segunda-feira, 25 de outubro de 2010

KANT E A EDUCAÇÃO

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Kant foi o filósofo que provavelmente mais deixou herdeiros no campo do pensamento ético. Suas obras, de valor inestimável, versam sobre a formação e a educação dos homens, para se tornarem capazes de desejar e buscar dignidade e respeito igual para todos.
Em suas últimas obras já se pode constatar sua preocupação com as questões referentes à educação.
Kant valorizou a educação familiar como base da formação do indivíduo, atribuindo à escola outras finalidades.
A educação familiar, segundo ele, é o período das repressões, para disciplinar o indivíduo, e colocar limites.
A educação escolar teria, segundo ele, como função, formar no homem a cidadania, devendo tratar de todos os assuntos que dizem respeito ao homem e ao Estado, e não conduzir o sujeito a uma crença, a uma ideo logia.
Para Kant, educar é "transformar a animalidade em humanidade"pelo desenvolvimento da razão. A educação deve apresentar uma preocupação com a conduta do homem como bom cidadão, disciplinado.
Conforme a filosofia de Kant, deve-se orientar o jovem à humanidade no trato com os outros, aos sentimentos cosmopolitas, pois em nossa alma há qualquer coisa que chamamos de interesse: por nós próprios; por aqueles que conosco cresceram; e, por fim, pelo bem universal. É preciso fazer que os jovens conheçam este interesse e possam por ele se animar.
Para Kant o homem não é senão aquilo que ele faz de si mesmo: possui inclinação para todos os vícios, mas possui também a razão que o move noutro sentido, o do bem.
Ultimamente, temos lido e visto na mídia, os efeitos nocivos e a desordem que uma má educação ou a falta de cultivo ético e moral em um homem tem produzido à sociedade, principalmente à comunidade escolar.
Neste momento, em face da desordem ética e moral da sociedade mundial e, principalmente, ao novo e avassalador fenômeno que tem atacado todas as instituições de ensino, me pergunto: O diria Kant em respeito ao Bullying?
Penso que provavelmente ele mudaria sua teoria sobre a animalidade e a humanidade, mas como, em suas obras, ele deixava bem claro que a educação tem que pensar o sujeito como um todo pois não está estruturada para formar o homem apenas para o trabalho e a escola atual é, em todos os sentidos, sinônimo de educação, então cabe a nós, professores e educadores, inserir ética e moral entre os conteúdos propostos.
A escola é um espaço de vivência onde os alunos podem e devem discutir os valores éticos, não numa visão tradicional, mas sim de uma forma onde realmente todos possam ter o privilégio de entender os significados de seus valores éticos e morais que constituem toda e qualquer ação de cidadania.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

CASTIGAR POR QUÊ?

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Perante as notícias de crimes que ocorrem diariamente, seja no âmbito político ou social , a população pensa imediatamente que os responsáveis devem ser castigados e esperam que o Estado o faça - prendendo os criminosos. Raramente se interrogam acerca da justificação do castigo.

Perante a sociedade, aqueles que violam as leis merecem o seu castigo, independentemente de existirem ou não quaisquer consequências benéficas para eles ou para a própria sociedade.

Mas quanto aos crimes cometidos dentro das instituições escolares, por crianças e adolescentes?

Qual o castigo?

Cadeia? Pena de morte (como em alguns países)?

Definitivamente não!

A discussão atual, na sociedade e escolas, encontra-se centrada no recém nomeado bullying.

Os personagens envolvidos (pais, professores, alunos) culpam uns aos outros pela causa e evolução deste fenômeno. Mas o verdadeiro "problema" não se resume em descubrir de quem é a culpa, e sim em resolver a situação da melhor maneira, sem machucar ainda mais os envolvidos.

As crianças são naturalmente irrequietas, irreverentes, inconsequentes e, um pouco, irresponsáveis, e isto pode não ser tão negativo se puder ser bem aproveitado, principalmente na escola.

Os alunos modernos, da atualidade, não são mais indisciplinados ou desumanos que os de outrora, mas estão acostumados a um clima de impunidade pelo seu mau comportamento.

E os pais? São diferentes de nossos pais ou dos pais de nossos pais? Em alguns aspectos sim! Antigamente, os pais delegavam poderes aos professores. Entre estes poderes, aparecia a violência, impávida e inconsequente, num concurso de agressões físicas ou morais, ou ambas, causando medo e não respeito.

Isto mudou, mas a concepção de castigo ainda não!

A escola não pode mais "castigar" e acredito que o castigo, por si só, não vai gerar bons frutos.
É urgente que a escola habilite seus profissionais para lidar com o "problema" de agressividade e violência. Não basta, ao professor e ao aluno, estipular um "castigo" e achar que estará tudo resolvido. A criança merece muito mais do que isso. Ela deve entender e diferenciar o certo do errado.
O "castigo" deve fazer parte do processo educativo, e não uma vingança ou penitência. A criança deve ser responsabilizada, sim, pelos seus atos, mas ao contrário de punições arbitrárias e sem sentido, ela deve ter a oportunidade de reparar seu erro, assumindo um compromisso de não repetir, compromisso esse que deve ser assumido mais consigo do que com a escola.
É fato, não se pode negar, que um ato de indisciplina ou de violência, atinge emocionalmemte toda uma comunidade escolar, melindrando a postura de qualquer ser humano que nela esteja inserido. Mas, como adultos, devemos "assumir" o controle da situação com a responsabilidade de adultos sabedores das leis e regras impostas pela sociedade, deixando a razão falar mais que a emoção. Estudamos para isto. Nos preparamos, profissionalmente, para lidar com crianças e adolescentes e é nossa responsabilidade "saber" lidar com os envolvidos: agressores e vítimas.
Mas estamos habilitados a lidar com tamanha onda de "marginalidade", como é dito por aí? Não. Ainda não!
Temos de manipular emoções alheias e desconsiderar as nossas, em prol da nova geração.
"Quem aplica um castigo quando está irritado, não corrige, vinga-se".
(desconheço o autor)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

EDUCAÇÃO ESPECIAL

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A Educação Especial assinala o lugar da diferença, ao conviver com as limitações mais ou menos evidentes. Descortinamos, em escolas comuns ou especiais, um horizonte de diversidade de seres diferentes uns dos outrso e , ao mesmo tempo, tão iguais. Iguais à mim, a você, a todos ...
A inclusão de alunos em escolas especiais deveriam ser recomendadas somente quando a educação na classe regular mostrar-se incapaz de responder às necessidades educacionais ou sociais do educando.
A inclusão de alunos portadores de deficiência e necessidades educacionais especiais no sistema regular de educação requer o provimento de condições básicas como reformulação de programas educacionais e formação permanente dos educadores, entre outras coisas.
Graças a Deus, isto já é uma realidade! Ainda não muito concreta em seus objetisvos, mas está a caminho disso.
Mas e o Bullying? É uma deficiência? É uma necessidade especial? Como podemos classificá-lo, dentro de uma instituição de ensino? É normal?
Entendo que os personagens envolvidos em Bullying são portadores de necessidades especiais.
Primeiro, os agressores. Não podemos classificá-los como estudantes que atuam dentro da normalidade de sua faixa etária. Estes indivíduos, com certeza, são deficientes em moralidade, não a adquirem da mesma forma que seus demais colegas de escolas. Portanto, necessitam de cuidados especiais e atenções diferenciadas.
Segundo, as vítimas. Justamente por serem vítimas, se ajustam ao perfil do injustiçado, do carente, do psicologicamente diferente. Portanto, também, necessitam de cuidados especiais e atenções diferenciadas.
Assim como a escola já está se equipando, com materiais e profissionais, para atender o deficiente físico e mental, também DEVE se equipar e se capacitar para atender este público acima citado.
Este fenômeno crescente e assustador, está invadindo todos os enderêços escolares. Graças à mídia já é do conhecimento de toda a população, ligada à educação ou não. É fato que a violência nas escola sempre existiu, mas devemos nos conscientizar que o número de envolvidos e os "casos" estão cada vez maiores e mais violentos.
Está na hora da sociedade começar a olhar para esta "anormalidade" com outros olhos e firmar novos objetivos para o sistema de ensino, capacitando os profissionais de educação e orientando a sociedade para o que eu chamo de "doença". A epidemia do século!
É inconcebível pensar numa educação de qualidade para todos, deficientes ou não, se não dermos mais atenção ao ferimento, dolorido e contagioso, que está crescendo nas escolas. A violência psiquica ou física é uma realidade velada, tiremos, então, a venda dos olhos!
"Não podemos deixar que eles acreditem que o mundo seja feito de corrupção e violência e que nele só os valentões e os espertalhões levam vantagens. Para lutar contra a paralisia e o cinismo de que tanto nos queixamos, não há momento mais propício do que a adolescência, não há espaço mais adequado do que a escola". (Lídia Aratangy)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PROJETOS DE APRENDIZAGEM

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A primeira vez que ouvi falar sobre Projetos de Aprendizagem, há mais d dois anos atrás, assustei-me com a perspectiva de ter de "correr" atrás do conhecimento e atender, simultaneamente, meus compromissos profissionais e acadêmios e, concicliar tudo isso com a vida social que tenho.
Logo constatei que minhas inquietações não tinham fundamento, pois nosso trabalho, meu e de minhas colegas de projeto, fluiu normalmente e, através dele e com ele, colhemos os frutos de uma trabalho, não cansativo, mas expectante.
Com meus alunos de 5° ano não foi diferente. Elees mesmos, através de perguntas e respostas entre um conteúdo e outro, sugeriram o seu primeiro PA. O segundo foi consequência deste, e o terceiro não fugiu à regra. Um assunto, apesar de nada ter em comum com o outro, foi puxando as dúvidas, aguçando curiosidades e ransformando em legítima aprendizagem. É maravilhoso observar uma criança se encantar com suas descobertas, e mais gratificante ainda é a sua descoberta de que estão surpreenendendo o professor que mais aprendeu do que auxiliou.

http://turma522.blogspot.com/2010/05/primeiro-pa-viva-de-indio.htmlttp://

http://turma522.blogspot.com/2010/05/2-pa-vida-cigana.htm

Um projeto de aprendizagem não oportuniza, somente, a aprendizagem em si, favorece, especialmente, uma aprendizagem de cooperação, com trocas equivalentes de conhecimentos e respeito, pelo próximo e por si mesmo.
Não é o conteúdo do projeto, contextualizado, formal ou informal, que leva a prioridade, é todo um conjunto de benefícios que vêm agregado a este processo que realmente importa. A verdadeira meta deste trabalho, tão simples e significativo, é, também, aprender conteúdos desconhecidos, mas é, principalmente, a evolução da capacidade, do aluno, de continuar aprendendo cada vez mais, num processo construtivo e simultâneo de questionar-se, encontrar certezas e reconstruí-las em novas certezas, ou seja, formular problemas, encontrar soluções que deêm suporte a novas formulações. A capacidade de descobrir-se descobrindo enseja o desenvolvimento de novas competências em níveis cada vez mais avançados, apurando a capacidade lógica de raciocínio, aguçando a curiosidade pelo novo e aumentando a autoestima, pois o aluno se descobre capaz.
O profesor jamais poderá cometer o erro de fazer com que o trabalho do aluno siga um trajeto imposto, ao contrário, deverá deixar que a própria criança escolha o seu roteiro. O educando embaca numa viagem sem destino pré-estabelcido e o professor, que antes agia como timoneiro, agora é apenas um companheiro de caminhada que ainda não tem totalmente definidos o percurso e o ponto de chegada.
O aluno responsável por sua própria aprendizagem está construindo sua autonomia e a motivação pela construção deste novo conhecimento lhe faz capaz de participar ativamente de outras atividades estudadas em classe, exigindo do mestre um comprometimento maior com seus discípulos e com a educação, num constante repensar em sua prática docente.

domingo, 3 de outubro de 2010

DESENVOLVIMENTO HUMANO




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Nada mais lindo e gratificante do que a chegada de uma criança num lar!

Ela chega para transformar vidas, alterar a rotina e determinar o ritmo da casa, e é dotada de uma capacidade infalível de persuadir gente grande.

Neste mundo atual, repleto de influências nocivas é muito difícil educar uma criaturinha que encanta nossa vida, a ponto de mudarmos horários, programas favoritos de televisão, cardápios e até atividades de lazer.

Mas educar é preciso!

É necessário delimitar espaços, definir papéis e não abrir mão de itens fundamentais - educação social, educação religiosa e escolarização -, tão indispensáveis que, há milênios, o mais sagrado de todos os livros já dizia:
"Ensinai à criança o caminho em que ela deve andar, e, mesmo depois de velho, ela não desviará dele" (Prov.22:6).

Mas quando a criança chega à escola sem ter, sequer, conhecimento destes itens?

Conforme Erik Erikson, o ser humano "passa" por oito idades. Quando chega à escola, a criança está na sua 4ª idade - Indústria X Inferioridade (6 aos 11 anos). São os anos iniciais na escola (descrita na psicanálise clássica como fase da latência). É o período em que a criança torna-se capaz de raciocínio dedutivo e de buscar e aprender por regras.
Sendo assim, a escola também é responsável pela educação da criança.

Se a família, por excesso de amor ou por negligência, não soube impor os limites necessários para uma convivência social, cabe à escola estabelecer estes limites, limitando espaços, redefinindo papéis e atuando como escola (proporcionando a aprendizagem de saberes).

É inconcebível que, em época de tantas agressividades, violências verbais e físicas, ainda exista quem defenda que a família é a única responsável pela educação da criança.

Não é!

Cabe à escola e ao professor, mais precisamente, mostrar as regras que a criança deve seguir. Isto não significa, apenas, ditá-las, é fundamental que a criança entenda que regras e limites são necessários para o adiantamento moral do indivíduo e o progresso da sociedade.

Uma das questões mais discutidas no âmbito escolar está ligada à indisciplina, gerando muita polêmica quanto às causas e não levando a lugar algum.

O educador parece não dispor mais da devida autonomia, dentro da sala de aula, enfrentando problemas como falta de respeito, baixo rendimento e falta de interesse pelos conteúdos ministrados.

O que fazer?

Não existem fórmulas pré-estabelecidas, mas algumas dicas são bastantes eficientes no combate à indisciplina e consequente agressividade por parte do aluno.

* Problemas surgidos em sala de aula devem ser resolvidos em sala de aula. O aluno sempre espera o dinamismo e autenticidade do professor frente às tomadas de decisões. A presença de algum personagem da equipe diretiva menospreza a presença e autoridade do mestre. Isto não quer dizer que em casos isolados - muito sérios - não é necessário a intervenção do diretor ou qualquer outro membro da direção.

* Para que o aluno se sinta sujeito de sua própria vivência, onde o respeito será algo conquistado paulatinamente, o professor deve manter sua autoridade sem demonstrar autoritarismo.

* Em meio a tantos conteúdos obrigatórios para a formação escolar do aluno, é de fundamental importância promover situações-problemas, propiciando um clima de reflexão a respeito de "possíveis" conflitos, procurando sempre fazer com que os educandos se coloquem no lugar da pessoa afetada. Tal medida aprimora o caráter e a personalidade, como também valoriza a importância de poder de decisões.

Enfim, frente a esta postura, não significa que o educador deve se redimir do seu verdadeiro papel, possibilitando com isso a desordem, mas que no mínimo sua didática esteja adequada ao universo de seu público-alvo e que suas relações estejam voltadas a favorecer, gradativamente, um ambiente de respeito e reciprocidade, com base em princípios morais e éticos.
"Todo adulto é, basicamente, o resultado direto dos limites que recebeu quando criança, de como eles foram colocados, recebidos, entendidos e aceitos". (André Fontaine).