terça-feira, 18 de maio de 2010

POESIA? DE NOVO?

Pelo menos duas vezes por semana faço o momento da leitura com poesias da Coletânea de Poemas. Teve um momento em que achei que o gênero literário poderia estar sturando a paciência das crianças. Quem sabe mudar para outro tipo de leitura? Mas, como fui uma das poucas professoras que recebeu esta coletânea, queria aproveitá-la, na sua íntegra, com as crianças.
Cheguei até a procurar alguma fundamentação teórica que justificasse minha insistência no assunto. Nada encontrei!
Contudo encontrei citações nas quais apoiei minha escolha:
"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." Paulo Freire.
"O saber 'entra' pelos sentidos e não somente pelo intelecto". Frei Betto.
As poesias apresentadas pela coletânea divulgam nossa história, de uma forma poética. Apresentam todos os seres vivos como personagens principais da vida e dignos de assim permanecerem.
Não sei de uma ferramenta mais "inteligente" para ensinar do que as prosas e os versos. Não que eu diga que outros gêneros literários sejam menos importantes, mas na faixa etária de meus alunos, nada é mais gratificante do que descobrir a vida através dos encantos da poesia.
Assim como os jogos didáticos, a poesia aflora a criatividade e a ternura que existe dentro de todo ser humano e que fica escondida pela realidade obscena e perversa que se assiste todos os dias.
"Os educadores precisam compreender que ajudar as pessoas a se tornarem pessoas é muito mais importante do que ajudá-las a tornarem-se matemáticas, poliglotas, ou coisa que o valha". Carl Rogers
Depois de ler as produções de meus alunos, chego a conclusão de que estou no caminho certo!

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Suzan!! Pelo visto a tua aprendizagem denota que a poesia, como recurso para aprendizagem, pode ser entendida como dispositivo de reflexão. Abração