
"Socorro". "Eu não mexi em nada e apareceu isto aqui". "Onde fica a letra B"? "Como faço para ler o resto do parágrafo?" Estas são umas das frases ditas aos gritos e em tom de desespero.
Calma! Respira fundo!
Fiz uma rápida viagem no tempo. Retornei para um pouco mais de uma ano atrás e me vi na mesma situação. Ensandecida com tanta coisa para aprender. Enlouquecendo a Celi e a Simone. Ah! Mas elas não piraram! Ao contrário! Foram pacientes, amigas dedicadas, companheiras de fé.
Então, por que não posso dedicar meus improdutivos minutos de descanso à colega?
Foi o que fiz: ensinei o que sabia com muita tolerância, respondi à todas as perguntas consideradas, pelos entendidos, como "idiotas", mas para os leigos são essenciais. E tudo isso gerou uma gorda recompensa: o sorriso de satisfação da Maria.
Meu próximo passo é atender a turma do turno da tarde que ficou sem professor de computação. Estou em cólicas! Mas tudo vai dar certo! Aguardem meu relato.

domingo, 28 de outubro de 2007

O maior espetáculo teatral: A vida.





















Toda reflexão que tenha o drama como objeto precisa se apoiar numa tríade: quem o vê, o que se vê, e o imaginado. O teatro é um fenômeno que existe nos espaços do presente e do imaginário, e nos tempos individuais e coletivos que se formam nesse espaço.
O teatro é uma Arte. O Teatro é vida. A Vida é um teatro.
Casa passagem terrena é uma peça teatral que encenamos. Ao nos dar a vida, Deus nos dá um personagem e para interpretá-lo, usamos de todo nosso talento. O talento nasce conosco. Para despertá-lo, não existe nenhuma mágica. É só buscá-lo dentro de nós mesmos, mantendo firme nossa força de vontade e trabalhando... trabalhando muito.
Cabe a nós fazer deste espetáculo um sucesso: seja ele um drama ou uma comédia. Aceitar nosso papel e encená-lo com amor e dedicação exige muito esforço, muita garra.
Nascemos com toda esta fibra e vamos aumentando , ou diminuindo, nossos valores, a cada dia que passa. Sonhamos, realizamos nossos sonhos, rimos, choramos, despertamos gargalhadas e/ou lágrimas. Desempenhar com louvor todas nossas tarefas teatrais depende de nós. A razão pela qual muitas pessoas nunca chegam ao auge do estrelato é porque se escondem na sombra de outros atores ou fogem para os bastidores.
"Uma das calamidades da vida é sonhar apenas quando estivermos dormindo... o homem mais pobre não é aquele sem dinheiro, é o homem sem sonhos." (Max L. Forman)

domingo, 21 de outubro de 2007

A arte de ensinar, fazendo do aprender uma arte.

Interessante o texto de Isaac Lewis, "A questão social do ensino", que diz, de uma forma geral, isto: O ensino pode ser considerado como uma doação do saber do professor ao aluno ou como uma proposta de participação de professores e alunos na busca da compreensão da realidade.
No meu leigo entender, o autor foi infeliz ao usar a palavra "doação". Ele exemplifica a pedagogia de doação como o antônimo da pedagogia de participação.
Eu já sincronizo as duas e a sinonímia é perfeita:
Na pedagogia de doação, o agente transmissor de conhecimentos usa de sua boa vontade para oportunizar aos alunos a aprendizagem, usa o coração como principal instrumento na realização de tão nobre tarefa. Encorpora a benevolência, a paciência e a perseverança.
Na pedagogia de participação, o professor e os alunos interagem no processo de aprendizagem. Quando um professor faz o que gosta e gosta do que faz, cativa o público alvo a tal ponto que todos têm o maior prazer de aprender, gerando, assim, uma aprendizagem com sucesso.
Dizem que todo o sistema educacional está à beira da falência, já pediu concordata. Não é verdade! Nem todo. Existem profissionais da educação que se dedicam de corpo e alma à prática da docência. Ao ser fechada a porta da sala de aula, os dissabores da vida particular ficam do lado de fora. Lá dentro só permanece os educandos e o educador usando a mesma casca de sempre, mas o miolo vem, todo dia, inédito, bem elaborado e com muito amor.

Poesia

A gente lê poesia, recita para a alma, se encanta, se enamora, chora, sorri.
Mas o que é poesia? Como definir esta pequena palavra?
Recorro à Web:
Poesia é uma das sete artes tradicionais, através da qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos.
Num contexto mais alargado, a poesia aparece também identificada como a própria arte, o que tem razão de ser já que qualquer arte é, também, uma forma de linguagem (ainda que, não necessariamente, não verbal).
Recorro às minhas emoções:
Poesia é viajar. E o itinerário desta viajem é descrito pela obra em verso: é ver o sol num dia cinzento, é satirizar o pitoresco, é aprovar o ridículo, é ver fontes cristalinas no deserto, é ver vida na morte.

Usando o Paint

Ao realizar a primeira atividade postada da disciplina "Artes Visuais", me deparei com uma novidade para mim: usar o paint. Nunca, na minha curta vida acadêmica, nem em vida nenhuma, tinha usado este instrumento de "criação".
Adorei!
Nos poucos momentos que tenho folga da atribulada vida que levo, vou lá e "brinco de criar". É emocionante! Esta é uma das maiores conquistas que adquiri até agora: Risco, rabisco, apago, pinto, apago novamente e, nestes momentos de "loucas criações", me exorcizo do estresse e recarrego minha alma com energias positivas, preparando-me para mais um dia de labuta.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Auto - Ajuda







Ultimamente ando meio perdida nas postagens do meu Protfólio. Não é falta de ânimo, talvez seja falta de experiência mesmo. E toda esta inexperiência tem me causado uma espécie de letargia. Mas vamos lá!


Estou envolvida em diversas atividades, lendo poesias, aprendendo sobre os mais diversos tipos de ARTES. Sinto-me grata pelo PEAD me oportunizar toda esta aprendizagem.


Mas hoje, e somente hoje, levei um "cutucão" e caí da cama que esta minha letargia me pôs a dormir: li um texto maravilhos que foi escrito em 360 A.C., e é eterno.




REVOLUÇÃO DA ALMA


Ninguém é dono de sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz, sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém.


Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.


A razão de sua vida é você mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida, quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você. Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você.


Não coloque o objetivo longe demais de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje. Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos, ou de relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te, você é reflexo do que pensas diariamente. Pare de pensar mal de você mesmo, e seja seu melhor amigo sempre.


Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor. Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo que está "pronto" para ser feliz.


Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar a felicidade sem esforços. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.


Critique menos, trabalhe mais. E, não se esqueça nunca de agradecer. Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento, inclusive a dor. Nossa compreensão do universo ainda é muito pequena para julgar o que quer quer seja na nossa vida.


A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.
(Aristóteles)




segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Argumentos e Evidências.

Toda esta história de argumento e evidência provocou uma corrida desenfreada pelas páginas de diversos dicionários e em sites da net, tendo como conseqüência uma maior familiarização com estes dois verbetes.
Argumento é uma linha de raciocínio utilizada em um debate para defesa de um ponto de vista. O argumento é o elemento básico para a fundamentação de uma teoria.
Conforme minha pesquisa, descobri que o argumento tem quatro concepções:
1ª - Equivale à atividade raciocinante.
2ª - Toma-se como breve resumo de um discurso enfadonho.
3ª - Assume ainda o sentido de meio em que reside toda a força da argumentação.
4ª - Chama-se, também, argumento à sentença máxima em que se firma todo o vigor da dedução.
Tomás de Aquino definiu argumento como sendo um processo pelo qual a razão progride do conhecido para o desconhecido.

Evidência: Cárater de objeto de conhecimento que não comporta nenhuma dúvida quanto à sua verdade ou falsidade. A evidência acompanha os diversos tipos de assentimento, ligando-se, contudo, de maneira mais completa, à certeza.

Vou procurar dar um exemplo que indica, pelo menos para mim, que assimilei o significado dos objetos em estudo:
A Igreja não admite a reencarnação, defende a ressurreição, ou seja, os mortos voltam à vida. Usam de todos os argumentos para explicar a translação da alma, mas não apresentam nenhuma evidência.
O Kardecismo aceita a reencarnação como sendo a única forma de expiação do espírito. Se assim não fosse, como explicar que existam pobres e ricos, fortes e fracos, saúde e doença, ... Deus é Pai! Ele não é injusto, Ele nos dá quantas chances forem necessárias para podermos reparar nosso erros terrenos ou ajudar a reparar os de nosso irmãos de jornada. Mais uma vez a voz do povo vem carregada de sabedoria: Aqui se faz, aqui se paga.

domingo, 30 de setembro de 2007

Paciência! Haja paciência!

Paciência é uma virtude. Virtude que consiste em suportar resignadamente males físicos ou morais. É um substantivo abstrato, ou seja, não se vê nem se toca, apenas se sente.
Ter paciência é ter amor por si mesmo e pelo próximo. Pelo próximo que agradece a não representação de cenas desagradáveis carregadas de ira e ignorância. Por nós mesmos: a impaciência e a revolta fazem mal para nossa pele, transformam nosso semblante criando rugas, aumentam o nível de adrenalina acelerando o rítmo cardíaco e aumentando a pressão arterial.
Nesta primeira semana de atividades, minha maior aprendizagem foi manter em alto grau o meu nível de paciência.
Apesar dos argumentos em relação a minha disponibilidade para assistir ao filme, as evidências me apontavam uma cruel realidade: o tempo estava se esgotando e o computadr recusava-se, terminantemente, a apresentar o espetáculo.
Calma! Nem tudo está perdido! Compro um CD e peço para que nele seja gravado o tão esperado filme.
Então? Como se encaminhou os acontecimentos? Não andou. Estagnou, pois a "bolachinha" foi perdida.
Haja paciência!
Mas tudo bem! Estou calma, mantive a elasticidade da pela, meu coração está tranqüilo. Com muita fé em Deus, vou metendo o pé na estrada.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Meu Perfil






Oi!

Sou Suzan Pereira David.


Que sua visita seja proveitosa, produtiva e, principalmente, harmoniosa e feliz!


"As coisas não são nada por si mesma; elas não têm nem doçura nem amargura reais; o que faz delas o que são é a nossa alma."