sábado, 18 de dezembro de 2010

Rumo à Formatura


Iniciamos nossa jornada acadêmica em 2006. Durante este pequeno período de nossas vidas, convivemos e vivemos para o PEAD.
É claro que nem tudo foram rosas, havia os espinhos também. Foram muitas dificuldades. Descobrimos, muito rapidamente, que não seria fácil. E não foi!
Foram noites e noites de muita digitação, inúmeras postagens, caindo de sono sobre o teclado, acessando o Rooda, deletando o que não devia, xingando o Crediné, enlouquecendo a Celi.
Agora, aqueles delírios e agonias são apenas recordações. As lágrimas não são mais de desespero ou de cansaço, são de emoção e gratidão por aqueles que nos acompanharam: pais, esposos, filhos e namorados que nos esperavam, no conforto de nossos lares, com palavras doces e encorajadoras; amigos que entenderam nossa ausência; colegas que, pacientemente, nos ouviam reclamar da carga pesada; professores que nos orientaram com sabedoria e tutores que sobreviveram a nós.
Cada um de nós tinha muitos sonhos, mas um objetivo em comum que agora estamos prestes a alcançar.
Dois caminhos de nossas vidas estão se encontrando neste momento: o término da vida acadêmica e o início da vida profissional como pedagogos. Um que estamos celebrando como uma conquista e outro que deslumbra muitos desafios e objetivos a serem alcançados. No entanto, há algo mais forte que solifica nossas metas: nossa luta e nossa determinação.
Aqui estamos! Quase chegando ao fim de nossa meta.
Ou seria apenas um começo?
É um recomeço, pois somos eternos aprendizes e nada sabemos em relação ao que somos capazes de aprender!
Amanhã, quando abrirmos as páginas da memória, tudo isto parecerá um sonho, mas com a certeza de que estamos mais completos, mais capazes, pois compreendemos que não basta ensinar o Ivo e ler a uva, é preciso fazê-lo entender seu contexto social, o que é a uva, quem trabalha com ela e quem lucra com este trabalho.
Meninas e menino, queridos colegas e eternos amigos!
A todos nós, muito sucesso e que Deus nos proteja nesta nova caminhada!
"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...
Lembre-se, se escolher o mundo ficará sem o amor,
mas se escolher o amor,
com ele você conquistará o mundo".
(Albert Einstein)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

CONSIDERAÇÕES FINAIS


"O Paraíso existe sim...
Ele está dentro de você!
Respire fundo e sinta-o no seu peito...
Ali mora um anjo que se chama coração."
(N. Rogero)
O sonho está em processo de realização!
Quase podemos afirmar que estamos no paraíso!
Tecer comentários sobre o processo de conhecimentos adquiridos durante o Pead não se resume em poucas linhas.
Durante este último semestre, foi sugerido resgatar algumas postagens que foram relevantes durante todo o curso. Não foi uma tarefa fácil, pois todas as postagens têm seu grau de importância dentro dos conhecimentos conquistados.
Este Portfólio é um instrumento que reflete minha caminhada nesse saber construído.
Rever atividades, refletir e postá-las novamente, sob um olhar mais crítico foi extremamente válido, pois o conhecimento tem que ser constantemente redimensionado, reelaborado e, principalmente, inovado.
O conhecimento nunca está pronto, acabado. Ele é contínuo. Devemos, constantemente rever todas aprendizagens construiddas ao longo do curso. Cometemos erros? Sim! Vamos repensá-los e torná-los acertos. O Portfólio torna isso possível.
O curso de Pedagogia me proporcionou um crescimento profisssional, através da reflexão, sistematização e construção de conhecimentos. Aprendi a aprender. Adquiri métodos e sistemas pedagógicos, ampliando as didáticas e melhorando as práticas pedagógicas.
As interdisciplinas oportunizaram uma conscientização sobre o papel do aluno no processo educativo e o papel do professor no processo educacional.
Como aluna/professora, compreendi que a investigação está integrada ao processo de ensino aprendizagem e que o saber não é simplesmente transmitido, ele é construído, e que os saberes são múltiplos, históricos e dinâmicos.
O papel da escola é um só: lançar sementes para que o aluno cultive novos conhecimentos e perpetue aqueles já construídos.
"Olhai, vos peço,
o que seja a luz, senão o dia,
e o que sejam as trevas, senão a noite.
E assim como os olhos do corpo
têm o seu dia e a sua noite,
assim também os olhos do coração
têm o seu dia e a sua noite.
Três são os dias da luz invisível,
pelos quais se distinguem o curso interior da vida espiritual:
O primeiro é o temor,
o segundo a verdade,
o terceiro é o amor."
(Hugo de São Vítor)
Este veículo não contempla somente os saberes construídos e oportunizados pelo curso de Pedagogia, mas também o permanente diálogo entre eu e meus conhecimentos.
Produção de conhecimento não se esgota, por isso esta não será a última postagem.
Um diploma não significa o fim, mas o começo de uma nova etapa de vida. Uma vida um pouco mais sábia, mais madura e mais consciente de que nada sei em relação ao muito que tenho para aprender.

Fim de curso: novos conselhos.

Em dezembro de 2006 postei, no meu antigo Blog, alguns conselhos. No inicio deste semestre, neste mesmo veículo de aprendizagem, reproduzi os mesmos conselhos.
De uma forma muito singela, fui questionada sobre quais seriam meus conselhos agora, na reta final.
São estes!
Aos calouros:
1 - A vida acadêmica jamais será fácil. Do contrário, não formaria excelentes profissionais. Entrem com o pé direito, com a cabeça erguida, com o coração aberto para as novas amizades e, principalmente, com a mente equipada com a vontade de aprender.
2 - Explicitamente, a universidade não está preocupada com a sua auto-estima. Implicitamente, ela vai despertar em ti um sentimento de autorealização, que te fará sentir-se em consigo mesmo.
3 - Você não é a pessoa mais importante da universidade, mas faz parte de uma coletividade exclusiva: aqueles que vierão para aprender bem a servir melhor.
4 - Os professores não são ingratos, são realistas! Acostume-se a isso! Faça o que deve ser feito e conte com eles.
5 - Manter seu computador limpo de vírus e seu material acadêmico em dia é muito importante, mas o mais relevante é sempre ter a consciência limpa.
6 - Se você fracassar, não culpe ninguém, a não ser você mesmo. Aprenda com os erros.
7 - O mundo não é um lugar chato de se viver. Os chatos somos nós mesmos. Faça de cada segundo de sua vida um motivo para sorrir e continuar.
8 - Muitas pessoas não conseguem mais distinguir entre o certo e o errado. Vai chegar um momento que você terá de escolher entre o certo e o fácil! Pense bem antes da escolha. Nada é fácil! A facilidade de agora te cobrará, mais tarde, um preço muito alto.
9 - Não seja descortês com aqueles que não tiveram oportunidade de frequentar uma universidade. De um a forma ou de outra, eles muito aprenderam com a vida.
10 - Quando receber seu diploma, não pense que ACABOU. Apenas está começando, pois o conhecimento não é um processo que se adquire com a posse de um pedaço de papel. Ele é contínuo! Arregace as mangas e ponha em prática toda a aprendizagem que adquiriu e faça de seu viver uma oportunidade de um mundo melhor!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

BULLYING

Atualmente, a agressividade e a indisciplina escolar têm merecido destaque na pauta das reuniões pedagógicas em muitas instituições de ensino, gerando opiniões diversificadas sobre suas causas e consequências e promovendo debates, muitas vezes sem nenhuma conclusão, sobre os mesmos. Discorrer e refletir sobre o tema não é um assunto novo, porém, muito recentemente, recebeu uma nova denominação: bullying.
A realidade escolar continuamente nos remete a reflexões, principalmente com relação ao nosso exercício diário como professores. Entre os temas que exigem esta reflexão está a prática do bullying, um termo já conhecido pela sociedade, mas, mesmo assim, ainda não compreendido em seus vários aspectos, sendo confundido, erroneamente, com atos indisciplinares e atitudes agressivas, que são, também, preocupantes e merecem a atenção da comunidade escolar.
Para a palavra bullying não existe tradução para a língua portuguesa. Este termo compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotada por um ou mais contra outro ou outros, causando dor e angústia, e executadas dento de relações desiguais de poder, que tornam possível a intimidação da vítima. A palavra é usada para descrever tipos diferentes de comportamentos que objetivam ferir ou controlar outra pessoa: colocar apelidos maldosos, dizer palavrões, ameaçar fisicamente, difamar, zoar, humilhar, fazer sofrer, levando a vítima ao isolamento, à queda do rendimento escolar, a alterações emocionais, à depressão e ao suicídio, como em casos ocorridos no mundo e divulgados pelos meios de comunicação.
Considerando que a escola é o espaço onde múltiplas personalidades convivem diariamente, é quase normal o conflito de opiniões e interesses, mas a intensidade com que a violência está conquistando o espaço escolar e o número cada vez maior de envolvidos é preocupante e tem merecido a atenção de pais, professores e sociedade do mundo todo, gerando muitas opiniões sobre as causas e sensibilizando toda a comunidade pelas consequências que tem promovido.
É fundamental que a escola compreenda este fenômeno e saiba identificá-lo, nas vítimas e nos agressores, porque ambos necessitam de atenção, de amparo, de acompanhamento psicológico.
A atual dilaceração da educação deve propositar urgentes providências, unindo todas as esferas a ela ligadas: escola, família, comunidade. O desfalque dos princípios éticos e morais, na sociedade, está assumindo proporções assustadoras.
Os pais cobram da escola. A escola responsabiliza os pais. A sociedade exige que a escola resgate os valores que ela mesma desconhece.
O que fazer? Deixar que a maré de violência e descaso pelo próximo arrebente nossa juventude contra os rochedos da indiferença, do dispudor, do desrespeito pelo direito à vida.
A escola, como ambiente de socialização e de educação, deve se questionar sobre o que acontecerá com o futuro se abandonarmos os princípios morais.
Vamos à luta, colegas de profissão!
Ainda há esperança, ainda dá tempo de reverter a situação. Se a família falha, se a sociedade finge ignorar, cabe à escola arregaçar as mangas e iniciar um trabalho de conscientização, com nossos alunos.Não duvidando de nossa capacidade, mas contando com ela.
Sejamos professores fascinantes!
Conforme Gabriel Chalita, "quando o professor considera apenas o lado ruim dessa situação, corre o risco de se deixar envolver pelas atitudes negativas, ignorando as possibilidades de transformação. É importante apreciar a perspectiva de oportunidade e contar com a certeza de que:
* ninguém gosta de viver a violência, nem como professor, nem como aluno, nem como vítima, nem como agressor, tampouco como testemunha de atos desumanos. Casa qual escolhe agir de acordo com as habilidades que desenvolveu e modelos que conheceu;
* todos querem ser felizes, protegidos e acolhidos, ter sua importância e talento reconhecidos e valorizados. Uns conquistam pela força, outros pelo carinho, outros desistem. Essa necessidade é tão imprescindível que sua ausência pode levar uma pessoa ao suicídio;
* alguns acabam ficando cruéis, alguns se protegem e outros se defendem da crueldade. Mas há, ainda, os que não sabem nem se proteger, nem de se defender: eles se escondem, se isolam e são esquecidos pelos demais;
* poucos se sensibilizam a ponto de buscar envolver poucos para formar muitos. São poucos porque talvez muitos não acreditem que sejam capazes de transformar algo. Os poucos que realmente acreditam e se mobilizam serão muitos até que sejam todos."
"Todo esse processo de sofrimento tem de ser interrompido.
O compromisso de educar na escola, na família
ou em qualquer ambiente de convivência,
além de ético pela natureza da ação,
precisa ser afetuoso para colher agressores, vítimas e espectadores,
caso contrário será reprodutor da intolerância.
Livrar-se da agressão, e não do agressor,
deve ser o propósito de todos".
GABRIEL CHALITA
Fonte: CHALITA, Gabriel. PEDAGOGIA DA AMIZADE - Bullying: o sofrimento das vítimas e dos agressores. São Paulo. Gente. 2008

PEAD























O inicio de nossa caminhada, no Pead, pode ser comparadaa uma viagem rumo a Ilha Desconhecida, cuja jornada era ignorada.
Fomos iniciadas nas Tecnologias, ampliando os limites da sala de aula.
Através de Durhein, Weber, Marx e Engels, obtivemos excelentes lições de luta pelo socialismo. O socialismo é um modo de organização social no qual deve existir uma distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, com a finalidade de proporcionar a todos um modo de vida mais justo. É desnecessário lembrar a relevância de uma educação socialista, principalmente numa sociedade ainda capitalista. Uma escola socialista forma, não um trabalhador habilidoso, mas um trabalhador consciente de que É, ESTÁ, PERTENCE.
Percebemos a diferença entre o SER e o ESTAR professor, sendo estimuladas a desafiar os discentes na interação sujeito/objeto, oportunizando a construção do aprendizado.
Entendemos que cada indivíduo têm diferentes infâncias e que, cada um, foi educado de uma modo diferente do outro, num processo socio-cultural e histório particular de cada família, de cada comunidade, respeitando suas origens culturais e étnicas.
O PEAD nos oportunizou, também, profundas reflexões sobres nossas práticas docentes e discentes, na busca de um equilibrio dinâmico entre a professora e a aluna, num entendimento entre nossa vida num mundo infantil e nossa participação na vida adulta.
Aprendemos a aprender, através da ação, do pensamento e do desenvolviemento de Projetos de Aprendizagens, repassando para o alunado a concepção de que são sujeitos do conhecimento, da aprendizagem.
Ampliamos o uso da palavra, reconhecendo as múltiplas linguagens.
Numa escola democrática, todos os argumentos devem evidenciar que a educação inclusiva é direito dos portadores de necessidades especiais e dever da sociedade, inclui-los, aceitá-los, respeitá-los.
A Ilha Desconhecida já não é mais desconhecida, ao contrário, já foram decifrados seus mistérios e entendidas as suas lições.Todavia, de uma coisa temos absoluta certeza, a viagem não terminou. Desvendar os segredos desta Ilha nos proporcionou, além de muitas, uma valiosa aprendizagem: ainda temos muito que aprender.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

TROCANDO CONHECIMENTOS

http://peadportfolio156706.blogspot.com/2010/03/aprendendo-ensinar.html

Há pouco tempo atrás, era considerado - talvez ainda seja - que bastava o professor ter alguma competência técnica e uma qualificação em termos de conteúdo. Porém, com a atual perspectiva da aprendizagem dos alunos, a formação pedagógica dos professores é uma necessidade latente. Atualmente, urge que o professor conscientize-se de que ensinar e aprender caminham juntos. Ensinar é abrir caminhos. Não se repassa conhecimentos, apresenta-os, para que o aluno possa fazer uso dele e transformá-lo.

Um bom professor não é somente aquele que mantem a turma quieta, mas sim aquele que sabe aproveitar o "rebuliço" das crianças como uma troca de informações na movimentação da aprendizagem.

Ser educador é manter uma postura democrática, com autocrítica, objetivando diminuir a distância entre o discurso e a prática, vivenciando com prazer o seu papel de mestre, trocando experiências com os educandos, ensinando a eles e aprendendo com eles.

"O que se é obrigado a descobrir por si próprio deixa um caminho na mente que se pode percorrer novamente sempre qu se tiver necessidade".

(Lichtenberg)

Depois de algum tempo de docência você aprende a diferença entre "dar o conteúdo" e oportunizar o raciocínio do educando.

Dar o conteúdo é aprisionar a criatividade da criança, é condicioná-la a sempre esperar pela próxima aprendizagem.

Dar oportunidade para o aluno pensar, expressar suas ideias, relatar seus conhecimentos, formular suas teorias é dar a mão à criança num passeio em busca de novos horizontes, é abrir caminhos, sem críticas paralisantes, com muito encorajamento.

Só então você aprende!
Aprende que as crianças são mais colaboradoras do que alunos.
Aprende a amar, amando! Amando a profissão, amando o ensinar, amando o aprender!

ESTÁGIO

Estágio, segundo o Dicionário da Língua Portuguesa, significa: prática da aprendizagem de uma profissão, etapa, fase.
O estágio é um período significativo para a vida discente. É o patamar para outros lances da escada da vida. É a extensaão da formação profissional do aluno, é a ponte que liga a vida acadêmica ao mundo do trabalho, é a etapa em que se adquire a experiência, é a prática da teoria.
Nosso perídodo de estágio foi de doze semanas, porém já me sentia estagiando desde o momento em que iniciei o PEAD.
Durante a etapa em que pratiquei toda a teoria estudada, adquiri uma postura profissional que antes, talvez, estivesse adormecida, ou que, também pode ser, que eu desconhecia possuir.
A fase de estágio atua como um bálsamo para o "cansaço" mental acumulado durante o longo período de vida acadêmica: melhora nosso desempenho no exercício da docência através de um senso crítico sobre nossa atuação como professores.
Muito já se ouviu falar de pessoas que, durante o estágio, descobriram que estavam se encaminhando para a profissão errada. Não sou uma dessas pessoas, ao contrário, fortaleci minha vocação.
"Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda.
Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais.
Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura.
Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo.
Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza.
Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por este saber, se não luto pelas condições materiais necessárias sem as quais meu corpo descuidado, corre o risco de amofinar e já não ser testemunho que deve ser de lutador pertinaz, que cansa mais não desiste".
(Paulo Freire)
Obrigada, mestre Paulo!
Ser professor é acreditar que um outro mundo é possível!
Sei que pouco sei, minha certeza reside apenas na crença de que além de ser professora, estou professora, em todos os momentos, em todos os lugares, com todos os seres que compartilham comigo a jornada terrena.
Estar professor é desconsiderar os salários baixos, a precariedade das condições de ensino, é alimentar a maior virtude que um docente pode ter: amor ao ensinar, ensinar a aprender, aprender ao ensinar. Estar professor é acolher a vida assim como ela é, capacitando-se no conviver.
"Quanto mais eu ando, mais vejo estrada. Mas se eu não caminho, eu sou é nada".
(Geraldo Vandré)
Que toda a pompa da formatura não nos faça esquecer que o objetivo alcançado não é o fim, é apenas mais uma curva de nossa estrada.

domingo, 21 de novembro de 2010

PEDAGOGIA DA AUTONOMIA

http://peadportfolio156706.blogspot.com/2009/11/pedagogia-do-oprimido-ou-pedagogia-do.html

Pedagogia do Oprimido ou Pedagogia do Bom Senso?
A Pedagogia do Oprimido - opressão contida na sociedade e no universo educativo - já não presencia mais as aulas nas atuais instituições de ensino.
Na teoria, com certeza. Na prática, talvez!
A opressão ainda pode se encontrar dentro de muitas obrigações das práticas educativas: cumprimento de conteúdos, cumprimento de índices de aprovação,...
Porém, o professor ainda é a autoridade máxima no processo ensino/aprendizagem e é seu dever
desconsiderar muitas dessas "obrigações" em prol do amadurecimento de seu aluno. Basta usar de bom senso!
A Pedagogia do Bom Senso é uma necessidade social porque a família - mesmo as desestruturadas - ainda é a base da sociedade. Se esta mesma família falha, ou se omite, na educação dos filhos, cabe à escola suprir estas necessidades.
Estamos falando de Educação Escolar ou Familiar? Ambas.
Na atualidade, não há como separar a educação que a criança recebe em casa e a educação que deve receber na escola e, na maioria das vezes, a criança só aprende limites, princípios éticos e morais dentro da escola, através das atitudes do professor.
A Pedagogia do Bom Senso, também chamada de Pedagogia de Freinet, uma sintonia da escola com a vida do aluno, é centrada na criança e baseada sobre alguns princípios que esta mesma criança deve assimilar, espelhando-se nos pais ou professores: senso de responsabilidade, senso cooperativo, sociabilidade, julgamento pessoal, autonomia, expressão, criatividade, comunicação, reflexão individual e coletiva, afetividade.
A Pedagogia do Oprimido é exterminada pela Pedagogia do Bom Senso que, automaticamente, abre a porta para a Pedagogia da Autonomia.
Para Freire, o homem e a mulher são os únicos seres capazes de aprender com alegria e esperança, na convicção de que a mudança é possível.
O dever do professor é despertar esta alegria e esta esperança, desenvolvendo, no estudante, uma visão crítica, "expulsando o opressor de dentro do oprimido".
Segundo Freire, a prática docente tem de seguir uma coerência profissional, onde o ensino exige do docente um comprometimento existencial, da qual nasce uma autêntica solidariedade entre educador e educandos, pois ninguém deve se contentar com uma maneira neutra de estar no mundo.
A Pedagogia não deve ser elaborada para o sujeito, mas sim à partir dele, pois a prática da liberdade está inserida em um modo de transmissão de conhecimentos, pela qual o indivíduo possa refletir, para tornar-se sujeito de sua própria história.
Para Paulo Freire, o ensino é muito mais que uma profissão, é uma missão que exige comprovados saberes no seu processo dinâmico de promoção da autonomia do ser de todos os educandos.
"Não á docência sem discência, as duas se explicam, e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender". (Paulo Freire)
Nós, professores, não somos seres superiores, melhores ou mais inteligentes porque dominamos conhecimentos que o educando ainda não domina, mas somos, como o aluno, participantes do mesmo processo da construção da aprendizagem. Não podemos mais conceber modismos e amadorismos em nossa prática educativa, pois lidamos com seres humanos e por isso temos que saber valorizar e distinguir com clareza a capacidade, as habilidades e as competências de cada um, de forma responsável tendo como referencial determinante os diferentes conhecimentos agregando-os à vivência de cada ser humano.
O professor só estará cumprindo o seu papel no momento em que prepara os alunos para uma visão crítica em relação ao mundo, conscientizando-se de que o conhecimento dos indivíduos não equivale somente às informações recebidas e que cada um tem seu modo próprio de perceber, pensar, interpretar e a fazer aplicações a novas situações.
Instigar o aluno a pensar deve ser o principal interesse do professor. O pensamento pode não ser a garantia absoluta para a solução de todos os problemas, mas quando há esse estímulo e liberdade para pensar, existem possibilidades de superação de erros anteriores e de encaminhamento de novas propostas e melhores oortunidades para ouvir, discutir, modificar e experimentar ideias inovadoras.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

TEXTOS DIVERSIFICADOS

http://peadportfolio156706.blogspot.com/2010/05/textos-diversificados.html

A escola é uma instituição a serviço da sociedade, essa mesma sociedade, individualista e capitalista, que exige de seus cidadãos algumas competências, entre elas, a prática da leitura e da escrita.
Muitas crianças não se interessam pela leitura (essa afirmação é uma constante entre os professores das diversas etapas na vida escolar de uma criança), pois não recebem estímulos. Se esse processo não for oportunizado pela família, fora da escola, é dever do professor suprir essa deficiência, oferecendo os mais variados tipos de texto, visando o "despertar" do aluno pelo gosto da leitura.
De acordo com os PCN's (1997), o papel do professor e da escola é formar alunos críticos, habituados com a leitura, incentivados para a leitura. A escola deve trazer um sentido a criança, assim como seu aprendizado, deve ser um espaço onde o aluno tem autonomia pata agir, discutir, decidir, realizar e avaliar suas práticas, os alunos precisam engajar-se no seu próprio aprendizado. Portanto, o professor deve criar esse espaço para seu aluno, contribuindo assim para que sua aprendizagem seja significativa.
A escola é o principal agente na formação de leitores e escritores.
A diversidade de textos não se restringe apenas à partes escritas, a criança deve ter oportunidade de "ler" outros tipos de textos também. Obras de arte, por exemplo.
Nosso passeio a capital gaúcha ofereceu e estimulou muitas práticas de leitura. No Planetário, os alunos tiveram oportunidade de rever os estudos sobre o sistema solar.
Magnífico!
Para mim também, pois foi a primeira vez que visitei este espaço de aprendizagem.
Outro ponto muito interessante e de excelentes aprendizagens foi a Fundação Iberê Camargo. Todas as crianças se mostraram interessadas pelas obras que lá estavam expostas, principalmente as telas do "Homem das Bicicletas".




Estávamos observando uma tela de Iberê que tive a impressão de já conhecer. Logo lembrei. Ela era o descanso de tela de meu celular. Uma foto que tirei quando visitei a orla da cidade de Guaíba. Mostrei ao guia e ele concordou que era o mesmo local. Iberê pintou a paisagem, eu fotografei. De acordo com as imagens, estávamos praticamente no mesmo lugar.
Os alunos ficaram encantados em comparar a mesma paisagem, porém em épocas diferentes.
Jamais poderemos dizer que observar obras de arte é assunto só para adultos. Não é! Uma criança pode entender a mensagem do artista tanto quanto qualquer pessoa.
A criança deve ter oportunidade de ver, observar, sentir, ler, todo tipo de texto, porque cada espaço tem algo para ser lido e cada leitura é uma oportunidade de aprendizagem.
"Só a imaginação pode ir mais longe no mundo do conhecimento. Os poetas e os artistas intuem a verdade. Não pinto o que vejo, mas o que sinto" (Iberê Camargo).

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PLANEJAR PARA AVALIAR OU AVALIAR PARA REPLANEJAR?

http://peadportfolio156706.blogspot.com/2009/12/planejar-e-avaliar.html

Desde que nascemos, nossa caminhada é constituida de projetos. Projetamos nossas brincadeiras infantis, nossos embalos de fim de semana, nossa casa, a criação dos filhos,... projetamos atividades com nossos alunos.
Apesar do refrão "o acaso vai nos proteger" ser uma frase de impacto e, em certos casos, verdadeira, em sala de aula é utopia esperar pela proteção do acaso. Podemos até mudar nossos planos se o acaso bater em nossa porta, mas jamais poderemos estar diante do aluno sem um excelente projeto de estudos.
Também pode-se perceber que é impossível desvincular a avaliação de toda a prática educativa. Isto, porém, não significa "testar" o conhecimento do aluno através de provas, avaliações, testes.
A avaliação deve ser contínua e paralela ao processo de ensinar/aprender.
A avaliação é uma constante em nosso dia-a-dia. Nos avaliamos no modo de vestir, de pensar, avaliamos nossos sentimentos e os sentimentos dos outros em relação a nós.
Como professores, nossa avaliação também deve ser constante, o aluno é o reflexo de tudo o que ensinamos e como ensinamos, incluindo um julgamento de valor sobre nós mesmos e nossa prática pedagógica.
A maioria do professorado não está satisfeito com o sistema de avaliação imposto pelas escolas e, mesmo, pela comunidade escolar (muitos pais não aceitam o fato de o filho não realizar provas, acreditando que somente o papel escrito é uma validade do conhecimento do filho), querendo mudar o sistema de avaliação, como se a mudança de avaliação fosse mudar, também a qualidade de ensino.
A avaliação é, intrinsecamente, ligada ao processo pedagógico que estamos desenvolvendo, ela faz parte desse processo e não tem como fazer o caminho inverso, crendo que mudando o processo de avaliação, melhora-se a qualidade de ensino.
O sistema de avaliação deve ser melhorado, assim como todo o conjunto das práticas educativas.
Os conteúdos obrigatótios de quarenta anos atrás são, praticamente, os mesmos de hoje, mas é impossível querer que um aluno de hoje "assista" uma aula nos mesmos padrões de décadas atrás.
O alunado não é o mesmo, ele está tecnologicamente conectado com o mundo. Antes mesmo de chegar à escola, ele já ouviu falar sobre os temas escolares. Nada mais é inédito, dentro das salas de aula. O que deve ser inédito, o que deve "abalar" é o modo como as aulas são administradas. Elas devem ser encantadoras, cativantes.
No exato momento que o aluno se encantar pelo conteúdo proposto, sentir prazer de vir à escola, ele está aprendendo e ensinando o professor a ser professor.
Avaliar é um processo muito importante, se entendermos que esta avaliação é vinculada a nossa prática educacional e necessária para que se saiba o que e como o aluno aprendeu, o que já se conseguiu avançar, como se vai vencer o que não foi superado e como essa prática será mobilizadora para a comunidade escolar.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O MENININHO

http://peadportfolio156706.blogspot.com/2009/08/o-menininho.html
http://peadportfolio156706.blogspot.com/2009/08/leitura-e-escrita.html

A expectativa de um sistema escolar é capacitar indivíduos para exercerem uma profissão, para serem cidadãos conscientes e para serem criativos na sua área de atuação.
Será que aquilo que a educação escolar está oferecendo aos alunos é o mesmo que eles têm ido buscar? Será que os desejos dos pais para com a educação escolar de seus filhos vêm sendo alcançados pela educação oferecida nas instituições de ensino? E com relação aos educadores, quais são seus próprios anseios e qual a sua intencionalidade quanto à educação escolar de seus alunos? Atingem aos seus objetivos ou será que se desencontram no processo de cumprir os Planos de Estudos?
Este ano de 2010 é inédito para minha profissão. Pela primeira vez trabalho com uma turma de 5° ano.
Além deste fato, houve o estágio do Pead, com esta mesma turma. A partir de minha expectativa com a nova missão, meus objetivos se concretizavam em identificar, analisar e comparar os anseios de meu público, possibilitando uma maior aproximação, harmonia e cooperação entre os personagens da sala de aula.
No início do ano letivo deparei com alunos que passavam a maior parte do tempo desenhando. Aproveitei esta oportunidade: cada atividade proposta podia ser acompanhada por um desenho.
Estes mesmos alunos que só queriam desenhar, hoje produzem textos maravilhosos.
Lemos e escrevemos muitas poesias, trovas, poemas, textos rimados. As produçoes eram maravilhosas! Até hoje, há quem pergunte: Posso escrever meu texto em forma de poesia?
É claro que sim!
Toda a comunidade deve contribuir na construção de uma escola com ensino de qualidade, mas o alicerce ainda é responsabilidade do professor diante de sua turma.
... e começou a desenhar uma flor vermelha com caule verde...
... e começou a escrever versinhos...
... e começou...
O que realmente importa para uma verdadeira capacitação de indivíduos é a oportunidade de começar.

ENTRE OS MUROS DA ESCOLA

http://peadportfolio156706.blogspot.com/2009/06/entre-os-muros-da-escola.html

Quando a interdisciplina Filosofia da Educação nos proporcionou assistir ao filme Entre os Muros da escola, eu não consegui identificar o fenômeno de bullying entre os personagens, talvez por eu não ter os conhecimentos, sobre o assunto, que tenho hoje.
Ao visitar as páginas do meu portfólio, no período de 2009, revi minha antiga postagem sobre o filme e revivi as cenas, mas outra visão.
O filme retrata a autocrítica do professor em relação à sua postura docente e o fracasso da escola em atender o alunado, marginalizando o público alvo a ponto que eles atuassem como marginais.
A escola desconsiderou todas as oportunidades de educação daqueles jovens, ou não tinha capacidade de perceber que estava bem perto.
O espaço físico da escola não era acolhedor, não instigava o aluno a "querer" voltar no dia seguinte. O espaço de lazer não oferecia absolutamente nada, nem um lugar para se sentar, nem uma única árvore que oferecesse uma refrescante sombra, nem um lugar para esporte.
Não havia um diálogo entre corpo docente e família, pois a língua e a cultura de origem dos mesmos era desconhecida pela escola. A opinião dos pais em relação a seus filhos era totalmente desconsiderada.
O professor (protagonista) era descrente da competência daqueles que lhes foram confiados, mantendo, na maioria das vezes, uma relação inadequada: sarcástico, irônico, agressivo. Estas atitudes provocam humilhação e vergonha nos alunos, minimizando ou impedindo o processo de aprendizagem.
A escola menospreza as oportunidades de exercer sua verdadeira função: educadora e formadora. Quando os alunos se fazem representar nas reuniões do Conselho, são completamente ignorados. Outro exemplo de desconsideração com a bagagem cultural do aluno é a incapacidade da escola em aproveitar o sentimento de lealdade que o alunado tem entre si, valorizando somente as tensões e conflitos gerados pela pluralidade cultural dos mesmos.
O professor desperdiça uma boa oportunidade de recuperar seu aluno rebelde quando este lhe entrega o excelente trabalho fotográfico que fez quando solicitado a fazer sua autobiografia. É patente o encantamento do jovem por se ver elogiado pelo professor, numa demonstração da importância que atribui ao julgamento do mestre. Infelizmente, esse momento se perde. E o aluno reassume sua postura de contestação e rebeldia, que, sem encontrar canais mais adequados para se expressar, vai desaguar numa agressividade descontrolada.
Entre os Muros da Escola é o maior exemplo de bullying, tendo a escola como agressora e o alunado como vítima.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

KANT E A EDUCAÇÃO

http://peadportfolio156706.blogspot.com/2009/07/kant-e-educacao.html

Kant foi o filósofo que provavelmente mais deixou herdeiros no campo do pensamento ético. Suas obras, de valor inestimável, versam sobre a formação e a educação dos homens, para se tornarem capazes de desejar e buscar dignidade e respeito igual para todos.
Em suas últimas obras já se pode constatar sua preocupação com as questões referentes à educação.
Kant valorizou a educação familiar como base da formação do indivíduo, atribuindo à escola outras finalidades.
A educação familiar, segundo ele, é o período das repressões, para disciplinar o indivíduo, e colocar limites.
A educação escolar teria, segundo ele, como função, formar no homem a cidadania, devendo tratar de todos os assuntos que dizem respeito ao homem e ao Estado, e não conduzir o sujeito a uma crença, a uma ideo logia.
Para Kant, educar é "transformar a animalidade em humanidade"pelo desenvolvimento da razão. A educação deve apresentar uma preocupação com a conduta do homem como bom cidadão, disciplinado.
Conforme a filosofia de Kant, deve-se orientar o jovem à humanidade no trato com os outros, aos sentimentos cosmopolitas, pois em nossa alma há qualquer coisa que chamamos de interesse: por nós próprios; por aqueles que conosco cresceram; e, por fim, pelo bem universal. É preciso fazer que os jovens conheçam este interesse e possam por ele se animar.
Para Kant o homem não é senão aquilo que ele faz de si mesmo: possui inclinação para todos os vícios, mas possui também a razão que o move noutro sentido, o do bem.
Ultimamente, temos lido e visto na mídia, os efeitos nocivos e a desordem que uma má educação ou a falta de cultivo ético e moral em um homem tem produzido à sociedade, principalmente à comunidade escolar.
Neste momento, em face da desordem ética e moral da sociedade mundial e, principalmente, ao novo e avassalador fenômeno que tem atacado todas as instituições de ensino, me pergunto: O diria Kant em respeito ao Bullying?
Penso que provavelmente ele mudaria sua teoria sobre a animalidade e a humanidade, mas como, em suas obras, ele deixava bem claro que a educação tem que pensar o sujeito como um todo pois não está estruturada para formar o homem apenas para o trabalho e a escola atual é, em todos os sentidos, sinônimo de educação, então cabe a nós, professores e educadores, inserir ética e moral entre os conteúdos propostos.
A escola é um espaço de vivência onde os alunos podem e devem discutir os valores éticos, não numa visão tradicional, mas sim de uma forma onde realmente todos possam ter o privilégio de entender os significados de seus valores éticos e morais que constituem toda e qualquer ação de cidadania.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

CASTIGAR POR QUÊ?

http://peadportfolio156706.blogspot.com/2009/05/crime-ou-simplesmente-castigo.html

Perante as notícias de crimes que ocorrem diariamente, seja no âmbito político ou social , a população pensa imediatamente que os responsáveis devem ser castigados e esperam que o Estado o faça - prendendo os criminosos. Raramente se interrogam acerca da justificação do castigo.

Perante a sociedade, aqueles que violam as leis merecem o seu castigo, independentemente de existirem ou não quaisquer consequências benéficas para eles ou para a própria sociedade.

Mas quanto aos crimes cometidos dentro das instituições escolares, por crianças e adolescentes?

Qual o castigo?

Cadeia? Pena de morte (como em alguns países)?

Definitivamente não!

A discussão atual, na sociedade e escolas, encontra-se centrada no recém nomeado bullying.

Os personagens envolvidos (pais, professores, alunos) culpam uns aos outros pela causa e evolução deste fenômeno. Mas o verdadeiro "problema" não se resume em descubrir de quem é a culpa, e sim em resolver a situação da melhor maneira, sem machucar ainda mais os envolvidos.

As crianças são naturalmente irrequietas, irreverentes, inconsequentes e, um pouco, irresponsáveis, e isto pode não ser tão negativo se puder ser bem aproveitado, principalmente na escola.

Os alunos modernos, da atualidade, não são mais indisciplinados ou desumanos que os de outrora, mas estão acostumados a um clima de impunidade pelo seu mau comportamento.

E os pais? São diferentes de nossos pais ou dos pais de nossos pais? Em alguns aspectos sim! Antigamente, os pais delegavam poderes aos professores. Entre estes poderes, aparecia a violência, impávida e inconsequente, num concurso de agressões físicas ou morais, ou ambas, causando medo e não respeito.

Isto mudou, mas a concepção de castigo ainda não!

A escola não pode mais "castigar" e acredito que o castigo, por si só, não vai gerar bons frutos.
É urgente que a escola habilite seus profissionais para lidar com o "problema" de agressividade e violência. Não basta, ao professor e ao aluno, estipular um "castigo" e achar que estará tudo resolvido. A criança merece muito mais do que isso. Ela deve entender e diferenciar o certo do errado.
O "castigo" deve fazer parte do processo educativo, e não uma vingança ou penitência. A criança deve ser responsabilizada, sim, pelos seus atos, mas ao contrário de punições arbitrárias e sem sentido, ela deve ter a oportunidade de reparar seu erro, assumindo um compromisso de não repetir, compromisso esse que deve ser assumido mais consigo do que com a escola.
É fato, não se pode negar, que um ato de indisciplina ou de violência, atinge emocionalmemte toda uma comunidade escolar, melindrando a postura de qualquer ser humano que nela esteja inserido. Mas, como adultos, devemos "assumir" o controle da situação com a responsabilidade de adultos sabedores das leis e regras impostas pela sociedade, deixando a razão falar mais que a emoção. Estudamos para isto. Nos preparamos, profissionalmente, para lidar com crianças e adolescentes e é nossa responsabilidade "saber" lidar com os envolvidos: agressores e vítimas.
Mas estamos habilitados a lidar com tamanha onda de "marginalidade", como é dito por aí? Não. Ainda não!
Temos de manipular emoções alheias e desconsiderar as nossas, em prol da nova geração.
"Quem aplica um castigo quando está irritado, não corrige, vinga-se".
(desconheço o autor)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

EDUCAÇÃO ESPECIAL

http://peadportfolio156706.blogspot.com/2009/03/educacao-especial.html
A Educação Especial assinala o lugar da diferença, ao conviver com as limitações mais ou menos evidentes. Descortinamos, em escolas comuns ou especiais, um horizonte de diversidade de seres diferentes uns dos outrso e , ao mesmo tempo, tão iguais. Iguais à mim, a você, a todos ...
A inclusão de alunos em escolas especiais deveriam ser recomendadas somente quando a educação na classe regular mostrar-se incapaz de responder às necessidades educacionais ou sociais do educando.
A inclusão de alunos portadores de deficiência e necessidades educacionais especiais no sistema regular de educação requer o provimento de condições básicas como reformulação de programas educacionais e formação permanente dos educadores, entre outras coisas.
Graças a Deus, isto já é uma realidade! Ainda não muito concreta em seus objetisvos, mas está a caminho disso.
Mas e o Bullying? É uma deficiência? É uma necessidade especial? Como podemos classificá-lo, dentro de uma instituição de ensino? É normal?
Entendo que os personagens envolvidos em Bullying são portadores de necessidades especiais.
Primeiro, os agressores. Não podemos classificá-los como estudantes que atuam dentro da normalidade de sua faixa etária. Estes indivíduos, com certeza, são deficientes em moralidade, não a adquirem da mesma forma que seus demais colegas de escolas. Portanto, necessitam de cuidados especiais e atenções diferenciadas.
Segundo, as vítimas. Justamente por serem vítimas, se ajustam ao perfil do injustiçado, do carente, do psicologicamente diferente. Portanto, também, necessitam de cuidados especiais e atenções diferenciadas.
Assim como a escola já está se equipando, com materiais e profissionais, para atender o deficiente físico e mental, também DEVE se equipar e se capacitar para atender este público acima citado.
Este fenômeno crescente e assustador, está invadindo todos os enderêços escolares. Graças à mídia já é do conhecimento de toda a população, ligada à educação ou não. É fato que a violência nas escola sempre existiu, mas devemos nos conscientizar que o número de envolvidos e os "casos" estão cada vez maiores e mais violentos.
Está na hora da sociedade começar a olhar para esta "anormalidade" com outros olhos e firmar novos objetivos para o sistema de ensino, capacitando os profissionais de educação e orientando a sociedade para o que eu chamo de "doença". A epidemia do século!
É inconcebível pensar numa educação de qualidade para todos, deficientes ou não, se não dermos mais atenção ao ferimento, dolorido e contagioso, que está crescendo nas escolas. A violência psiquica ou física é uma realidade velada, tiremos, então, a venda dos olhos!
"Não podemos deixar que eles acreditem que o mundo seja feito de corrupção e violência e que nele só os valentões e os espertalhões levam vantagens. Para lutar contra a paralisia e o cinismo de que tanto nos queixamos, não há momento mais propício do que a adolescência, não há espaço mais adequado do que a escola". (Lídia Aratangy)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PROJETOS DE APRENDIZAGEM

http://peadportfolio156706.blogspot.com/2008/11/projeto-de-aprendizagem.html://
A primeira vez que ouvi falar sobre Projetos de Aprendizagem, há mais d dois anos atrás, assustei-me com a perspectiva de ter de "correr" atrás do conhecimento e atender, simultaneamente, meus compromissos profissionais e acadêmios e, concicliar tudo isso com a vida social que tenho.
Logo constatei que minhas inquietações não tinham fundamento, pois nosso trabalho, meu e de minhas colegas de projeto, fluiu normalmente e, através dele e com ele, colhemos os frutos de uma trabalho, não cansativo, mas expectante.
Com meus alunos de 5° ano não foi diferente. Elees mesmos, através de perguntas e respostas entre um conteúdo e outro, sugeriram o seu primeiro PA. O segundo foi consequência deste, e o terceiro não fugiu à regra. Um assunto, apesar de nada ter em comum com o outro, foi puxando as dúvidas, aguçando curiosidades e ransformando em legítima aprendizagem. É maravilhoso observar uma criança se encantar com suas descobertas, e mais gratificante ainda é a sua descoberta de que estão surpreenendendo o professor que mais aprendeu do que auxiliou.

http://turma522.blogspot.com/2010/05/primeiro-pa-viva-de-indio.htmlttp://

http://turma522.blogspot.com/2010/05/2-pa-vida-cigana.htm

Um projeto de aprendizagem não oportuniza, somente, a aprendizagem em si, favorece, especialmente, uma aprendizagem de cooperação, com trocas equivalentes de conhecimentos e respeito, pelo próximo e por si mesmo.
Não é o conteúdo do projeto, contextualizado, formal ou informal, que leva a prioridade, é todo um conjunto de benefícios que vêm agregado a este processo que realmente importa. A verdadeira meta deste trabalho, tão simples e significativo, é, também, aprender conteúdos desconhecidos, mas é, principalmente, a evolução da capacidade, do aluno, de continuar aprendendo cada vez mais, num processo construtivo e simultâneo de questionar-se, encontrar certezas e reconstruí-las em novas certezas, ou seja, formular problemas, encontrar soluções que deêm suporte a novas formulações. A capacidade de descobrir-se descobrindo enseja o desenvolvimento de novas competências em níveis cada vez mais avançados, apurando a capacidade lógica de raciocínio, aguçando a curiosidade pelo novo e aumentando a autoestima, pois o aluno se descobre capaz.
O profesor jamais poderá cometer o erro de fazer com que o trabalho do aluno siga um trajeto imposto, ao contrário, deverá deixar que a própria criança escolha o seu roteiro. O educando embaca numa viagem sem destino pré-estabelcido e o professor, que antes agia como timoneiro, agora é apenas um companheiro de caminhada que ainda não tem totalmente definidos o percurso e o ponto de chegada.
O aluno responsável por sua própria aprendizagem está construindo sua autonomia e a motivação pela construção deste novo conhecimento lhe faz capaz de participar ativamente de outras atividades estudadas em classe, exigindo do mestre um comprometimento maior com seus discípulos e com a educação, num constante repensar em sua prática docente.

domingo, 3 de outubro de 2010

DESENVOLVIMENTO HUMANO




http://peadportfolio156706.blogspot.com/2008/09/pressupostos-bsicos-do-desenvolvimento.html



Nada mais lindo e gratificante do que a chegada de uma criança num lar!

Ela chega para transformar vidas, alterar a rotina e determinar o ritmo da casa, e é dotada de uma capacidade infalível de persuadir gente grande.

Neste mundo atual, repleto de influências nocivas é muito difícil educar uma criaturinha que encanta nossa vida, a ponto de mudarmos horários, programas favoritos de televisão, cardápios e até atividades de lazer.

Mas educar é preciso!

É necessário delimitar espaços, definir papéis e não abrir mão de itens fundamentais - educação social, educação religiosa e escolarização -, tão indispensáveis que, há milênios, o mais sagrado de todos os livros já dizia:
"Ensinai à criança o caminho em que ela deve andar, e, mesmo depois de velho, ela não desviará dele" (Prov.22:6).

Mas quando a criança chega à escola sem ter, sequer, conhecimento destes itens?

Conforme Erik Erikson, o ser humano "passa" por oito idades. Quando chega à escola, a criança está na sua 4ª idade - Indústria X Inferioridade (6 aos 11 anos). São os anos iniciais na escola (descrita na psicanálise clássica como fase da latência). É o período em que a criança torna-se capaz de raciocínio dedutivo e de buscar e aprender por regras.
Sendo assim, a escola também é responsável pela educação da criança.

Se a família, por excesso de amor ou por negligência, não soube impor os limites necessários para uma convivência social, cabe à escola estabelecer estes limites, limitando espaços, redefinindo papéis e atuando como escola (proporcionando a aprendizagem de saberes).

É inconcebível que, em época de tantas agressividades, violências verbais e físicas, ainda exista quem defenda que a família é a única responsável pela educação da criança.

Não é!

Cabe à escola e ao professor, mais precisamente, mostrar as regras que a criança deve seguir. Isto não significa, apenas, ditá-las, é fundamental que a criança entenda que regras e limites são necessários para o adiantamento moral do indivíduo e o progresso da sociedade.

Uma das questões mais discutidas no âmbito escolar está ligada à indisciplina, gerando muita polêmica quanto às causas e não levando a lugar algum.

O educador parece não dispor mais da devida autonomia, dentro da sala de aula, enfrentando problemas como falta de respeito, baixo rendimento e falta de interesse pelos conteúdos ministrados.

O que fazer?

Não existem fórmulas pré-estabelecidas, mas algumas dicas são bastantes eficientes no combate à indisciplina e consequente agressividade por parte do aluno.

* Problemas surgidos em sala de aula devem ser resolvidos em sala de aula. O aluno sempre espera o dinamismo e autenticidade do professor frente às tomadas de decisões. A presença de algum personagem da equipe diretiva menospreza a presença e autoridade do mestre. Isto não quer dizer que em casos isolados - muito sérios - não é necessário a intervenção do diretor ou qualquer outro membro da direção.

* Para que o aluno se sinta sujeito de sua própria vivência, onde o respeito será algo conquistado paulatinamente, o professor deve manter sua autoridade sem demonstrar autoritarismo.

* Em meio a tantos conteúdos obrigatórios para a formação escolar do aluno, é de fundamental importância promover situações-problemas, propiciando um clima de reflexão a respeito de "possíveis" conflitos, procurando sempre fazer com que os educandos se coloquem no lugar da pessoa afetada. Tal medida aprimora o caráter e a personalidade, como também valoriza a importância de poder de decisões.

Enfim, frente a esta postura, não significa que o educador deve se redimir do seu verdadeiro papel, possibilitando com isso a desordem, mas que no mínimo sua didática esteja adequada ao universo de seu público-alvo e que suas relações estejam voltadas a favorecer, gradativamente, um ambiente de respeito e reciprocidade, com base em princípios morais e éticos.
"Todo adulto é, basicamente, o resultado direto dos limites que recebeu quando criança, de como eles foram colocados, recebidos, entendidos e aceitos". (André Fontaine).

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

FÁBULAS ... POR QUÊ?

http://peadportfolio156706.blogspot.com/2007/12/fbulas.html

A vida é uma fábula!
Você é uma fábula"
São expressões que, corriqueiramente, se ouve falar.
Mas o que é uma fábula?
Fábula é uma narração alegórica cujos personagens são, em regra, animais, e que encerra com uma lição de moral.
Geralmente, este tipo de literatura somente é usado para crianças pequenas, nas séries iniciais, mas são ótimos, também, para se trabalhar com os alunos maiores, e são justamente suas "lições de moral" que concretizam os objetivos propostos.
Em época de bullying, nada mais gratificante do que fazer um aluno reconhecer o errado, identificar o bem e discriminá-lo do mal.
Ninguém está vacinado contra o bulliyng e ele pode se apresentar na mais pacata escola, sem avisar.
Primeiramente, a sociedade escolar têm que se conscientizar do "problema", não tentando mascarar como atos de indisciplina. Em seguida, abrir espaço para que os alunos possam emitir suas opiniões ou medos. Logo após, fazer um trabalho especial com todos os alunos, agressores, vítimas ou simples espectadores.
Muito se tem ouvido: o que fazer?
É muito difícil dar uma fórmula pronta sobre o assunto, mesmo porque a sociedade ainda se sente de "mãos atadas" quanto ao bulliyng.
Mas porque não podemos tentar, utilizando de textos gostosos de ler e que sempre oferecem um momento de reflexão para que o educando possa comparar a história com nossa realidade. Não podemos dispensar nenhum tipo de recurso e considero as fábulas uma ferramenta excelente para a aprendizagem, seja como forma de leitura, de escrita ou de "lição de moral".

ARTE DE ENSINAR, FAZENDO DO APRENDER UMA ARTE

"Ensinar é como um ato de alegria, um ofício que deve ser exercido com paixão e arte". (Rubem Alves)

Em outubro de 2007 fiz a seguinte postagem:

http://peadportfolio156706.blogspot.com/2007/10/arte-de-ensinar-fazendo-do-aprender-uma.html

Daquele dia para hoje, muita coisa mudou! Dentro do sistema educacional também! Surgiram novos desafios para os educadores e a prática de ensino está cada vez mais, digamos, "complicada". A criança não trás mais, em sua bagagem, a vontade de aprender, trás junto com ela todo o reflexo de uma sociedade violenta e consumista. Mas o encanto pela profissão, o amor que um professor dedica à sua profissão e ao alvo da mesma continua cada vez mais aceso, apesar de ainda existirem dois tipos de professores: O professor pobre e o professor rico. O pobre é aquele que se imagina o dono absoluto da verdade, que mendiga atenção e se frustra por não conseguir. O rico é aquele ser humilde, que conquista a atenção do aluno, que aproveita cada desafio como objeto de aprendizado, que não se deixa abater com nenhum problema, que utiliza estes problemas como alavanca para continuar a praticar sua arte de aprender para mais ensinar.
Ensinar é uma arte, mas para saber dominá-la é preciso aprender.
Neste ano de 20l0, estou trabalhando, pela primeira vez, com uma turma de 5° ano. No começo, foi um pouco "corrido", pois eu não tinha nenhum material para trabalhar com esta faixa etária. Contei com a colaboração de minhas colegas de escola e com minha boa vontade. À medida que os dias foram passando, os próprios alunos me forneceram suas necessidades e curiosidades, e isto bastou para que os conteúdos obrigatórios fossem estudados, dentro de atividades agradáveis e aulas estimulantes.
Os Projetos de Aprendizagem, realizados pelos alunos, corroboraram o quanto uma criança é capaz de aprender quando o objeto de estudo é de seu interesse. Mas então ela só vai aprender aquilo que gosta? Não! Ela vai aprender aquilo que deve aprender, o conteúdo proposto para sua faixa etária e cabe ao professor, com muita criatividade, "sugerir" este conteúdo. Mostrar ao aluno o encanto de saber sobre algo ou alguém.
"Uma boa aula necessita de 1/4 de preparação e 3/4 de teatro". (Gail Godwin)
Toda aula deve ser previamente preparada, quanto a isto nem se discute, mas a aula em si pode e deve ser uma encenação, um teatro, que encante o aluno, que o faça "viver" aquelas cenas.
Cantar, dançar, representar um personagem, ler uma história como se estivesse compondo um poema, olhar para o aluno como se ele fosse o único ser vivo do ambiente, falar com a criança como se estivesse entoando uma canção! Tudo isso são ferramentas que estimulam a criança a voltar no dia seguinte.
Na semana passada, durante minhas pesquisas para o meu trabalho de Conclusão de Curso, entrei numa turma de 8ª série, considerada uma das mais indisciplinadas da escola e com alto índice de "palavrões, apelidos e atos de violência". À princípio, fiquei um pouco receosa, mas logo disse o porquê de estar ali, pedi a colaboração e agradeci antecipadamente. Foi maravilhoso! TODOS os alunos dedicaram a sua atenção à minha conversa e aos slides que preparei. Concordaram que necessitavam mudar suas atitudes e prometeram que mudariam, pois conforme eu lhes disse, todo dia é dia para "começar" ou recomeçar.
Não é difícil conversar com um adolescente, basta "entrar" no clima deles e isto não significa começar a dizer palavrões, significa entender o que são esses palavrões e conscientizá-los de que sabem e podem substitui-los por palavras mais amenas e dóceis.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

POESIAS

Os indivíduos trocam experiências através de suas diferenças e a construção do conhecimento é sustentada pela interação desses indivíduos e dos indivíduos com o objeto de aprendizagem.
Muitas e muitas vezes, é solicitado ao aluno que componha uma poesia, mas como seria isso possível se a poesia tem sido cada vez mais esquecida na prática de sala de aula.
Utilizar a leitura de poesias ou textos poéticos, em sala de aula, estimula a oralidade, a criatividade, além de exercitar a reflexão e a memorização.
Como por exemplo: sabe-se que a memorização da tabuada é um grande problema entre os alunos de diversas faixas etárias. Mas nada é mais estimulante para "saber de cor" do que fazer versos com a tabuada. O próprio aluno pode compor os versos da sua tabuada.
Durante este ano letivo, naqueles minutos iniciais da aula, chamados de Momento da Leitura, utilizei como ferramenta muitas poesias, de gêneros variados. Como dinâmica, os alunos escreviam textos sobre diversos temas, de forma poética.
Hoje, nossos momentos de leitura não são usufruidos somente com poesias, estamos, também, explorando outros tipos de texto. Mesmo assim, os alunos ainda compõe versos, espontaneamente.
São produções maravilhosas!
Vejam algumas:
Quem sou?
(Eduarda)
Hoje sou eu mesma.
Ontem fui pequena,
Amanhã serei maior ainda,
Mas sempre serei eu mesma.
Serei sempre eu!
Ontem e amanhã,
Agora e antes,
Hoje e sempre.
A cada momento que passa,
Vou crescendo,
Guardando recordações
E aprendendo.
Mas de uma coisa
Tenho certeza,
De qualquer maneira,
Serei sempre eu mesma.
Cores do Meu Brasil
(Eduarda)
Verde é a cor da natureza,
Fonte de beleza,
Tem cheirinho de pureza,
Porque verde tem muita riqueza.
Verde cheira a grama molhada
Do sereno da madrugada.
A árvore fica toda verdinha
E é por isso que ela é muito lindinha!
Azul é o céu...
Azul é o mar...
Azul é a cor que eu gosto de pintar!
Borboletas são azuis.
Seres de muitas luzes.
O azul é tão belo
Que não troco pelo amarelo.
O azul do mar é brilhante
E muito elegante.
Amarelo é tão belo.
Amarelo é a cor do Sol.
Amarelo é a cor do caramelo
E também do girassol.
Amarelo é tão belo
Como um beija-flor amarelo.
Amarelo é tão bonito
Como a cor da pirâmide do Egito.
Diversão
(Amanda)
Para passar o tempo,
O melhor é passatempo.
Fazer viajar o pensamento,
Pegar carona no vento.
Me perco num labirinto,
Num indo e vindo infinito.
Mas vou ter pressa pra quê?
Se posso me achar num cadê?
Que cena maluca é essa,
Que me faz mergulhar no ar?
Que desafio é este,
Que me faz buscar estrelas no mar?
Diversão é a solução!
Um beijo, um queijo,
Um abraço forte
E muita sorte!
Não é lindo?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

ARTE

Em dezembro de 2007, postei o comentário a seguir:
Li ou escutei (não lembro ao certo), de alguém, um comentário sobre o "conhecer" a arte. Como é difícil para o ser humano analisar algo que desconheça, e mais difícil ainda é admitir sua ignorância no assunto.
Todos nascemos, eu imagino que seja assim, com o potencial de reagir à arte. Infelizmente, nem todos temos a boa sorte de ver ativado esse nosso potencial.
Algumas pessoas, por temerem a própria ignorância, decerto não conseguem encarar, sem medo, uma obra de arte.
Olhar, realmente olhar, continua a ser uma responsabilidade pessoal, e a reação de mais ninguém servirá de substituto. Mas é do mundo exterior que o conhecimento precisa vir a nós, pela leitura, audição e contemplação. Se descobrirmos que sabemos, então talvez possamos reunir coragem para olhar, admirar, degustar uma obra de arte.
O amor pela arte e o conhecimento da mesma andam de mãos dadas.

Existem muitas e diferentes definições para a palavra "arte". Isso porque a arte pode ser muitas coisas diferentes e pode ser percebida de maneiras diferentes pelas pessoas. Uma grande obra de arte para um pode ser um amontoado de lixo para outro. O sentimento do artista ao compor uma obra de arte, para um, pode ser o "não ter o que fazer", para outro.
Normalmente, no reduto de seu lar, a única "arte" que a criança deslumbra é a imagem da televisão. Cabe à escola introduzir a criança no mundo da arte e o mais sábio, em vez de apresentar definições, é deixar a ciança "ler" as obras, se sensibilizar, tentar reproduzir ou criar outras semelhantes.
Durante este ano letivo, como uma novata perante uma turma de 5° ano e, mesmo assim, tentando agir como uma "senhora no assunto" trabalhei com muitos temas transversais.
Estudamos as cores - primárias e neutras e as que podemos criar à partir destas. Através do estudo das cores, "lemos" obras de artes e as técnicas diferentes adotadas por cada artista.
Conhecemos a História da Fotografia, onde, na aula prática cada aluno utilizou sua aprendizagem (fotografando momentos mágicos que o olho humano não consegue captar).
Vimos a trajetória do cinema, inclusive realizando um filme que vai compedir em "Curtas" no Primeiro Festiva de Cinema de Sapiranga.
Estudamos, também, a história do teatro. E estamos preparando algumas pequenas peças para apresentar para os alunos de 1° ano, mas isto ainda vai demorar um pouquinho, pois exige muito ensaio.
Até agora ninguém me questionou sobre a escolha destes temas, mas mesmo assim respondo:
São temas "gostosos" para o educando que geram atividades agradáveis e costumam ser o tema de conversas entre o público de minha sala de aula. Aproveitei estes temas para estudar conteúdos obrigatórios nos Planos de Estudos do município, tais como: língua portuguesa, matemática, geografia (comparando com outros países, dentro do Mapa Múndi), história (também comparando com a situação brasileira atual e a do início do século), ciências (ecologia).
Estes temas, também, geraram muitas e variadas produções de texto, inclusive poesias, sendo que uma delas foi a única poesia que representará nossa escola no concurso do município.
Arte é tudo aquilo que te dá prazer de ver, ouvir ou tocar. Te sensibiliza. Te inspira a criar e recriar.
Algumas produções de meus alunos:

AUTORETRATO






















FOTOGRAFIA (Captando o descanso de um inseto na pétala da violeta).

















CONTINUANDO A IMAGEM