segunda-feira, 1 de novembro de 2010

ENTRE OS MUROS DA ESCOLA

http://peadportfolio156706.blogspot.com/2009/06/entre-os-muros-da-escola.html

Quando a interdisciplina Filosofia da Educação nos proporcionou assistir ao filme Entre os Muros da escola, eu não consegui identificar o fenômeno de bullying entre os personagens, talvez por eu não ter os conhecimentos, sobre o assunto, que tenho hoje.
Ao visitar as páginas do meu portfólio, no período de 2009, revi minha antiga postagem sobre o filme e revivi as cenas, mas outra visão.
O filme retrata a autocrítica do professor em relação à sua postura docente e o fracasso da escola em atender o alunado, marginalizando o público alvo a ponto que eles atuassem como marginais.
A escola desconsiderou todas as oportunidades de educação daqueles jovens, ou não tinha capacidade de perceber que estava bem perto.
O espaço físico da escola não era acolhedor, não instigava o aluno a "querer" voltar no dia seguinte. O espaço de lazer não oferecia absolutamente nada, nem um lugar para se sentar, nem uma única árvore que oferecesse uma refrescante sombra, nem um lugar para esporte.
Não havia um diálogo entre corpo docente e família, pois a língua e a cultura de origem dos mesmos era desconhecida pela escola. A opinião dos pais em relação a seus filhos era totalmente desconsiderada.
O professor (protagonista) era descrente da competência daqueles que lhes foram confiados, mantendo, na maioria das vezes, uma relação inadequada: sarcástico, irônico, agressivo. Estas atitudes provocam humilhação e vergonha nos alunos, minimizando ou impedindo o processo de aprendizagem.
A escola menospreza as oportunidades de exercer sua verdadeira função: educadora e formadora. Quando os alunos se fazem representar nas reuniões do Conselho, são completamente ignorados. Outro exemplo de desconsideração com a bagagem cultural do aluno é a incapacidade da escola em aproveitar o sentimento de lealdade que o alunado tem entre si, valorizando somente as tensões e conflitos gerados pela pluralidade cultural dos mesmos.
O professor desperdiça uma boa oportunidade de recuperar seu aluno rebelde quando este lhe entrega o excelente trabalho fotográfico que fez quando solicitado a fazer sua autobiografia. É patente o encantamento do jovem por se ver elogiado pelo professor, numa demonstração da importância que atribui ao julgamento do mestre. Infelizmente, esse momento se perde. E o aluno reassume sua postura de contestação e rebeldia, que, sem encontrar canais mais adequados para se expressar, vai desaguar numa agressividade descontrolada.
Entre os Muros da Escola é o maior exemplo de bullying, tendo a escola como agressora e o alunado como vítima.

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Suzan!!
E será que a escola pode ser entendida somente como agressora? Ela também não pode ser compreendida como vítima do "sistema"?
Abração!