O racismo é a tendência do pensamento, ou o modo de pensar em que se dá grande importância à noção de existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outras.
O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial. A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade.
Será que a prática do racismo ainda está em voga?
Acho desnecessário citar os anos de horror plantados por aquele anticristo, o Hittler.
A América também foi palco de uma escravidão impiedosa durante 300 anos, tratando homens, mulheres e crianças negras como se fossem animais, roubando-lhes o direito à vida, à dignidade e à liberdade.
Os americanos permitiram durante muitos anos, a existência de sociedades secretas como os Cavaleiros da Camélia Branca e a Klu-Klux-Klan, que perseguiram, torturaram e queimaram vivos, em praças públicas, qualquer pessoa negra ou branca que lutasse contra a não-segregação racial.
A ignorância humana ceifou muitas vidas em prol da chamada "raça superior":
@ Abraham Lincoln (1865), presidente norte-americano republicano abolicionista contrário à escravidão de seres humanos.
@ Martin Luther King (1968), Prêmio Nobel da Paz e portador de propostas de igualdade racial e de direitos civis a todos.
@ John Kennedy (1963), presidente norte-americano e único, até então, que teve coragem de enviar tropas do exército para garantir os direitos civis da população negra nos Estados onde os negros eram massacrados.
@ Robert Kennedy (1968), senador e ministro da justiça, lutador incansável pelos direitos humanos.
A menos de meio século atrás, nos Estados Unidos, eram permitidas leis que proibiam casamentos inter-raciais.
Apesar de todas essas evidências de que o povo norte-americano é racista, posso argumentar que a minoria que defende a não-segregação está entrando vitoriosa no terceiro milênio.
Os americanos estão se permitindo sonhar juntos com o pastor Luther King e seu sonho de liberdade e igualdade não é mais uma utopia: "...um dia verei nas rubras colinas da Geórgia, os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos senhores de escravos sentados juntos à mesa da fraternidade ...e até mesmo o estado de Mississipi, um estado sufocado pelo calor da injustiça, fosse transformado num oásis de liberdade e justiça..."
Ainda que tardiamente, a América reconheceu que os seres humanos de qualquer cor não terão sucesso se caminharem com medo uns dos outros, sobretudo pela ungenuidade de acharem que a diferença está na cor da pele. Reconheceram que foi um homem de pele branca, rico e poderoso que quase levou o mundo à mais uma guerra mundial sem precedentes, por sua arrogância, prepotência e impiedade. A grabde maioria branca elegeu o primeiro presidente negro da república.
Mas nos outros pontos desse planeta, acabou a discriminação racial ou as opiniões retrógradas estão apenas mascaradas?
As pessoas ainda precisam aprender a se respeitarem como humanos, independentemente das diferenças. A eleição de Barack Obama apenas mostra que um indivíduo, seja negro, branco, amarelo, índio, oriundo de classes abastadas ou pobres, podem ascender a posições relevantes e ajudarem a governar um país. A vitória de Obama é a vitória de todos nós, homens e mulheres do bem e que desejam a paz.
Um comentário:
Oi Suzan, trazes reflexões muito interessantes sobre o racismo nessa tua postagem. Seria interessante também pensar como ele está aparecendo nas nossas escolas e qual o papel do professor frente a ele. Abração, Sibicca
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