sexta-feira, 9 de outubro de 2009

E SEU NOME É JONAS



O filme narra a história de uma criança que vive três anos e meio numa clinica para doentes mentais e somente então descobrem que ela é apenas surda.

A época histórica do filme é a década de setenta, onde a medicina já está muito avançada. A família, por ignorância sobre o assunto, não conseguiu detectar o problema do menino, confiando plenamente nos diagnósticos médicos. Mas que profissionais da saúde são esses que levaram tanto tempo para descobrir que a criança não era portadora de nenhuma deficiência mental, somente auditiva, que não era um "retardado" (termo muito usado durante toda a película)?

Preso em um assustador e solitário mundo de silêncio, esta criança tem de abrir caminho entre a inexperiência da família, a discriminação explicita da sociedade, o descaso do pai e a morte de seu melhor amigo.

Este filme me fez lembrar de outros que assisti, do mesmo gênero.

Os Filhos do Silêncio que conta a história de amor entre um professor de deficientes e uma moça surda e O Milagre de Annie Sullivan que assisti a décadas atrás e, pelo que me lembro, relata a história de uma menina semelhante ao Jonas e, parece que ainda era cega, mas que encontra um anjo chamado Annie que lhe ensina a viver e a encontrar a felicidade.

Vivemos uma época histórica caracterizada por crises políticas, violências e turbulências emocionais, mas também pelo surgimento de oportunidades. Oportunidade de aprender e saber servir ao próximo e ao mundo, oportunidade de ser útil numa sociedade injusta e egoista. Não podemos deixar escapar nenhuma dessas oportunidades. Não podemos deixar que as incapacidades das pessoas nos impossibilitem reconhecer suas habilidades.

Quantos Jonas já cruzaram o nosso caminho e quantos ainda hão de cruzar. Não digo que estou preparada para atender um deficiente auditivo em minha sala de aula, tenho certeza que muito pouco vou contribuir para sua aprendizagem, mas farei o possível (se um dia ocorrer) para fazê-lo sentir-se amado. Afinal, existem os Jonas e as Annies!

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Suzan!! Legal essa tua postagem, relatas os aspectos do filme que te chamaram atenção bem como as reflexões que ele te suscitou. Abração!!