segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PLANEJAR PARA AVALIAR OU AVALIAR PARA REPLANEJAR?

http://peadportfolio156706.blogspot.com/2009/12/planejar-e-avaliar.html

Desde que nascemos, nossa caminhada é constituida de projetos. Projetamos nossas brincadeiras infantis, nossos embalos de fim de semana, nossa casa, a criação dos filhos,... projetamos atividades com nossos alunos.
Apesar do refrão "o acaso vai nos proteger" ser uma frase de impacto e, em certos casos, verdadeira, em sala de aula é utopia esperar pela proteção do acaso. Podemos até mudar nossos planos se o acaso bater em nossa porta, mas jamais poderemos estar diante do aluno sem um excelente projeto de estudos.
Também pode-se perceber que é impossível desvincular a avaliação de toda a prática educativa. Isto, porém, não significa "testar" o conhecimento do aluno através de provas, avaliações, testes.
A avaliação deve ser contínua e paralela ao processo de ensinar/aprender.
A avaliação é uma constante em nosso dia-a-dia. Nos avaliamos no modo de vestir, de pensar, avaliamos nossos sentimentos e os sentimentos dos outros em relação a nós.
Como professores, nossa avaliação também deve ser constante, o aluno é o reflexo de tudo o que ensinamos e como ensinamos, incluindo um julgamento de valor sobre nós mesmos e nossa prática pedagógica.
A maioria do professorado não está satisfeito com o sistema de avaliação imposto pelas escolas e, mesmo, pela comunidade escolar (muitos pais não aceitam o fato de o filho não realizar provas, acreditando que somente o papel escrito é uma validade do conhecimento do filho), querendo mudar o sistema de avaliação, como se a mudança de avaliação fosse mudar, também a qualidade de ensino.
A avaliação é, intrinsecamente, ligada ao processo pedagógico que estamos desenvolvendo, ela faz parte desse processo e não tem como fazer o caminho inverso, crendo que mudando o processo de avaliação, melhora-se a qualidade de ensino.
O sistema de avaliação deve ser melhorado, assim como todo o conjunto das práticas educativas.
Os conteúdos obrigatótios de quarenta anos atrás são, praticamente, os mesmos de hoje, mas é impossível querer que um aluno de hoje "assista" uma aula nos mesmos padrões de décadas atrás.
O alunado não é o mesmo, ele está tecnologicamente conectado com o mundo. Antes mesmo de chegar à escola, ele já ouviu falar sobre os temas escolares. Nada mais é inédito, dentro das salas de aula. O que deve ser inédito, o que deve "abalar" é o modo como as aulas são administradas. Elas devem ser encantadoras, cativantes.
No exato momento que o aluno se encantar pelo conteúdo proposto, sentir prazer de vir à escola, ele está aprendendo e ensinando o professor a ser professor.
Avaliar é um processo muito importante, se entendermos que esta avaliação é vinculada a nossa prática educacional e necessária para que se saiba o que e como o aluno aprendeu, o que já se conseguiu avançar, como se vai vencer o que não foi superado e como essa prática será mobilizadora para a comunidade escolar.

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Suzan!
Certamente o planejamento e a avaliação são espaços ricos para criação de novidades em sala de aula.
Abração!