É fato que a discussão sobre as questões étnicos-raciais vem se destacando em relação à tantas outras também prioridades nacionais. Depois da eleição do primeiro presidente norte-americano de raça negra, estas discussões se sobressairam ainda mais. Também, devido à implantação de leis que visam uma reflexão sob o ponto de vista do multiculturalismo, tais como à de cotas de acesso de negros nas universidades.
Em 10 de março de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei
11465/08, que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena".
Já existia a Lei 10439/03 que previa a obrigatoriedade do ensino sobre história e cultura afro-brasileira. Agora, com esta nova lei, confere-se o mesmo destaque ao ensino da história e cultura dos povos indígenas.
Contudo, é necessário mais do que leis para promover uma conscientização.
Brancos, negros, amarelos, peles vermelhas, todas as etnias são alvo de discriminação e discriminam também. Basta que o indivíduo esteja fora do seu contexto étnico ou social para ser discriminado.
Não podemos continuar com este pensamento urópico de que somos um povo desenvolvido, sem preconceitos e sem discriminações se não nos preocuparmos com uma educação realmente voltada para todas essas questões.
A proposta de uma educação voltada para a diversidade coloca a todos nós, profissionais da educação, o grande desafio de estar atentos às diferenças econômicas, sociais e raciais e de buscar o domínio de um saber crítico que permite interpretá-los.
Trabalhar igualmente essas diferenças não é um tarefa fácil para o professor, porque para lidar com elas é necessário compreender como a diversidade se manifesta e em que contexto. Portanto, pensar uma educação escolar que integre as questões étnicos-raciais significa progredir na discussão a respeito das desigualdades raciais, das diferenças raciais e no direito de ser diferente.
Embora sabe-se que seja impossível uma escola igual para todos, devemos acreditar que é possível a construção de uma escola que respeite e reconheça que os alunos são diferentes, que possuem uma cultura diversa.
Um comentário:
Oi Suzan, trazes pontos muito importantes para discussão. Pensando na questão racial, como percebes ela presenta na tua escola ou na tua sala de aula? Abração, Sibicca
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