quarta-feira, 22 de setembro de 2010

FÁBULAS ... POR QUÊ?

http://peadportfolio156706.blogspot.com/2007/12/fbulas.html

A vida é uma fábula!
Você é uma fábula"
São expressões que, corriqueiramente, se ouve falar.
Mas o que é uma fábula?
Fábula é uma narração alegórica cujos personagens são, em regra, animais, e que encerra com uma lição de moral.
Geralmente, este tipo de literatura somente é usado para crianças pequenas, nas séries iniciais, mas são ótimos, também, para se trabalhar com os alunos maiores, e são justamente suas "lições de moral" que concretizam os objetivos propostos.
Em época de bullying, nada mais gratificante do que fazer um aluno reconhecer o errado, identificar o bem e discriminá-lo do mal.
Ninguém está vacinado contra o bulliyng e ele pode se apresentar na mais pacata escola, sem avisar.
Primeiramente, a sociedade escolar têm que se conscientizar do "problema", não tentando mascarar como atos de indisciplina. Em seguida, abrir espaço para que os alunos possam emitir suas opiniões ou medos. Logo após, fazer um trabalho especial com todos os alunos, agressores, vítimas ou simples espectadores.
Muito se tem ouvido: o que fazer?
É muito difícil dar uma fórmula pronta sobre o assunto, mesmo porque a sociedade ainda se sente de "mãos atadas" quanto ao bulliyng.
Mas porque não podemos tentar, utilizando de textos gostosos de ler e que sempre oferecem um momento de reflexão para que o educando possa comparar a história com nossa realidade. Não podemos dispensar nenhum tipo de recurso e considero as fábulas uma ferramenta excelente para a aprendizagem, seja como forma de leitura, de escrita ou de "lição de moral".

ARTE DE ENSINAR, FAZENDO DO APRENDER UMA ARTE

"Ensinar é como um ato de alegria, um ofício que deve ser exercido com paixão e arte". (Rubem Alves)

Em outubro de 2007 fiz a seguinte postagem:

http://peadportfolio156706.blogspot.com/2007/10/arte-de-ensinar-fazendo-do-aprender-uma.html

Daquele dia para hoje, muita coisa mudou! Dentro do sistema educacional também! Surgiram novos desafios para os educadores e a prática de ensino está cada vez mais, digamos, "complicada". A criança não trás mais, em sua bagagem, a vontade de aprender, trás junto com ela todo o reflexo de uma sociedade violenta e consumista. Mas o encanto pela profissão, o amor que um professor dedica à sua profissão e ao alvo da mesma continua cada vez mais aceso, apesar de ainda existirem dois tipos de professores: O professor pobre e o professor rico. O pobre é aquele que se imagina o dono absoluto da verdade, que mendiga atenção e se frustra por não conseguir. O rico é aquele ser humilde, que conquista a atenção do aluno, que aproveita cada desafio como objeto de aprendizado, que não se deixa abater com nenhum problema, que utiliza estes problemas como alavanca para continuar a praticar sua arte de aprender para mais ensinar.
Ensinar é uma arte, mas para saber dominá-la é preciso aprender.
Neste ano de 20l0, estou trabalhando, pela primeira vez, com uma turma de 5° ano. No começo, foi um pouco "corrido", pois eu não tinha nenhum material para trabalhar com esta faixa etária. Contei com a colaboração de minhas colegas de escola e com minha boa vontade. À medida que os dias foram passando, os próprios alunos me forneceram suas necessidades e curiosidades, e isto bastou para que os conteúdos obrigatórios fossem estudados, dentro de atividades agradáveis e aulas estimulantes.
Os Projetos de Aprendizagem, realizados pelos alunos, corroboraram o quanto uma criança é capaz de aprender quando o objeto de estudo é de seu interesse. Mas então ela só vai aprender aquilo que gosta? Não! Ela vai aprender aquilo que deve aprender, o conteúdo proposto para sua faixa etária e cabe ao professor, com muita criatividade, "sugerir" este conteúdo. Mostrar ao aluno o encanto de saber sobre algo ou alguém.
"Uma boa aula necessita de 1/4 de preparação e 3/4 de teatro". (Gail Godwin)
Toda aula deve ser previamente preparada, quanto a isto nem se discute, mas a aula em si pode e deve ser uma encenação, um teatro, que encante o aluno, que o faça "viver" aquelas cenas.
Cantar, dançar, representar um personagem, ler uma história como se estivesse compondo um poema, olhar para o aluno como se ele fosse o único ser vivo do ambiente, falar com a criança como se estivesse entoando uma canção! Tudo isso são ferramentas que estimulam a criança a voltar no dia seguinte.
Na semana passada, durante minhas pesquisas para o meu trabalho de Conclusão de Curso, entrei numa turma de 8ª série, considerada uma das mais indisciplinadas da escola e com alto índice de "palavrões, apelidos e atos de violência". À princípio, fiquei um pouco receosa, mas logo disse o porquê de estar ali, pedi a colaboração e agradeci antecipadamente. Foi maravilhoso! TODOS os alunos dedicaram a sua atenção à minha conversa e aos slides que preparei. Concordaram que necessitavam mudar suas atitudes e prometeram que mudariam, pois conforme eu lhes disse, todo dia é dia para "começar" ou recomeçar.
Não é difícil conversar com um adolescente, basta "entrar" no clima deles e isto não significa começar a dizer palavrões, significa entender o que são esses palavrões e conscientizá-los de que sabem e podem substitui-los por palavras mais amenas e dóceis.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

POESIAS

Os indivíduos trocam experiências através de suas diferenças e a construção do conhecimento é sustentada pela interação desses indivíduos e dos indivíduos com o objeto de aprendizagem.
Muitas e muitas vezes, é solicitado ao aluno que componha uma poesia, mas como seria isso possível se a poesia tem sido cada vez mais esquecida na prática de sala de aula.
Utilizar a leitura de poesias ou textos poéticos, em sala de aula, estimula a oralidade, a criatividade, além de exercitar a reflexão e a memorização.
Como por exemplo: sabe-se que a memorização da tabuada é um grande problema entre os alunos de diversas faixas etárias. Mas nada é mais estimulante para "saber de cor" do que fazer versos com a tabuada. O próprio aluno pode compor os versos da sua tabuada.
Durante este ano letivo, naqueles minutos iniciais da aula, chamados de Momento da Leitura, utilizei como ferramenta muitas poesias, de gêneros variados. Como dinâmica, os alunos escreviam textos sobre diversos temas, de forma poética.
Hoje, nossos momentos de leitura não são usufruidos somente com poesias, estamos, também, explorando outros tipos de texto. Mesmo assim, os alunos ainda compõe versos, espontaneamente.
São produções maravilhosas!
Vejam algumas:
Quem sou?
(Eduarda)
Hoje sou eu mesma.
Ontem fui pequena,
Amanhã serei maior ainda,
Mas sempre serei eu mesma.
Serei sempre eu!
Ontem e amanhã,
Agora e antes,
Hoje e sempre.
A cada momento que passa,
Vou crescendo,
Guardando recordações
E aprendendo.
Mas de uma coisa
Tenho certeza,
De qualquer maneira,
Serei sempre eu mesma.
Cores do Meu Brasil
(Eduarda)
Verde é a cor da natureza,
Fonte de beleza,
Tem cheirinho de pureza,
Porque verde tem muita riqueza.
Verde cheira a grama molhada
Do sereno da madrugada.
A árvore fica toda verdinha
E é por isso que ela é muito lindinha!
Azul é o céu...
Azul é o mar...
Azul é a cor que eu gosto de pintar!
Borboletas são azuis.
Seres de muitas luzes.
O azul é tão belo
Que não troco pelo amarelo.
O azul do mar é brilhante
E muito elegante.
Amarelo é tão belo.
Amarelo é a cor do Sol.
Amarelo é a cor do caramelo
E também do girassol.
Amarelo é tão belo
Como um beija-flor amarelo.
Amarelo é tão bonito
Como a cor da pirâmide do Egito.
Diversão
(Amanda)
Para passar o tempo,
O melhor é passatempo.
Fazer viajar o pensamento,
Pegar carona no vento.
Me perco num labirinto,
Num indo e vindo infinito.
Mas vou ter pressa pra quê?
Se posso me achar num cadê?
Que cena maluca é essa,
Que me faz mergulhar no ar?
Que desafio é este,
Que me faz buscar estrelas no mar?
Diversão é a solução!
Um beijo, um queijo,
Um abraço forte
E muita sorte!
Não é lindo?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

ARTE

Em dezembro de 2007, postei o comentário a seguir:
Li ou escutei (não lembro ao certo), de alguém, um comentário sobre o "conhecer" a arte. Como é difícil para o ser humano analisar algo que desconheça, e mais difícil ainda é admitir sua ignorância no assunto.
Todos nascemos, eu imagino que seja assim, com o potencial de reagir à arte. Infelizmente, nem todos temos a boa sorte de ver ativado esse nosso potencial.
Algumas pessoas, por temerem a própria ignorância, decerto não conseguem encarar, sem medo, uma obra de arte.
Olhar, realmente olhar, continua a ser uma responsabilidade pessoal, e a reação de mais ninguém servirá de substituto. Mas é do mundo exterior que o conhecimento precisa vir a nós, pela leitura, audição e contemplação. Se descobrirmos que sabemos, então talvez possamos reunir coragem para olhar, admirar, degustar uma obra de arte.
O amor pela arte e o conhecimento da mesma andam de mãos dadas.

Existem muitas e diferentes definições para a palavra "arte". Isso porque a arte pode ser muitas coisas diferentes e pode ser percebida de maneiras diferentes pelas pessoas. Uma grande obra de arte para um pode ser um amontoado de lixo para outro. O sentimento do artista ao compor uma obra de arte, para um, pode ser o "não ter o que fazer", para outro.
Normalmente, no reduto de seu lar, a única "arte" que a criança deslumbra é a imagem da televisão. Cabe à escola introduzir a criança no mundo da arte e o mais sábio, em vez de apresentar definições, é deixar a ciança "ler" as obras, se sensibilizar, tentar reproduzir ou criar outras semelhantes.
Durante este ano letivo, como uma novata perante uma turma de 5° ano e, mesmo assim, tentando agir como uma "senhora no assunto" trabalhei com muitos temas transversais.
Estudamos as cores - primárias e neutras e as que podemos criar à partir destas. Através do estudo das cores, "lemos" obras de artes e as técnicas diferentes adotadas por cada artista.
Conhecemos a História da Fotografia, onde, na aula prática cada aluno utilizou sua aprendizagem (fotografando momentos mágicos que o olho humano não consegue captar).
Vimos a trajetória do cinema, inclusive realizando um filme que vai compedir em "Curtas" no Primeiro Festiva de Cinema de Sapiranga.
Estudamos, também, a história do teatro. E estamos preparando algumas pequenas peças para apresentar para os alunos de 1° ano, mas isto ainda vai demorar um pouquinho, pois exige muito ensaio.
Até agora ninguém me questionou sobre a escolha destes temas, mas mesmo assim respondo:
São temas "gostosos" para o educando que geram atividades agradáveis e costumam ser o tema de conversas entre o público de minha sala de aula. Aproveitei estes temas para estudar conteúdos obrigatórios nos Planos de Estudos do município, tais como: língua portuguesa, matemática, geografia (comparando com outros países, dentro do Mapa Múndi), história (também comparando com a situação brasileira atual e a do início do século), ciências (ecologia).
Estes temas, também, geraram muitas e variadas produções de texto, inclusive poesias, sendo que uma delas foi a única poesia que representará nossa escola no concurso do município.
Arte é tudo aquilo que te dá prazer de ver, ouvir ou tocar. Te sensibiliza. Te inspira a criar e recriar.
Algumas produções de meus alunos:

AUTORETRATO






















FOTOGRAFIA (Captando o descanso de um inseto na pétala da violeta).

















CONTINUANDO A IMAGEM










sexta-feira, 10 de setembro de 2010

TIPOS DE DOMINAÇÃO, por Max Weber.


Em outubro de 2006, a interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade, nos oportunizou um estudo sobre os Tipos de dominação legítima, estipulados por Max Weber.
Politicamente falando, me identifico com Weber, pois também conceituo política como sendo "tipo de liderança independente de ação", ou seja, um político mantem um papel de autoridade perante a população.
Segundo Weber, para que exista um ESTADO é necessário que exista quem mande e quem obedeça, ou seja, as autoridades criam as leis e a população as obedecem.
Dominação, ainda segundo Weber, é uma forma de se obter obediência. Esta obediência pode ser provocada por meio de três formas definidas:
LEGAL: baseada em regras racionalmente criadas, onde qualquer direito pode ser criado e modificado através de um estatuto sancionado corretamente.
TRADICIONAL: é imposta por procedimentos considerados legítimos porque sempre existiram e é aceito em nome de uma tradição reconhecida como válida e única. É suportada pela existência de uma fidelidade tradicional.
CARISMÁTICA: a autoridade é suportada graças a uma devoção afetiva por parte dos dominados.
Queira ou não, um professor é um político e tem a função de politizar regras e conteúdos dentro e fora da sala de aula. Porém, sua posição de autoridade não deve ser imposta como um castigo para o educando, ao contrário, tem de ser colocada como uma forma de manter a ordem e propiciar um ambiente harmonioso e propício para uma excelente aprendizagem.
Um professor tanto pode como deve utilizar as três formas de dominação definidas por Weber.
O educando deve conhecer as regras existentes na escola e na sociedade em que está inserido. Ao contrário, não existiria uma verdadeira educação, pois todos os homens têm direitos, mas também têm obrigações.
Existem regras tradicionais que muitas vezes cairam na mesmice e foram esquecidas de serem analisadas e atualizadas, mas nunca devemos esquecer que manter a tradição no quesito educação nunca poderá ser considerado "utrapassado".
Se, como professora, pretendo trabalhar e manter um ambiente sadio na sala de aula, devo manter a ordem, mas com muito tato, carinho, dedicação e amor pelo aluno.
Depois de todos estes anos no Pead, lendo, estudando, comparando opiniões sobre o tema ensinar/aprender, cheguei a conclusão que as regras de uma boa educação são as mesmas de sempre, mas o público alvo é outro, completamente diferente um do outro, personalidades distintas, com uma história de vida própria e única. Tratar a criança com afeto, estimulando sua criatividade, aumentando sua auto-estima nunca será uma perda de tempo,Utilizar metodologias baseadas no afeto, compreensão e respeito mútuo ainda é a minha principal lei.

MEUS CONSELHOS

No inicío do curso, mais precisamente em dezembro de 2006, postei no meu antigo Blog alguns conselhos. Eles eram mais destinado a mim mesma do que a qualquer provável leitor que viesse a visitar minha página.

"Existem regras que não estão explícitas na matrícula da faculdade, mas de uma forma ou de outra, por bem ou por mal, você tomará conhecimento. Acredite nas palavras baixo, as pessoas devem ter mais limites nas suas verbalizações e responsabilidades em seus atos. O curso pode ser cruel, e a crueldade pode atingir qualquer um, principalmente aqueles que não tem os pés firmes no chão e as mãos no teclado.





1 - A vida acadêmica não é fácil!
Acostume-se a isso.



2 - A universidade não está preocupada com a sua auto-estima. Ela espera que você faça suas atividades antes de sentir-se bem consigo mesma.






3 - Você não é o doce mais gostoso da Ufrgs. É apenas mais uma balinha dentro de um grande saco de confeitos.



4 - Se você acha os professores ingratos, espere até ter filhos e eles começaram a falar.







5 - Manter seu computador limpo não está abaixo da sua posição social. Eu chamo isso de oportunidade de mostrar o quanto você é caprichosa.






6 - Se você fracassar, não é culpa das tutoras. Então não lamente seus erros, aprenda com eles.

7 - Antes de você começar esta faculdade, o mundo não era tão chato como agora. Ele só ficou assim por ouvir você reclamar o tempo todo. Então, antes de você enlouquecer todos com suas lamúrias, recicle suas ideias sobre ser um aluno consciente, guerreiro e capaz.

8 - Muitas instituições podem ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a Ufrgs não é assim. Bobeou, reprovou!




9 - O curso não é brincadeira. Você não terá todo o tempo do mundo para postar suas tarefas e é pouco provável que sempre haverá alguém que te ajudará com suas atividades.




10 - Televisão não é vida real. Na vida real,
as pessoas têm de deixar o barzinho,
o chopinho e ir acessar o Rooda.


11 - Entrar na internet não é como ligar o rádio. O sistema vai trancar, você vai deletar o que não deve, os nervos vão aflorar e você vai ter um chilique antes do semestre terminar. Tenha calma e paciência. Tome uma dose de CELIMONE e faça muito SUDOKU.





12 - Tenha paciência com as colegas menos providas de conhecimento.Você já foi uma delas.

13 - Seja legal com as CDFs. Existe uma grande probabilidade de você precisar de uma delas.








Naquele início de curso, quando me inspirei a escrever estes conselhos, nem imaginava que estava retratando a realidade de um curso acadêmico.
Muitas e muitas vezes, reli-os. Foram de grande utilidade toda vez que eu achava que o meu mundo estava caindo e que não conseguiria concluir o curso de Pedagogia. Ainda não sou uma pedagoga. Ainda falta um pedacinho para chegar lá, mas olhando para o trajeto que já foi trilhado, me considero uma vitoriosa!