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Nada mais lindo e gratificante do que a chegada de uma criança num lar!
Ela chega para transformar vidas, alterar a rotina e determinar o ritmo da casa, e é dotada de uma capacidade infalível de persuadir gente grande.
Neste mundo atual, repleto de influências nocivas é muito difícil educar uma criaturinha que encanta nossa vida, a ponto de mudarmos horários, programas favoritos de televisão, cardápios e até atividades de lazer.
Mas educar é preciso!
É necessário delimitar espaços, definir papéis e não abrir mão de itens fundamentais - educação social, educação religiosa e escolarização -, tão indispensáveis que, há milênios, o mais sagrado de todos os livros já dizia:
"Ensinai à criança o caminho em que ela deve andar, e, mesmo depois de velho, ela não desviará dele" (Prov.22:6).
Mas quando a criança chega à escola sem ter, sequer, conhecimento destes itens?
Conforme Erik Erikson, o ser humano "passa" por oito idades. Quando chega à escola, a criança está na sua 4ª idade - Indústria X Inferioridade (6 aos 11 anos). São os anos iniciais na escola (descrita na psicanálise clássica como fase da latência). É o período em que a criança torna-se capaz de raciocínio dedutivo e de buscar e aprender por regras.
Sendo assim, a escola também é responsável pela educação da criança.
Se a família, por excesso de amor ou por negligência, não soube impor os limites necessários para uma convivência social, cabe à escola estabelecer estes limites, limitando espaços, redefinindo papéis e atuando como escola (proporcionando a aprendizagem de saberes).
É inconcebível que, em época de tantas agressividades, violências verbais e físicas, ainda exista quem defenda que a família é a única responsável pela educação da criança.
Não é!
Cabe à escola e ao professor, mais precisamente, mostrar as regras que a criança deve seguir. Isto não significa, apenas, ditá-las, é fundamental que a criança entenda que regras e limites são necessários para o adiantamento moral do indivíduo e o progresso da sociedade.
Uma das questões mais discutidas no âmbito escolar está ligada à indisciplina, gerando muita polêmica quanto às causas e não levando a lugar algum.
O educador parece não dispor mais da devida autonomia, dentro da sala de aula, enfrentando problemas como falta de respeito, baixo rendimento e falta de interesse pelos conteúdos ministrados.
O que fazer?
Não existem fórmulas pré-estabelecidas, mas algumas dicas são bastantes eficientes no combate à indisciplina e consequente agressividade por parte do aluno.
* Problemas surgidos em sala de aula devem ser resolvidos em sala de aula. O aluno sempre espera o dinamismo e autenticidade do professor frente às tomadas de decisões. A presença de algum personagem da equipe diretiva menospreza a presença e autoridade do mestre. Isto não quer dizer que em casos isolados - muito sérios - não é necessário a intervenção do diretor ou qualquer outro membro da direção.
* Para que o aluno se sinta sujeito de sua própria vivência, onde o respeito será algo conquistado paulatinamente, o professor deve manter sua autoridade sem demonstrar autoritarismo.
* Em meio a tantos conteúdos obrigatórios para a formação escolar do aluno, é de fundamental importância promover situações-problemas, propiciando um clima de reflexão a respeito de "possíveis" conflitos, procurando sempre fazer com que os educandos se coloquem no lugar da pessoa afetada. Tal medida aprimora o caráter e a personalidade, como também valoriza a importância de poder de decisões.
Enfim, frente a esta postura, não significa que o educador deve se redimir do seu verdadeiro papel, possibilitando com isso a desordem, mas que no mínimo sua didática esteja adequada ao universo de seu público-alvo e que suas relações estejam voltadas a favorecer, gradativamente, um ambiente de respeito e reciprocidade, com base em princípios morais e éticos.
"Todo adulto é, basicamente, o resultado direto dos limites que recebeu quando criança, de como eles foram colocados, recebidos, entendidos e aceitos". (André Fontaine).
Um comentário:
Oi Suzan!!
O legal das tuas postagens é que estás conseguindo aproveitar as aprendizagens construidas nas interdisciplinas para pensar o teu TCC.
Abração!
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