A primeira vez que ouvi falar sobre Projetos de Aprendizagem, há mais d dois anos atrás, assustei-me com a perspectiva de ter de "correr" atrás do conhecimento e atender, simultaneamente, meus compromissos profissionais e acadêmios e, concicliar tudo isso com a vida social que tenho.
Logo constatei que minhas inquietações não tinham fundamento, pois nosso trabalho, meu e de minhas colegas de projeto, fluiu normalmente e, através dele e com ele, colhemos os frutos de uma trabalho, não cansativo, mas expectante.
Com meus alunos de 5° ano não foi diferente. Elees mesmos, através de perguntas e respostas entre um conteúdo e outro, sugeriram o seu primeiro PA. O segundo foi consequência deste, e o terceiro não fugiu à regra. Um assunto, apesar de nada ter em comum com o outro, foi puxando as dúvidas, aguçando curiosidades e ransformando em legítima aprendizagem. É maravilhoso observar uma criança se encantar com suas descobertas, e mais gratificante ainda é a sua descoberta de que estão surpreenendendo o professor que mais aprendeu do que auxiliou.
http://turma522.blogspot.com/2010/05/primeiro-pa-viva-de-indio.htmlttp://
http://turma522.blogspot.com/2010/05/2-pa-vida-cigana.htm
Um projeto de aprendizagem não oportuniza, somente, a aprendizagem em si, favorece, especialmente, uma aprendizagem de cooperação, com trocas equivalentes de conhecimentos e respeito, pelo próximo e por si mesmo.
Não é o conteúdo do projeto, contextualizado, formal ou informal, que leva a prioridade, é todo um conjunto de benefícios que vêm agregado a este processo que realmente importa. A verdadeira meta deste trabalho, tão simples e significativo, é, também, aprender conteúdos desconhecidos, mas é, principalmente, a evolução da capacidade, do aluno, de continuar aprendendo cada vez mais, num processo construtivo e simultâneo de questionar-se, encontrar certezas e reconstruí-las em novas certezas, ou seja, formular problemas, encontrar soluções que deêm suporte a novas formulações. A capacidade de descobrir-se descobrindo enseja o desenvolvimento de novas competências em níveis cada vez mais avançados, apurando a capacidade lógica de raciocínio, aguçando a curiosidade pelo novo e aumentando a autoestima, pois o aluno se descobre capaz.
O profesor jamais poderá cometer o erro de fazer com que o trabalho do aluno siga um trajeto imposto, ao contrário, deverá deixar que a própria criança escolha o seu roteiro. O educando embaca numa viagem sem destino pré-estabelcido e o professor, que antes agia como timoneiro, agora é apenas um companheiro de caminhada que ainda não tem totalmente definidos o percurso e o ponto de chegada.
O aluno responsável por sua própria aprendizagem está construindo sua autonomia e a motivação pela construção deste novo conhecimento lhe faz capaz de participar ativamente de outras atividades estudadas em classe, exigindo do mestre um comprometimento maior com seus discípulos e com a educação, num constante repensar em sua prática docente.
Um comentário:
Oi Suzan!
Legal a postagem, pois resgatas as transformações que ocorrem no processo de ensino e de aprendizagem com a realização dos PAs.
Abração!!
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