sábado, 30 de maio de 2009

SEXUALIDADE



Nesta semana, conversando com minha colega sobre a Maria (portadora de Síndrome de Down), que é o alvo do meu Estudo do Caso, na interdisciplina Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, deparamos (eu e a professora de Maria) com uma surpresa (não tão surpresa, pois já er de se esperar): a sexualidade de Maria está aflorando, ou melhor, se desenvolvendo.
Isto nos pede mudanças de atitudes, principalmente porque Maria, na escola, só procura a companhia de meninos. Mas que atitudes devem ser tomadas? Que caminhos deverão ser trilhados para "lidar" com Maria e, inclusive, para esclarecer e até msmo convercer, os pais da menina?
Não sou provida d livros que abordem o assunto, a biblioteca da escola também não. Lembrie-me que tinha feito dois cursos onde citarsam a sexualidade nos portadores de Síndrome de Down. Procurei por meus apontamentos - eu sempre faço preciosas anotações nos cursos que frequnto - e refresquei a memória.
O primeiro curso foi no ano de 2002, na Escola Marista PIO XII, em Novo Hamburgo, e ministrado por Mra Sartoretto: III Encontro Sobre o Desenvolvimento da Pessoa Com Necessidades Educativas Especiais.
O segundo, foi em 2005, no colégio Bom Conselho, em Porto Alegre, com o apoio da AFAD (Associação dos Familiares e Amigos do Down). O "Encontro Estadual Sobre Educação Inclusiva" contou com enriquecedoras participações de: Cristina Abranches (Atendimento Educacional Especializado: a que se propõe), Rita Bersch (Tecnologia Assistiva Apoiando a Inclusão) e Eugênia Augusta Gonzaga Fávero (Educação Inclusiva e Ordenamento Jurídico Brasileiro). Foi nesse encontro que tomei conhecimento de uma menina de Manaus que havia se formado no Magistério. Também conheci um casalzinho (portadores de Down) que estavam namorando.
Voltando à sexualidade de Maria, interei-me de valiosas dicas de como se comportar diante da situação descrita e "corri" para repassar para minha colega.
As representações que pais e educadores fazem da sexualidade de pessoas com síndrome de Down são confundidas, muitas vezes, a atitudes agressivas ou, então, condutas assexuadas, exclusivamente fundamentadas na afetividade (queremos que a proximidade do sexo oposto seja unicamente por amizade e nunca por um desejo físico). É o que está acontecendo com Maria, ela pode nem perceber, mas o instinto está levando-a a procurar a companhia de meninos. Maria não se manifesta verbalmente e nem fisicamente, só observa e sente a necessidade da proximidade do sexo oposto.
Existem diferentes níveis de maturidade e de adaptação social na Síndrome de Down que, associadas a fatores como o excesso de cuidados dos pais e parentes próximos, a falta de amigos e o preconceito social, constituem barreiras para a vivência plena da sexualidade.
Os pais tratam os filhos num eterno padrão infantil de comportamento, pois a maioria teme as consequências de um relacionamento sexual dos filhos com Síndrome de Down e o que pode resultar desse relacionamento, como uma gravidez com risco de reincidência da síndrome.
Os professores sentem-se despreparados para orientar sexualmente a pessoa com Síndrome de Down e se comunicar com os pais do aluno(a) para poder harmonizar as atitudes perante os desejos sexuais dos filhos (normalmente os pais não querem nem ouvir falar sobre este assunto: é tabu).
Quando o portador de Síndrome de Down manifestar sua sexualidade, deve ser respeitado em sua curiosidade e deve ter oportunidade de compreender esta "situação" ma medida que lhe for possível. A repressão, ou seja, o simples impedimento de que a criança manifeste qualquer atitude referente à sexualidade, tende a facilitar o aparecimento de comportamentos inadequados e, até mesmo, agressivos. Isto me faz lembrar do "caso" (para não citar nomes) presente dentro do meu circulo familiar: umam menina não portadora da Síndrome de Down, mas cuja idade mental parou nos 8 anos (hoje ela tem 33). Ela teve um desmaio, foi levada ao médico e este foi bem franco: "é a sexualidade se manifestando, e como ela não soube lidar com isso, o seu organismo se refugiou no desfalecimento".
A sexualidade das pessoas com Síndrome de Down estrutura-se como nos demais seres humanos, embora seja vivenciada com restrições percebidas por elas mesmas, dependendo do contexto social no qual estão inseridas.
Para que o adolescente com Síndrome de Down não seja simplesmente reprimido, é importante que as pessoas que convivem com ele acreditem em sua possibilidade de experimentar os ritmos normais da vida, tendo atividades, experiências e oportunidades como qualquer outra pessoa. Muitas vezes, pequenas oportunidades cotidianas podem desenvolver a dignidade aos jovens com Sídrome de Down, como, por exemplo: tomar banho sozinho, escolher uma roupa para vestir, ter um lugar particular onde possa ficar sozinho por alguns momentos, ser capaz de fazer escolhas.
Chega a ser um disparidade que, enquanto na vida social, escolar e profissional, desejamos e lutamos para aproximar o portador de Síndrome de Down de uma vida normal, no que diz respeito à sexualidade, espera-se que as manifestações sexuais não se manifestem, ou seja, espera-se que ele leve uma vida normal, mas assexuada.
Nunca tive a oportunidade d ter um portador de Síndrome de Down entre meus alunos (alguns dirão "felicidade", não penso do mesmo modo). Quando este dia chegar, quero estar bem preparada.
O desenvolvimento de uma criança DoWn se difere muito pouco do desenvolvimento das demais, dessa forma ela pode frequentar uma escola de ensino regular, pois o convívio com outras crianças não portadoras da síndrome pode colaborar no seu desenvolvimento. Além disso, essa concivência também é positiva para as demais crianças, pois faz com que cresçam respeitando as diferenças, sem nenhum tipo de restrição em seu círculo de amizades, seja por raça, aparência, religião, nacionalidade.
Fontes de apoio:

quinta-feira, 21 de maio de 2009

CRIME OU, SIMPLESMENTE, CASTIGO?

Este texto nada tem a ver com alguma nova aprendizagem, muito pelo contrário, é uma curiosidade que gostaria que fosse saciada.
Vou começar com uma história. Eu escutei! Ou será que li? Também posso ter sonhado!
Era uma dessas tardes de maio. Todo mundo sabe como são as tardes no mês de maio. Algumas rigorosamente frias, outras extremamente quentes.
Esta tarde, em especial, estava agradável: gostosamente quente.
Professores reunidos, durante aqueles quinze minutos de descontração, onde aproveitam para recarregar as baterias, entre um cafezinho e uma ida ao banheiro.
Então, repentinamente, ouve-se o fatídico comunicado:
"Afortunados colegas! A palavra "castigo" não pode mais ser pronunciada por um professor, em sala de aula e nem fora dela. O aluno não pode ser "castigado" pelo mestre. Isto é função dos pais!"
E agora?
Juro que revirei a internet e nada encontrei. Nem contra e nem a favor do "castigo".
Alguém pode me responder em qual mundo aterrissei? Acho que caí da nave e me perdi de meus semelhantes.

É certo ou errado dar "castigo" para os alunos?

Rogo que este episódio tenha sido um sonho. Ou é a realidade de um pesadelo num sono eterno?


domingo, 17 de maio de 2009

EDUCAR

"Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu.
O educador diz: "Veja!"
-e, ao falar, aponta.
O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu.
Seu mundo se expande.
Ele fica mais rico interiormente.
E ficando mais rico interiormente,
ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria
- que é a razão pela qual vivemos".

"Já li muitos livros sobre psicologia da educação,
sociologia da educação, filosofia da educação -
mas, por mais que esforce, não consigo me lembrar de
qualquer referência à educação dos olhos
ou à importância do olhar na educação,
em qualquer deles".




"A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo.
Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente".


"A educação se divide em duas partes: educação das habilidades e educação das sensibilidades.
Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido."

"Os conhecimentos nos dão meios para viver.
A sabedoria nos dá razão para viver".


"Quero ensinar as crianças.
Elas ainda têm olhos encantados.
Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, ero o início do pensamento: a capacidade de se assombrar diante do banal."
"Para as crianças, tudo é espantoso:
um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo,
o vôo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu,
um pião na terra.
Coisas que os eruditos não vêem".
"Na escola, eu aprendi complicadas classificações botânicas, taxonomias,
nomes latinos - mas esqueci.
Mas nenhum professor jamais chamou minha atenção
para a beleza de uma árvore ou para o curioso das simetrias das folhas.
Parece que naquele tempo, as escolas estavam mais preocupadas
em fazer com que os alunos decorassem palavras
que com a realidade para a qual elas apontam.
As palavras só têm sentido
se nos ajudam a ver o mundo melhor.
Aprendemos as palavras para melhorar os olhos".
"Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem.
O ato de ver não é coisa natural.
Precisa ser aprendido!"
"Quando a gente abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo,
e o mundo aparece refletido dentro da gente".
"São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões de viver.
Elas não têm saberes a transmitir.
No entanto,elas sabem o essencila da vida!
Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir
e se não torna como criança,
jamais será sábio."

Rubem Alves
Nasceu em 15 de setembro de 1933, em Boa Esperança, Minas Gerais.
Mestre em Teologia, Doutor em Filosofia, psicanalista e professor emérito da Unicamp.
Poeta, cronista do cotidiano, contador de histórias, um dos mais admirados e respeitados intelectuais do Brasil.

Texto formatado por: um_peregrino@hotmail.com

Não há necessidade de traduzir as idéias de Rubem Alves. Ele também acredita, como Theodor Adorno, na educação. Mas não é aquela educação mecanizada, transmissora de conceitos, e sim na educação através do amor pela vida, pelo próximo e por si mesmo. Transmissão de conceitos encontram-se em livros, em sites da internet. Mas só o pai ou mãe ou o professor serão capazes de transmitir o encanto da aprendizagem e só será capaz de ensinar, aquele que soube aprender.






sábado, 16 de maio de 2009

SONHOS


E assim, depois de muito esperar.
Num dia como outro qualquer,
decidi triunfar...
Decidi não esperar as oportunidades
e sim, eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução.
Decidi ver cada deserto
como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
Decidi ver cada dia
como uma nova oportunidade de ser feliz.
Naquele dia,
descobri que meu único rival
não era mais que minhas próprias limitações
e que enfrentá-las era a única e melhor forma de superá-las.
Naquele dia, descobri que eu não era o melhor
e que talvez eu nunca tivesse sido.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde.
Agora me importa simplesmente saber melhor o que fazer.
Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima
e, sim, deixar de subir.
Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de amigo.
Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento,
o amor é uma filosofia de vida.
Naquele dia, deixei de ser um reflexo
dos meus escassos triunfos passados
e passei a ser uma tênue luz no presente.
Aprendi que de nada serve ser luz
se não iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia, decidi trovar tantas coisas...
Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornar-se realidade.
E, desde daquele dia
já não durmo para descansar
simplesmente durmo para sonhar.
Walt Disney

sexta-feira, 15 de maio de 2009

OS DEZ MANDAMENTOS EM VERSÃO MODERNA

1 - Não faça aos outros o que não quer que façam com você.






2 - Em todas as coisas, faça de tudo para não provocar o mal.




3 - Trate os outros seres humanos, as outras criaturas e o mundo em geral com amor, honestidade, fidelidade e respeito.


4 - Não ignore o mal nem evite administrar a justiça, mas sempre esteja disposto a perdoar erros que tenham sido reconhecidos por livre e espontânea vontade e lamentados com honestidade.



5 - Viva a vida com um sentimento de alegria e deslumbramento.

6 - Sempre tente aprender algo de novo.

7 - Ponha todas as coisas à prova; sempre compare suas idéias com os fatos, e esteja disposto a descartar mesmo a crença mais cara se ela não se adequar a eles.


8 - Jamais se autocensure ou fuja da dissidência; sempre respeite o direito dos outros de discordadr de você.
9 - Crie opiniões independentes com base em seu próprio racicínio e em sua experiência; não se permita ser dirigido pelos outros.






10 - Questione tudo!
Richard Dawkins, o autor, é zoológo, etólogo, evolucionista e popular escritos de divulgação científica britânica, natural do Quênia, além de professor da Universidade de Oxford.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO

Embora, de um modo ou de outro, o ser humano sempre tenha exercido seus dons filosóficos, estes estão renegados a serem os últimos numa lista de sentimentos e ações do indivíduo moderno.
A Filosofia, como disciplina, foi abolida das salas de aula: era dispensável, sem fundamento e utilidades práticas.
Foi uma boa idéia?
Agora, a Filosofia volta, impávida, como disciplina obrigatória. O que fez mudar a opinião das autoridades responsáveis pela educação brasileira?
Ouso responder esta pergunta: os altos índices de violência que assolam a população.
Os objetivos atuais da escola abrem caminho a uma educação liberal, que se dispunha a desenvolver seres humanos que saibam não apenas os fatos, mas também os conceitos, que compreendam como se aprende e que sejam capazes de pensar por si próprios, e estejam motivados para o fazer.
Isto não basta!
Desde a virada do século, o mundo já viu explodir muitas guerras, a maioria apoiada em conceitos religiosos, ou seja, é amparada em certas "filosofias religiosas" onde homens matam e se matam.
Todos os dias, ao ver os noticiários, somos abalados por informações bombásticas e entristecedoras: pais matando filhos, médicos vendendo medicamentos controlados, cirurgiões plásticos colando os pacientes com Bonder, políticos matando no trânsito,...
O homem tem usado o seu livre-arbítrio em situações mal pensadas, sem fundamentos éticos e morais. A ilusão do livre-arbítrio está sendo um obstáculo no caminho do pensamento humano, sobressaindo-se de tal maneira que encobre as veredas do certo e do errado, do bem e do mal.
Em geral, o ser humano ignora que além da instrução que recebe (compreendendo o mais alto grau de ensino superior), existem uma cultura e uma ciência cujos conhecimentos não são ministrados por ninguém mais que ele mesmo: o amor.
Não é possível ao homem, por mais empenho e boa vontade que ponha nisso, criar dentro de outro indivíduo um mecanismo que produza a benevolência. Isto não se ensina, se exemplifica, se vivencia.
"Purifica o teu coração antes de permitir que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo" (Confúncio).
Conforme Immanuel Kant, é imperativo categórico o dever de agir na conformidade dos princípios que se quer que sejam aplicados por todos os seres humanos.
"Age de tal modo que a máxima da tua ação se possa tornar princípio de uma legislação universal". (Kant)
A Razão e a Intuição são as principais ferramentas da Filosofia, que tem como fundamento a contemplação, o deslumbramento pela realidade, a vontade de conhecer, e como método primordial, a rigorosidade do raciocínio, para atingir a estruturação do pensamento e a organização do saber.
Então, educadores, façamos uso destas ferramentas para alcançar, num futuro não muito distante, os verdadeiros objetivos da educação: oportunizar indivíduos decentes, cidadãos que trilhem pelos caminhos da ética e da moralidade.
Observação: Pesquisando sobre filosofia e filósofos, me deparei com um vocábulo até então desconhecido: Logosofia.
Logosofia é a ciência do presente e do futuro, porque encerra uma nova e insuperável forma de conceber a vida, de pensar e sentir, tão necessária na época atual para elevar os espíritos acima da torpe materialidade reinante.
"Uma vez que a sabedoria logosófica traz como mensagem um novo gênero de conhecimentos surgidos da concepção mais perfeita da realidade humana, e abre uma senda de evolução consciente a todos os seres que anelam percorrê-la, previne-se que não se devem misturar seus ensinamentos fundamentais com antigas ou modernas filosofias nem com ciência alguma, inclusi a psicologia". (do livro Exegese Logosófica, pág.31 - de RAUMSOL).
Se assim é, seja bem-vinda Logosofia!
Fontes:
Wikipédia

AFINAL, O QUE É FILOSOFIA?



Do grego philos (que ama) + sophia (sabedoria): que ama a sabedoria.
Filosodia é, então, a busca pelo conhecimento último e primordial, a SABEDORIA TOTAL.
Modernamente, filosofia é a disciplina que envolve a investigação, a argumentação, a análise, discussão, formação e reflexão das idéias sobre o mundo, o homem e o ser. Originou-se da inquietude gerada pela curiosidade em compreender e questionar os valores e as interpretações aceitas sobre a realidade dadas pelo senso comum e pela tradição.
Ao pesquisar sobre "A defesa de Sócrates", senti curiosidade de "conhecer" outros filósofos além dos citados. Surprenedeu-me o tamanho da lista que me apareceu na tela: uns me eram completamente desconhecidos; outros, já tinha ouvido falar; e outros, ainda, tinha-os como grandes matemáticos, não como filósofos (pensando bem, é preciso "filosofar" para formular teorias matemáticas).
A lista de filósofos de dividia de maneira curiosa: os que viveram antes e os que viveram depois de Sócrates. Deduzi que o cerne da filosofia se concentra em Sócrates, Platão e Aristóteles.
Historicamente, a filosofia inicia-se com Tales de Mileto. Ele foi o primeiro dos filósofos pré-socráticos a buscarem explicações de todas as coisas através de um princípio ou origem causal diferentemente do que os mitos antes mostravam.
A filosofia pós-socrática é representada por Platão. É ele quem inicia esta nova linguagem, a filosofia como a conhecemos, a busca da essência, a ontologia dos conceitos universais em detrimento do conhecimento vulgar e sensorial.

"O amor não se define, sente-se". (Sêneca)

"Sócrates é meu amigo, mas sou mais amigo da verdade".
(Aristóteles)

"A dúvida é o princípio da sabedoria". (Aristóteles)

"Meu conselho é que se case. Se você arrumar uma boa esposa, será feliz; se arrumar uma esposa ruim, se tornará um filósofo". (Sócrates)
"O amigo deve ser como o dinheiro, cujo valor já conhecemos antes de termos necessidade dele". (Sócrates)
"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escura; a real tragédia é quando os homens têm medo da luz" (Platão)
"A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento" (Platão)
"O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz". (Aristóteles)
"O que é um amigo? Uma única alma habitando dois corpos". (Aristóteles)
Fontes:
Wikipédia

A DEFESA DE SÓCRATES

Não é de hoje que vivemos mergulhados em dúvidas e incertezas. A injustiça, o preconceito, a inveja, o julgamento errôneo, ... não são prerrogativas deste milênio. Bem antes de Cristo (exemplo de julgamento histórico e injusto), o homem já dispunha a pensar a possibilidade do julgamento ao proóximo, já havia a chama do fervor à justiça e ao suposto poder de condenar um semelhante.
Um exemplo disto é Sócrates, filho de um escultor e de uma parteira, e um dos maiores filósofos que a história tem conhecimento.
Apesar de não ter deixado nada escrito, Sócrates deixou marcas de texto e textura em seus discípulos (Xenofonte, Platão) e adversários (Aristófanes, por exemplo), que o imortalizaram.
O método filosófico de Sócrates era de uma coerência e artimanha que enredam o ouvinte. Consistia em usar, de maneira estratégica, dois recursos complementares: a Ironia e a Maiêutica (arte de extrair do interlocutor, por meio de perguntas, as verdades do objeto em questão). Num primeiro momento, interrogava seus interlocutores sobre o que estes pensavam saber, daí atacava de maneira lúcida (e, geralmente brilhante) suas respostas, até destronar seus "conceitos" e, é claro, a empáfia de sua arrogância. Costumava ser uma luta injusta, em que as "reflexões" eram sutilmente desmascaradas como idéias sem substâncias.
Derrotados em seu orgulho de saber, era hora de Sócrates dar o segunso passo: reconstruir. Uma nova série de questionamentos ajudava os discípulos a tocar o âmago de suas idéias, concebendo conceitos mais profundos e universais. Como sua mãe, Sócrates habilmente ajudava a filosofia a nascer daquelas consciências.
Sua profunda concepção de liberdade e pensamento o fazia questionar tudo, e não apenas isso, ensinar outros a questionar também.
Há 399 a.C., Sócrates, diante do tribunal popular, é acusado pelo poeta Meleto, pelo rico curtidor de peles Ânito (influente orador e político, também), e por Lícon, personagem de pouca importância.
A acusação era grave: ateísmo (recusava-se a cultuar devidamente os deuses do Estado), introdutor de novas divindades e subversão ao filosofar em público, orientando os jovens, e desta forma interpretado como corruptor da juventude.
Platão descreve a defesa de Sócrates:
Primeiramente, Sócrates examina e refuta as acusações que pairam sobre ele, retratando sua própria vida, procurando mostrar o verdadeiro significado de sua "missão". Dirige aos homens palavras que contestam o enriquecimento sem virtude, afirmando que a riqueza deverá vir através da virtude.
Em sua defesa, Sócrates, que atesta veementemente sua franqueza, busca um elemento que possa convencer os juízes de sua sabedoria. Menciona que o Oráculo de Delfos afirmou ser ele o homem mais sábio de sua época, pois ao inquirir os políticos, os poetas e os artíficies, todos afirmavam obter a plena sabedoria, e que somente ele, Sócrates, era o verdadeiro sábio porque tinha a plena noção de sua ignorância: "Sei que nada sei".
Em outro momento, Sócrates dialoga com um de seus acusadores, deixando-o bem embaraçado quanto ao significado da acusação "corromper a juventude". Demonstra que está sendo acusado por Meleto de algo que este mesmo não sabe ao certo o que significa.
Em nenhum momento de sua defesa, segundo o relato de Platão, Sócrates apela para a bajulação ou tenta captar a misericórdia daqueles que o julgavam, usando a linguagem de quem fala em nome da própria consciência e não reconhece, em si mesmo, nenhuma culpa.
"Pareceu-me não ser justo rogar ao juiz e fazer-me absolver por meio de súplicas; é preciso esclarecê-lo e convencê-lo".
Talvez, justamente por essas manifestações de independência de espírito, Sócrates foi condenado.
"Ora, o homem (Meleto) propõe a sentença de morte... Que sentença corporal ou pecuniária mereço, eu que entendi de não levar uma vida quieta? Eu que negligenciei riquezas, negócios, postos militares, tribunas e funções públicas, conchavos e lutas que ocorrem na política..."
Após o veredito, Sócrates dirige palavras aos que o condenaram:
"Não foi por falta de discursos que fui condenado, mas por falta de audácia e porque não quis que ouvísseis o que para vós teria sido mais agradável, coisas que considero indignas de mim, coisas que estás habituado a escutar de outros acusados".
Nesta altura, o filósofo começa a fazer comparações com a morte:
"Mais difícil que evitar a morte, é evitar o mal".
"... A morte pode ser uma dessas duas coisas: ou é uma destruição absoluta, ou é passagem da alma para outro lugar. Se tudo tem de extinguir-se, a morte será como uma dessas raras noites que passamos sem sonhos e sem nenhuma consciência de nós mesmos. Todavia, se a morte é apenas uma mudança de morada, a passagem para o outro lugar onde os mortos se têm de reunir, que felicidade a de encontrarmos lá aqueles a quem conhecemos! O meu maior prazer seria examinar de perto os habitantes dessa outra morada e de distinguir lá, como aqui, os que são dignos dos que se julgam tais e não o são".
"Mais eis a hora de partimos, eu para a morte, vós para a vida. Quem de nós segue o melhor rumo, ninguém o sabe, exceto o Deus".
Fontes:
Wikipédia
Webartigos.com
Rodrigues, Antônio Fernandes - Pérolas Literárias - pág.108 - Petit Editora e Distribuidora Ltda - 1997.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

MÉTODOS CLÍNICOS PIAGETIANOS


"O principal objetivo da educação é criar
homens capazes de fazer coisas novas
e não simplesmente repetir
o que outras gerações fizeram,
homens criativos, inventivos, descobridores".
(Jean Piaget)

Quando olhamos para a palavra "clínico", pensamos na área médica, porém o ser humano é uma totalidade indissolúvel, que além do corpo físico, possui uma mente, inteligência, sentimentos, é capaz de agir, ... e, precisamos pensar que a parte clínica pode estar ligada a cada elemento, porém na totalidade.
A Espistemologia Genética defende que o indivíduo passa por várias etapas de desenvolvimento ao longo de sua vida. Para Piaget, a aprendizagem é um processo que começa no nascimento e acaba na morte (na minha opinião, vai além, é depois da morte é que se aprende mesmo). A aprendizagem dá-se através do equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, resultando em adaptação. Segundo esta formulação, o ser humano assimila os dados que obtém do exterior, mas uma vez que já tem uma estrutura mental que não está "vazia", precisa adaptar esses dados à estrutura mental já existente. Uma vez que os dados são adaptados a si, dá-se a acomodação. Este esquema revela que nenhum conhecimento nos chega do exterior sem que sofra alguma alteração pela nossa parte, ou seja, tudo o que aprendemos é influenciado por aquilo que já tínhamos aprendido.
O método dos testes "consiste em submeter a criança a provas organizadas de modo a satisfazer as duas condições seguintes: por uma parte, a questão permanece idêntica para todos os sujeitos e é apresentada sempre da mesma forma; por outra parte, as respostas dadas pelos sujeitos são referidas a uma tabela ou a uma escala que permite compará-la qualitativa ou quantitativamente" (Piaget).
O método clínico de Piaget é, portanto, um método de conversação livre com a criança sobre um tema dirigido pelo interrogador que acompanha as respostas da criança, pede-lhe que justifique o que diz, que explique, que diga o porquê, que lhe faça contra-sugestões, etc...
"Ao seguir a criança em cada resposta, ao fazê-la depois, sempre guiada por ela, falar cada vez mais livremente, acaba-se por obter, em cada domínio da inteligência, um procedimento clínico de exame análogo ao que os psiquiatras adotam como meio de diagnóstico. Para terminar, vê-se o aparecimento do chamado "método direto", proveniente também como os demais, do método clínico, mas aplicando-se, desta vez, um material concreto e não mais verbal, e de tal forma que se criam "diante da criança" algumas pequenas experiências de fisica, onde deve ser perguntado o porquê de cada evento. Obtém-se, assim, mais informações de primeiro mão sobre a orientação do espírito das crianças" (Piaget). Conserva-se, ainda, a linguagem, mas esta já não constitui o único suporte da experiência, ela passa agora a intervir apenas para justificar as ações concretas realmente efetuadas.

Aplicabilidade do Método na Escola:
O método serve de fundamentação científica para os projetos de aprendizagem, pois sugere que se inicie com questões de interesse da criança, enquanto sujeito do processo de criação do conhecimento.
Passos que um professor poderá realizar para produzir uma intervenção na escola, tendo por base o método clínico:
@ Partir sempre das questões colocadas pelos alunos.
@ Acompanhar a linha de raciocínio, formulando novas hipóteses à partir do que é colocado.
@ Problematizar as questões colocadas para provocar uma contra-argumentação e verificar se as aquisições se estabelecem ou não.
@ Avançar sempre um pouco mais nas considerações sem fugir do foco de interesse inicial do aluno.

Fontes:
Wikipédia
www.pedagogiaemfoco.pro.br

terça-feira, 5 de maio de 2009

O CLUBE DO IMPERADOR


"Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo, aos poucos, na
prática social que tomamos parte."
(Paulo Freire)

Conforme vamos crescendo, o ambiente que nos rodeia nos passa informações que vão moldando nossa personalidade.A família desenvolve um papel fundamental nesse aperfeiçoamento, assim como a escola, os amigos, o trabalho.
Não existe, entre os verdadeiros educadores, um único que não tenha como objetivo central fazer com que suas aulas ultrapassem os limites dos conteúdos propostos e entrem nos caminhos éticos e filosóficos, permitindo, assim, que seus alunos tenham uma formação plena, integral. Que saibam distinguir o bem do mal, o certo do errado.
"O Clube do Imperador" é o tipo de filme que apresenta lições de vida inesquecíveis.
"Grande ambição e conquista, sem contribuição, não tem significado". Frase que surge em uma das cenas do filme e que nos coloca num auto-questionamento: será que o meu sonho de formar grandes personalidades está me cegando a ponto de não vislumbrar a pouca contribuição que estou dedicando a esta aspiração?
"Alea jacta est": a sorte está lançada.
Pessoas medíocres sempre existirão, seja em sala de aula (como alunos ou como mestres) ou fora dela. Porém, a fé na educação não pode morrer. Em todo caminho de sucesso há pedras, e estas pedras induzem os viajantes ao fracasso.É preciso saber e é preciso querer ultrapassá-las.
Aos eternamente medíocres, Aristófanes deixou um belo conselho (citado numa cena do filme), ou melhor, um "tapa de luva": "A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e a embriaguez passa, mas a estupidez é eterna".
O filme nos coloca muitas questões:
Será possível, aos professores, através de suas atitudes, modificar o futuro de seus alunos?
Até que ponto o convívio diário com os professores pode influenciar o caráter e as atitudes dos alunos?
Qual o verdadeiro papel do professor?
Caráter: nato ou inato?
O epílogo do filme nos deu algumas respostas para os questionamentos surgidos:
Só, a escola não tem força para mudar o caráter do ser humano.
A motivação extrínseca tem menos força que a motivação intrínseca.
Reconhecer os erros é uma particularidade dos sábios.
O exemplo dos superiores influencia a personalidade de quem deles depende (emocional ou financeiramente)


Finalizo com a frase símbolo de todas as lições mostrada no filme:

"O caráter de um homem é o seu destino".



sábado, 2 de maio de 2009

CÓDIGO DE ÉTICA INDÍGENA

E os homens brancos julgam-se mais civilizados e evoluidos que os índios.

Se cada homem deste planeta seguirem, pelo menos a metade deste código, com certeza o mundo seria outro.




Levante-se com o Sol para orar.
Ore sozinho.
Ore com frequência.
O Grande Espírito o escutará, se você ao menos falar.

Seja tolerante com aqueles que estão perdidos no caminho.
A ignorância, o convencimento, a raiva, o ciúme e a avareza originam-se de uma alma perdida.
Ore para que eles reencontrem o caminho do Grande Espírito.

Procure conhecer-se, por si mesmo.
Não permita que os outros façam seu caminho por você.
É sua estrada, e somente sua!
Outros podem andar a seu lado, mas ninguém pode andar por você.

Trate os convidados em seu lar com muita consideração.
Sirva-os com o melhor alimento, a melhor cama e trate-os com respeito e honra.
Não tome o que não é seu.
Seja de uma pessoa da comunidade, da natureza ou da cultura.
Se não lhe foi dado, não é seu!
Respeite todas as coisas que foram colocadas sobre a Terra.
Sejam elas pessoas, plantas ou animais.
Respeite os pensamentos, desejos e palavras das pessoas.
Nunca interrompa os outros nem os ridicularize, nem rudemente os imite.
Permita a cada pessoa o direito da expressão pessoal.
Nunca fale dos outros de uma maneira má.
A energia negativa que você colocar para fora no Universo,
voltará multiplicada para você.
Todas as pessoas cometem erros.
E todos os erros podem ser perdoados!
Pensamentos maus causam doenças da mente, do corpo e do espírito.
Pratique o otimismo!
A natureza não é para nós, ela é uma parte de nós.
Toda a natureza faz parte da nossa Família Terrenal.
As crianças são as sementes do nosso futuro.
Plante amor nos seus corações e regue com sabedoria e lições de vida.
Quando forem crescidas, dê-lhes espaço para que continuem crescendo!
Evite machucar o coração das pessoas.
O veneno da dor causada a outros, retornará à você.
Seja sincero e verdadeiro em todas as situações.
A honestidade é o grande teste para a nossa herança do Universo.
Mantenha-se equilibrado. Seu corpo Espiritual, seu corpo Mental, seu corpo Emocional e seu corpo Físico, todos necessitam ser fortes, puros e saudáveis.
Trabalhe o seu corpo físico para fortalecer o seu corpo mental.
Enriqueça o seu corpo espiritual para curar o seu corpo emocional.
Tome decisões conscientes de como você será e como reagirá.
Seja responsável por suas próprias ações.
Respeite a privacidade e o espaço pessoal dos outros.
Não toque as propriedades pessoais de outras pessoas, especialmente objetos religiosos e sagrados.
Isto é proibido.
Comece sendo verdadeiro consigo mesmo.
Se você não puder nutrir a ajudar a si mesmo, você não poderá nutrir e ajudar os outros.
Respeite outras crenças religiosas.
Não force as suas crenças sobre os outros.
Compartilhe sua boa fortuna com os outros.
Participe com caridade.