sábado, 13 de dezembro de 2008

DEFICIÊNCIAS

DEFICIENTE é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
LOUCO é quem não procura ser feliz com o que possui.
CEGO é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas cores.
SURDO é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
MUDO é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
PARALÍTICO é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam da sua ajuda.
DIABÉTICO é quem não consegue ser doce.
ANÃO é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências:
MISERÁVEL são todos que não conseguem falar com Deus.
Mário Quintana
(30/07/06 - 05/05/94)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Fácil ou Difícil?

Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata!
Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência.
Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las.
Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta.
Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo.
Fidícil é entregar a alma.
Sinceramente, por inteiro.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém.
Saber que se é realmente amada.
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é dizer "oi" ou "como vai"?
Difícil é dizer "adeus".
Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...
Fácil é abraçar, apertar mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só.
Amar de verdade, sem termedo de viver, sem ter medo do depois.
Amar e se entregar.
E aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.
E com confiança no que diz.
Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que sa pessoa se vá.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer.
Ou ter coragem pra fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

domingo, 23 de novembro de 2008

DIRETRIZES CURRICULARES

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
O Conselho Nacional de Educação é um órgão colegiado integrante da estrutura de administração direta do MEC e foi criado nos termos da Lei 9.131, de 24 de novembro de 1995. As normas de funcionamento do CNE constam de seu Regimento Interno aprovado pelo Senhor Ministro da Educação, nos termos da Portaria MEC nº 1306, de 2 de setembro de 1999, que tem por base o Parecer CNE/CP 99/99.
Diretrizes de referência para a organização do currículo escolar:
1) As escolas deverão fundamentar suas ações pedagógicas em princípios éticos, políticos e estéticos. São princípios complementares, relacionados com a autonomia, responsabilidade e solidariedade, com a cidadania e a vida democrática. Também é consideradaa existência de princípios estéticos da sensibilidade, que devem conduzir as ações pedagógicas escolares ao reconhecimento da sensibilidade e criatividade do comportamento humano e à valorização da diversidade de manifestações artísticas e culturais da realidade brasileira.
2) Reconhecimento da identidade pessoal de alunos, professores e demais profissionais que atuam na educação escolar, bem como da identidade institucional das escolas e dos sistemas de ensino (acolhimento democrático, pelas escolas, das diversidades e peculariedades étnicas, etárias, culturais, socioecenômicas, psicológicas e físicas das pessoas implicadas diretamente com a educação escolar).
3) Considerar o processo educacional como uma relação indissociável entre conhecimentos, linguagem e afetos, constituinte dos atos de ensinar e aprender. A afirmação dessa perspectiva deve conduzir à valorização do diálogo e à adoção de metodologias diversificadas em sala de aula.
4) Estabelecer conteúdos curriculares mínimos para a chamada Base Nacional Comum, destinados a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional.
5) Orientar as escolas no sentido da condução de propostas curriculares e de processos de ensino capazes de articular os conhecimentos e valores da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada ao contexto social.
6) Esta diretriz enfatiza a autonomia escolar e fufamenta-se na LDB para orientar as escolas no uso da Parte Diversificada do currículo no desenvolvimento de atividades e projetos no seu interesse específico.
7) Esta última diretriz diz respeito a propostas pedagógicas capazes de zelar pela existência de um clima escolar de cooperação e de condições básicas para planejar os usos do espaço e do tempo escolar.
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SAPIRANGA
Primando pela qualidade do ensino, o Programa de Ensino da Secretaria Municipal de Educação e Desporto tem como princípios norteadores para o desenvolvimento do ensino fundamental:
a) o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
b) a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
c) o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
d) o desenvolvimento do autoconhecimento, da criatividade, da auto-estima, da auto-imagem, da sensibilidade e da afetividade, para agir com persistência na busca do conhecimento;
e) o posicionamento crítico, responsável e construtivo nas diferentes situações sociais, respeitando a opinião e o conhecimento produzido pelo outro, usando o diálogo argumentativo, como forma de mediar conflitos e tomar decisões coletivas fundamentadas;
f) o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social;
g) a utilização das diferentes linguagens: verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal - como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir das produções culturais, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação;
h) a compreensão dos valores e suas implicações para o indivíduo, para com os outros e para com a sociedade, tendo como referência os quatro pilares da educação citadas pela UNESCO - aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver.

domingo, 16 de novembro de 2008

SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

É tocante o modo como é homenageada, reverenciada e lembrada esta raça. Mas não é uma crueldade e, até mesmo uma discriminação, que durante um ano inteiro é cedida apenas uma semana para quem nos ensinou a ser forte e destemido?
A cultura negra que chegou ao Brasil trazida por escravos apontados como pessoas sem alma e sem cultura, e que não foram em nenhum momento respeitados pelos colonizadores, teve influência definitiva na formação so povo brasileiro.
A submissão à tirania sem jamais perder o sonho de liberdade nos deixou um grandioso legado. A força da cultura negra, que possibilitou a sua sobrevivência durante a escravidão, continua viva e latente. O povo brasileiro, na sua grande maioria, herdou a humildade e a força de vontade.
Herdamos a feijoada, o candomblé, a capoeira, a esperança de liberdade, a coragem de lutar e se rebelar contra as injustiças.
No folclore brasileiro encontramos a figura do Saci-Pererê, que na verdade é um Exu-mirim que vive nas matas. Também temos a Iara, a sereia de águas doces (este ser fantástico trata-se de uma das seguidoras da amada Orixá Oxum).
Da batida dos atabaques africanos, originou-se o samba. Ah, o maravilhoso e gostoso samba!!!!! Ainda hoje é um dos cartões postais do Brasil e foi dos escravos que a mulher brasileira herdou o gingado que tanto encanta os estrangeiros.
Os escravos também trouxeram da África seus Orixás. Na África existiam muitas tribos e cada uma reverenciava à um Santo. Depois de serem capturados em sua terra natal e da vida sofrida que levavam no Brasil, para os escravos só restava a fé. Como seus senhores não deixavam que cultuassem os Orixás, eles comparavam estes Santos com os Santos Católicos (isto era permitido). Santa Bárbara era Iansã, São João Batista era Xangô, São Jorge era Ogum, Ibeji era Cosme e Damião,...
Muitas religiões que se estabeleceramaqui são de origem escrava, tais como: Candomblé, Umbanda, Vodu, Quimbanda, Catimbó, etc...
Enfim, devemos muito aos escravos. Na colonização brasileira, eles foram a mão de obra e nesta miscelânea de raças de que somos descendentes, o negro foi fundamental. Herdamos a simpatia e a alegria de viver, apesar de tudo!
Graças a Deus! Sou uma mulher brasileira e, com muito orgulho, nas minhas veias também escorre o sangue negro, herói, aguerrido, extraordinário!

PROJETO DE APRENDIZAGEM

A atividade de fazer projetos é simbólica, intencional e natural do ser humano. Através de projetos, o homem busca a solução de situações delicadas e desenvolve um processo de construção de conhecimento.
Um Projeto de Aprendizagem oportuniza novas formas de ensinar a prender, além de quebrar a rotina e os modelos antigos na forma monótona de apresentar conteúdos.
As informações, o conhecimento e o saber são entrelaçados através das interações e trocas que estes projetos de aprendizagem viabilizam, onde as experiências e conhecimentos anteriores de mestres e aprendizes (pelos confrontos ocorridos na busca de responder a "dúvidas temporárias" e "certezas provisórias") encontram-se enredados na construção da aprendizagem, pelos elos da cooperação.
Nosso Projeto de Aprendizagem, cujo título é "Lua de Encantos" tem como objetivos conhecer e reconhecer toda e qualquer influência que a Lua possa, ou não, exercer sobre a vida na Terra, me oportunizou valiosos conhecimentos sobre este satélite natural.
Houve "corridas" desenfreadas, busca de sites, entrevistas, leituras, desentendimentos entre os membros da equipe de pesquisa. Mas tudo foi superado de forma diplomática, restando os conhecimentos adquiridos e a experiência vivenciada nesta forma inédita(para mim) de aprender.
Particularmente, ainda tenho dúvidas e não sei se algum dia ela será sanada: a Lua influencia, realmente, o ser humano? Não posso responder afirmativamente se ela tem algo a ver com o humor do homem, com sortilégios e azarações no seu cotidiano, mas posso garantir, com certeza, ela é pura magia, é fonte de inspirações poéticas, e aspiração de momentos encantadores e mágicos.
Como prática em sala de aula, o Projeto de Aprendizagem surgiu como novidade e surtiu efeitos gratificantes: para estudar os animais (3º ano), questionei o que os alunos gostariam de saber sobre os animais (além do que consta nos Planos de Estudos do município). O quesito "linguagem dos animais" foi o mais votado e, com a participação coletiva, foi iniciada a pesquisa. A temática "Comunicações Zoológicas" oportunizou, aos pequenos, valiosos momentos de interação, de descobertas e uma maravilhosa "fuga" da rotina diária da sala de aula.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

PALAVRAS E SILÊNCIO


algumas coisas que são lindas demais para serem descritas
por palavras. É necessário admirá-las em silêncio para
apreciá-las em toda a sua plenitude.
As grandes falas servem, freqüentemente, para
confundir ou doutrinar.
Às vezes, o silêncio é mais esclarecedor
que um fluxo de palavras.
Olhe para uma mãe diante de seu filho no berço.
Ele consegue muito bem o que quer
sem dizer nenhuma palavra.
Na realidade, as palavras devem ser a embalagem
dos pensamentos.
Não adianta fazer longos discursos para expressar
sentimentos de seu coração.
Um olhar diz muito mais que
um jorro de palavras.
Creio que, em sua grande sabedoria,
a natureza nos deu apenas uma língua
e dois ouvidos para escutarmos mais
e falarmos menos.
Se as palavras não são mais bonitas do que o silêncio, então é
preferível não dizer nada.
Quanto mais o coração é grande e generoso,
menos úteis são as palavras.
É necessário lembrar do provérbio dos filósofos:
as verdadeiras palavras não são sempre bonitas
e as palavras bonitas nem sempre são verdade.
As grandes mentes fazem com que, em poucas palavras,
muitas coisas sejam ouvidas.
As mentes pequenas acham que têm, pelo contrário,
a concessão para falar e não dizer nada.
Poucas palavras são necessárias para expressar
"eu gosto de você".
Portanto, todas as outras que poderiam ser ditas
são supérfluas...
...não são palavras curtas e fáceis de serem ditas.
São aquelas que causam as maiores conseqüências.
São necessários apenas dois anos para que o ser humano aprenda a falar
e toda uma vida para que ele aprenda a ficar em silêncio.
Ser comedido com as palavras é uma prova de profunda sabedoria.
Saber ouvir também.
(Florian Bernard)



domingo, 9 de novembro de 2008

UMA QUESTÃO DE DEMOCRACIA



O homem é um ser social e histórico que, embora determinado por contextos econômicos, políticos e culturais, é criador da realidade social e transformador desses contextos.
Como participante da divisão social do trabalho, a escola é responsável pela produção de um bem necessário à sociedade. Seu "produto", mais do que qualquer outro, precisa ter especificações bastante rigorosas quanto à qualidade que deste se deve exigir. Porém, ainda é minguado o conhecimento a esse respeito, quer entre os profissionais de educação (que ainda hoje utilizam este meio somente como fonte de remuneração, sem muita reflexão sobre a verdadeira utilidade do serviço que têm prestado à sociedade), quer entre os próprios usuários (que têm demonstrado uma reduzida consciência a respeito daquilo que devem exigir da escola).

Se se pretende, com a educação escolar, concorrer para a emancipação do indivíduo enquanto cidadão participante de uma sociedade democrática e, ao mesmo tempo, dar-lhe meios, não apenas para sobreviver, mas para viver bem e melhor no usufruto de bens culturais que, ainda hoje, são privilégios de poucos, então a gestão escolar deve fazer-se de modo a estar em plena coerência com esses objetivos.
A base de organização da gestão da educação e da escola não deve ser piramidal e hierarquizada, ao contrário, deve adotar um círculo que pressupõem a inter-relação entre os atores sociais e uma partilha de poder, o que implica a co-responsabilidade nas ações escolares.
"...o poder não se situa em níveis hierárquicos, mas nas diferentes esferas de responsabilidade, garantindo relações inter-pessoais entre sujeitos iguais e, ao mesmo tempo, diferentes. Essa diferença dos sujeitos, no entanto, não significa que um seja mais do que o outro, ou pior ou melhor, mais ou menos importante, nem concebe espaços para a dominação e a subserviência, pois estas são atitudes que negam radicalmente a cidadania. As relações de poder não se realizam na particularidade, mas na intersubjetividade da comunicação entre os atores sociais. Nesse sentido, o poder decisório necessita ser desenvolvido com base em colegiados consultivos e deliberativos." (Bordignon e Gracindo, 2002)
Uma gestão democrática, por sua natureza, é um processo de coordenação de iguais, não de subordinados. Ela compreende, antes e acima das rotinas administrativas: identificação de necessidades, negociação de propósitos, definição clara de objetivos e estratégias de ação; linhas de compromissos; coordenação e acompanhamento de decisões pactuadas; mediação de conflitos, com ações voltadas para a transformação social.
Dissertar sobre gestão democrática implica citar o Projeto Político-Pedagógico, o Regimento Escolar e o mecanismo de avaliação, que são uns dos principais instrumentos de uma verdadeira escola democrática.
O Projeto Político-Pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e prioridades estabelecidos pela coletividade, que estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma nova realidade. É, antes de tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe técnica, alunos, pais e a comunidade como um todo.
O Regimento Escolar é um instrumento legal que formaliza e reconhece as relações dos sujeitos envolvidos no processo educativo, define a natureza da escola, sua estrutura organizacional e as normas que regulam seu funcionamento e terá, como anexos, o currículo adotado e a ata de sua aprovação. Ele deve ser construído coletivamente com a participação de todos os segmentos internos e externos do contexto escolar e deve expressar a efetiva autonomia administrativa e pedagógica da escola.

O mito da avaliação é decorrente de uma longa caminhada e seus fantasmas ainda se apresentam como forma de controle e autoritarismo.
A avaliação, tal como concebida e vivenciada na maioria das escolas brasileiras, tem se constituído no principal mecanismo de sustentação da lógica de organização do trabalho escolar e, portanto, legitimador do fracasso, ocupando mesmo o papel central nas relações que estabelecem entre si os profissionais da educação, alunos e pais.
A avaliação da aprendizagem possibilita a tomada de decisão e a melhoria da qualidade de ensino, informando as ações em desenvolvimento e a necessidade de ajustes constantes.
Na avaliação da aprendizagem, o professor não deve permitir que os resultados das provas periódicas (o sistema ainda exige), geralmente de caráter classificatório, sejam supervalorizados em detrimento de suas observações diárias, de caráter diagnóstico.
O professor, que trabalha numa dinâmica interativa, tem noção, ao longo de todo o ano, da participação de cada aluno. É preciso deixar claro que a prova é somente uma formalidade do sistema escolar.
Avaliar é mediar o processo ensino-aprendizagem, é oferecer recuperação imediata, é promover cada ser humano, é vibrar junto a cada aluno em seus lentos ou rápidos progressos.
Para finalizar, a democratização da escola não pode restringir-se aos limites do seu entorno, promovendo a participação coletiva apenas dos usuários do contexto escolar, mas envolver, principalmente, a comunidade em geral, de modo que se possa produzir, por parte da população, uma real possibilidade de controle democrático do Estado no provimento de educação escolar em quantidade e qualidade compatíveis com uma nação livre e democrática.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

ESTÁS DEPRIMIDO?



Não estás deprimido, estás distraído.
...Distráido em relação à vida que te preenche,
Distraído em relação à vida que te rodeia,
Golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios.

Não caias como caiu teu irmão que sofre por um único ser humano, quando existem cinco mil e seiscentos milhões no mundo.
Além de tudo não é assim tão ruim viver só.
Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, e graças à solidão, conheço-me... o que é fundamental para viver.
Não faças o que fez teu pai que se sente velho porque tem setenta anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta e Rubinstein interpretava Chopin com uma maestri sem igual aos noventa anos, para citar apenas dois casos conhecidos.
Não estás deprimido, estás distraído. Por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não és dono de coisa nenhuma.
Além disso, a vida não te tira coisas: te liberta de coisas... alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude.
Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso, o que chamas de problemas são apenas lições.
Não perdeste coisa alguma: Aquele que morre apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direção. E não esqueças, que o melhor dele, o amor, continua vivo em teu coração.
Não existe a morte... Apenas a mudança.
E do outro lado te esperam pessoas maravilhosas: Gandhi, o Arcanjo Miguel, Whitman, São Agostinho, Madre Teresa, teu avô e minha mãe, que acreditava que a pobreza está mais próxima do amor, por que o dinheiro nos distrai com coisas demais, e nos machuca, porque nos torna desconfiados.
Faz apenas o que amas e serás feliz. Aquele que faz o que ama, está benditamente condenado ao sucesso que chegará quando for a hora, porque o que deve ser será, e chegará de forma natural.
Não faças coisa alguma por obrigação ou por compromisso, apenas por amor. Então terás plenitude, e nessa plenitude tudo é possível sem esforço, porque és movido pela força natural da vida, a mesma que me ergueu quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha; a mesmaque me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida.
Deus te tornou responsável por um ser humano, que és tu. Deves trazer felicidade e liberdade para ti mesmo. E só então poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros.
Lembra-te: "Amarás ao próximo como a ti mesmo". Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que vês é uma obra de Deus, e decide neste exato momento ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição.
Aliás, a felicidade não é um direito, mas um dever; porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os teus vizinhos.
Um único homem que não possui talento ou valor para viver, mandou matar seis milhões de judeus, seus irmãos.
Existem tantas coisas para experimentar, e a nossa passagem pela terra é tão curta, que sofrer é uma perda de tempo. Podemos experimentar a neve no inverno e as flores na primavera, o chocolate de Perusa, a baguette francesa, os tacos mexicamos, o vinho chileno, os mares e os rios, o futebol brasileiro, As Mil e Uma Noites, a Divina Comédia, Quixote, Pedro Páramo, os boleros de Manzanero e as poesias de Whitman; a música de Mahler, Chopin, Beethoven; as pinturas de Caravaggio, Rembrandt, Velásquez, Picasso e Tamayo, entre tantas maravilhas.
E se estás com câncer ou AIDS, podem acontecer duas coisas, e ambas saõ positivas: se a doença ganha, te liberta do corpo que é cheio de processos (tenho fome, tenho frio, tenho sono, tenho vontades, tenho razão, tenho dúvidas)... Se tu vences, serás mais humilde, mais agradecido... portanto, facilmente feliz, livre do enorme peso da culpa, da responsabilidade e da vaidade, disposto a viver cada instante profundamente, como deve ser.
Não estás deprimido, estás desocupado.
Ajuda a criança que precisa de ti, essa criança que será sócia do teu filho. Ajuda os velhos e os jovens te ajudarão quando for tua vez.
Aliás, o serviço prestado é uma forma segura de ser feliz, como é gostar da natureza e cuidar dela para aqueles que virão.
Ama até que te tornes amado; mais ainda, converte-te no próprio Amor.
E não te deixes enganar por alguns homicidas ou suicidas.
O bem é maioria, mas não se percebe porque é silencioso. Uma bomba faz mais barulho que uma carícia, porém, para cada bomba que destrói há milhões de carícias que alimentam a vida. Vale a pena, não é mesmo?
Se Deus possuísse uma geladeira, teria a tua foto pregada nela. Se Ele possuísse uma carteira, tua foto estaria nela. Ele te envia flores a cada primavera, Ele te envia um amanhecer a cada manhã. Cda vez que desejas falar, Ele te escuta. Ele poderia viver em qualquer ponto do Universo, mas escolheu o teu coração. Encara, amigo! Ele esté louco por ti!
Uma reflexão extraordinária escrita por Facundo Cabral (cantor e compositor argentino).

domingo, 26 de outubro de 2008

SENTIMENTOS

SAUDADE é quando o momento tenta fugir da recordação para aparecer de novo e não consegue.
RECORDAÇÃO é quando, sem autorização, o teu pensamento torna a mostrar um episódio.
ANGÚSTIA é um nó muito bem apertado no meio da tranqüilidade.
PREOCUPAÇÃO é como uma cola que não deixa sair do teu pensamento aquilo que nem sequer aconteceu.
INDECISÃO é quando tu sabes muito bem o que queres, mas te parece que deverias optar por outra coisa.
SEGURANÇA é quando a idéia se cansa de procurar e pára.
INTUIÇÃO é quando o teu coração dá um salto no futuro e regressa imediatamente.
PRESSENTIMENTO é quando passa pela tua mente o "trailer" de um filme que pode bem nem acontecer.
VERGONHA é um pano preto que tu queres que te cubra naquela hora.
ANSIEDADE é quando os minutos parecem intermináveis para conseguires o que queres.
INTERESSE é um sinal de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
SENTIMENTO é a língua que o coração usa quando necessita de mandar alguma mensagem.
RAIVA é quando o leão que vive em ti, mostra os seus dentes.
TRISTEZA é uma mão gigante que aperta o coração.
FELICIDADE é um momento que não tem pressa nenhuma.
AMIZADE é compartilhar a vida com aqueles que amas, por mais diferentes que eles sejam.
CULPA é quando tu estás convencido que podias ter feito algo diferente, mas que nem sequer o tentaste.
LUCIDEZ é um acesso de loucura ao contrário.
RAZÃO é quando o cuidado aproveita que a emoção estaja a dormir e toma o comando.
VONTADE é um desejo que nos incentiva a fazer novas descobertas.
PAIXÃO é quando, apesar da palavra "perigo", o desejo chega e se instala.
AMOR é quando o resto da tua vida não te é suficiente para o compartilhar com essa pessoa especial.
AGRADECIMENTO é esta maravilhosa sensação que sinto e me faz ter tempo para postar este lindo dicionário, para que meus amigos, que aqui me visitam, possam ler.

ONDE ESTAVA DEUS?

A filha de Billy Graham (pregador evangélico norte-americano) estava sendo entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou a ela:
"Como é que Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia 11 de setembro?"
Anne Graham deu uma resposta profunda e sábia:
"Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por muitos anos temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas. Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. Como poderemos esperar que Deus nos dê a sua bênção e a sua proteção se nós exigimos que Ele não envolva mais conosco?
À vista de tantos acontecimentos recentes; ataques de terroristas, tiroteio nas escolas, etc... Creio que tudo começou desde que Madeline Murray O'hore (que foi assassinada), se queixou de que era impróprio se fazer oração nas escolas americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião.
Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler a Bíblia nas escolas... A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, roubar e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. E nós concordamos com esse alguém.
Logo depois o Dr.Benjamin Spock disse que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto-estima,(o filho dele se suicidou) e nós dissemos: "Um perito nesse assunto deve saber o que está falando". E então concordamos com ele.
Depois alguém disse que os professores das escolas não deveriam disciplinar nossos filhos quando se comportassem mal. Entã foi decidido que nenhum professor poderia tocar nos alunos... (há diferença entre disciplinar e tocar).
Aí, alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem. E nós aceitamos sem ao menos questionar.
Então foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas quantas eles quisessem para que eles pudessem se divertir à vontade. E nós dissemos: "Está bem!"
Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e diséssemos que isto é uma coisa sadia e uma apreciação natural do corpo feminino.
Depois uma outra pessoa levou isso um passo mais adiante e publicou fotos de crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à disposição da Internet. E nós dissemos: "Está bem, isto é democracia, e eles têm o direito de ter liberdade de se expressar e fazer isso".
Agora nós estamos nos perguntando por que nossos filhos não têm consciência e porque não sabem distinguir entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, porque não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios... Provavelmente, se nós analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender: nós colhemos aquilo que semeamos!!!!!
Onde estava tu Senhor, quando nos permitiu aprovar estas barbaridades?
Estava sempre ao nosso lado, deixando-nos tomar o caminho que quiséssemos, conforme o nosso livre arbítrio.


sábado, 25 de outubro de 2008

AS OPORTUNIDADES DA IDADE AVANÇADA

Dizem as estatísticas que a população do mundo está envelhecendo, pois os recursos da medicina, aliados aos métodos de planejamento familiar, têm elevado o percentual de população em idade mais avançada, inclusive nos países menos desenvolvidos em que muitas mulheres continuam gerando quatro filhos ou mais.
As pessoas de mais idade devem se sentir e agir como transmissores de ensinamentos e de cultura aos mais jovens para que estes possam promover a renovação que lhes é peculiar, impedindo, com isso, que a sociedade humana permaneça estagnada e repetindo costumes rotineiros sem base real. Aos jovens cabe o papel da incessante busca pelo novo que, inexoravelmente, será integrado ao antigo. No entanto, as novas gerações estão envelhecendo precocemente, no sentido de que estão pulando etapas importantes e desviando o impulso revigorante da adolescência e da juventuda, ao invés de viver de forma plena.
Assim a vida passa celeremente, entrando numa rotina constrangedora em que o tempo disponível acaba não sendo plenamente aproveitado. Em contrapartida, as pessoas que ingressam na maturidade precisam lidar com alguns incovenientes como a menor disposição para uma série de atividades e o aumento da predisposição para doenças. Em grande parte isto acontece pela falta de maiores cuidados com a saúde durante a vida, o que acarreta no declínio progressivo do corpo que se manifesta através de alguns sintomas, tais como atividade cerebral mais lenta, dores de toda espécie e oscilações no peso. Podem ocorrer também outras conseqüências mais sérias e debilitantes, que muitas vezes requerem cuidados da parte dos filhos ou de parentes que passam a ser seus cuidadores. O grande problema, nesses casos, é que nem sempre os cuidadores têm condições de prestar a adequada assistência.
Em eras passadas a idade não representava uma fase crítica, pois o próprio modo de viver proporcionava um envelhecer sadio amparado pelas forças naturais, sem as complicações observadas atualmente. Mas hoje é importante considerar que a maturidade é muito rica, na medida em que traz oportunidades para se repensar a vida e sua finalidade.
"Na idade avançada, cada dia que passa nos causa uma sensação parecida com a de um delinqüente a marchar para o patíbulo".(Arthur Schopenhauer).

"Envelhecer é entrar no reino da grande paz".(Cora Coralina).

"O filósofo e a velhice - Não é bom deixar a noite julgar o dia, pois com freqüência o cansaço torna-se juiz da força, do êxito e da boa vontade. Assim também é aconselhável extrema cautela em relação à idade e seu julgamento da vida, uma vez que a velhice, como a noite, ama disfarçar-se de uma nova e atraente moralidade e sabe humilhar o dia com os vermelhos do crepúsculo e o silêncio apaziguador ou nostálgico." (Nietzche).


















segunda-feira, 13 de outubro de 2008

CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR



O Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE, conhecido como merenda escolar, consiste na transferência de recursos financeiros do Governo Federal, em caráter suplementar, aos estados, Distrito Federal e municípios, para a aquisição de genêros alimentícios destinados à merenda escolar.
O PNAE teve sua origem na década de 40. Mas foi em 1998, com a promulgação da nova Constituição Federal, que o direito à alimentação escolar para todos os alunos do Ensino Fundamental foi assegurado.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, é o responsável pela normatização, assistência financeira, coordenação, acompanhamento, monitoramento, cooperação técnica e fiscalização da execução do programa.
O montante dos recursos financeiros a ser repassado será calculado com base no número de alunos devidamente matriculados no ensino pré-escolar e fundamental em escolas municipais.
A Entidade Executora não pode gastar os recursos do programa com qualquer tipo de gênero alimentício. Deverá adquirir os alimentos definidos nos cardápios do programa de alimentação escolar, elaborados por nutricionistas capacitados, com a participação do CAE e respeitando os hábitos alimentares de cada localidade, sua vocação agrícola e preferência por produtos básicos, dando prioridade, dentre esses, aos semi-elaborados e aos in natura.
Caso o município não possua nutricionista capacitado, deverá solicitar ajuda ao Estado, que prestará assistência técnica.
INSTITUIÇÃO DO CONSELHO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR - CAE.
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, instituirão, por instrumento legal próprio, um Conselho de Alimentação Escolar - CAE, constituído por 7 membros assim distribuídos: um representante do Poder Executivo; um representante do Poder Legislativo; dois representantes dos professores; dois representantes dos pais de alunos, indicados formalmente pelos conselhos escolares, associações de pais e mestres ou entidades similares; um representante de outro segmento da sociedade civil, indicado formalmente pelo segmento representado.
Cada membro titular do CAE terá um suplente da mesma categoria.
COMPETÊNCIAS DO CAE:
Acompanhar a aplicação dos recursos federais transferidos à conta do PNAE.
Acompanhar e monitorar a aquisição de produtos adquiridos para o PNAE, zelando pela qualidade dos produtos, em todos os níveis, até o recebimento da refeição pelos escolares
Receber e analisar a prestação de contas do PNAE enviada pela Entidade Executora e remeter ao FNDE apenas o Demonstrativo Sintético Anual da Execução Física-Financeira com parecer conclusivo.
Orientar sobre o armazenamento dos genêros alimentícios em depósitos da Entidade Executora e/ou escolas.
Comunicar à Entidade Executora a ocorrência de irregularidades em relação aos genêros alimentícios, tais como: vencimento do prazo de validade, deterioração, desvio, furtos, etc para que sejam tomadas as devidas providências.
Divulgar em locais públicos, o montante dos recursos financeiros do PNAE transferidos à Entidade Executora.
Noticiar qualquer irregularidade identificada na execução do PNAE ao FNDE, à Controladoria Geral da União, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas da União.
Para mais informações: (Clicar em Alimentação Escolar).

FUNDEB



O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) tem o intuito de substituir o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério (Fundef), implantado a partir de 1998, focando apenas o ensino fundamental. O Fundef não contemplava a educação infantil nem o ensino médio e por conta de um veto, do então presidente Fernando Henrique Cardoso, deixou de considerar os jovens e adultos que não têm o ensino fundamental completo, O Fundeb, um fundo contábil único, de âmbito estadual, veio para contemplar os três níveis da educação básica, bem como suas diversas modalidades, afirmando a importância de integrar, conceitualmente e na prática, o conjunto que perfaz a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.
Assim como o Fundef, no Fundeb, parte da receita de impostos estaduais e municipais vai para findos contábeis estaduais. Os recursos retornam aos Estados e Municípios, conforme o número de matrículas existentes em suas redes de ensino.
Devido às profundas desigualdades econômicas entre estados e regiões do país, a União exerce um importante papel redistributivo. Assim, em janeiro de cada ano, a União decreta um valor de investimento mínimo por aluno, abaixo do qual nenhum estado poderá ficar. Os estados que estiverem abaixo desse valor recebem uma Contemplação para que alcancem o valor mínimo nacional por aluno.
A Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, regulamentou o Fundo de Manutenção e desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - o FUNDEB.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

DA ÁRVORE QUE CHORA AO GRITO DO POVO













A exploração econômica da borracha, natural da Amazônia, foi certamente o mais importante fator de geração de riqueza na História desta Região, no breve período compreendido entre a última década do século XIX e a primeira do século XX.
O Amazonas tornou-se a alternativa de sobrevivência dos migrantes nordestinos (devido a terrível seca que assolou o nordeste brasileiro em 1877) e converteu-se no El Dorado dos exploradores de diferentes procedências pelas perspectivas de enriquecimento fácil.
Os finais abruptos do primeiro e do segundo ciclo da borracha demonstraram a incapacidade empresarial e falta de visão da classe dominante e dos políticos da região. Assim que terminou a segunda guerra mundial, tanto as economias de vencedores como de vencidos se reorganizaram na Europa e na Ásia, fazendo cessar as atividades nos velhos e ineficientes seringais da Amazônia.

O gaúcho Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, após comandar a Revolução de 30, que derrubou o governo de Washington Luís. Seus quinze anos de governo seguintes, caracterizaram-se pelo nacionalismo e populismo. Sob o seu governo foi promulgada a Constituição de 1934. Fecha o Congresso Nacional em 1937, instala o Estado Novo e passa a governar com poderes ditatoriais. Sua forma de governo passa a ser centralizadora e controladora. Criou o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) para controlar e censurar manifestações contrárias ao seu governo. Perseguiu opositores políticos, principalmente partidários do comunismo. Enviou Olga Benário, esposa do líder comunista Luís Carlos Prestes, para o governo nazista.
Embora tenha sido um ditador e governado com medidas controladoras e populistas, Vargas foi um presidente marcado pelo investimento no Brasil. Além de criar obras de infra-estrutura e desenvolver o parque industrial brasileiro, tomou medidas favoráveis aos trabalhadores (criou a Justiça do Trabalho, insituiu o salário mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho, a carteira profissional, a semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas). Foi na área do trabalho que deixou sua marca registrada. Sua política econômica gerou empregos no Brasil e suas medidas na área do trabalho favoreceram os trabalhadores brasileiros.

José Linhares exerceu a presidência da república do Brasil por convocação das Forças Armadas, como presidente do Supremo Tribunal Federal, após a derrubada de Vargas, de 30 de outubro de 1946. Garantiu a realização das eleições, as mais livres até então, mas nomeou grande número de parentes para cargos públicos, o que empanou sua imagem.

O general Eurico Gaspar Dutra foi o 19º presidente do Brasil. Seu governo foi marcado por uma política liberal, com rápido esgotamento das reservas cambiais acumuladas durante a guerra e uma severa política de arrocho salarial. Afastou o país do bloco socialista do leste europeu. Em 1947, colocou o Partido Comunista Brasileiro na ilegalidade, sob a alegação de que o PCB servia aos interesses da União Soviética - com a qual o Brasil rompeu relações diplomáticas em 1948. Definitivamente deve-se a Dutra boa parte da influência dos Estados Unidos sobre o Brasil nas décadas seguintes.

Em 1951, Getúlio Vargas retornou a presidência da República, dessa vez por meio do voto popular (ou o povo tem memória curta ou aprovou o primeiro mandato de Vargas). Este segundo mandato foi marcado por importantes iniciativas nas áreas social e econômica. Na fase final do seu governo, porém, as pressões de grupos oposicionistas civis e militares desencadearam uma aguda crise política que levou Vargas a interromper seu mandato com um ato que atentou contra sua própria vida: o suicídio.

João Fernandes Campos Café Filho foi presidente do Brasil entre 24 de agosto de 1954 a 8 de novembro de 1955, quando foi deposto. Seu governo foi marcante pelas medidas econômicas liberais na economia comandadas pelo economista Eugênio Gudin. Em novembro de 1955, ante os indícios cada vez mais evidentes de que não defenderia a posse do candidato eleito à Presidência, Juscelino Kubitschek, foi afastado (à princípio temporiamente e depois definitivamente).

Carlos Coimbra da Luz foi presidente interino da República, de 8 a 11 de novembro de 1955. Foi afastado desta função por um movimento denominado Movimento de 11 de novembro, liderado pelo general Henrique Teixeira Lott.

A presidência foi, assim, entregue ao presidente do Senado Federal, Nereu Ramos. Nereu Ramos de Oliveira governou o Brasil de 11 de novembro de 1955 a 31 de janeiro de 1956. Coube a ele, em sua breve passagem pela presidência do Brasil sob estado de sítio, completar o quadriênio presidencial.

Juscelino Kubitschek de Oliveira governou o Brasil de 31 de janeiro de 1956 a 31 de janeiro de 196l. Com estilo de governo inovador na política brasileira até então, Juscelino construiu em torno de si uma aura de simpatia e confiança entre os brasileiros. Foi o responsável pela construção da nova capital federal, Brasília, executando assim o antigo projeto, já previsto em três constituições brasileiras, da mudança da capital para promover o desenvolvimento do interior e a integração do país. Durante todo o seu governo, o Brasil viveu um período de desenvolvimento econômico e estabilidade política. Juscelino ambicionava concorrer novamente à Presidência da República em 1965, projeto abortado pelo golpe militar de 1964, também chamado de Revolução de 1964. Acusado de corrupção, teve os direitos políticos cassados em 1964.

Jânio da Silva Quadros foi eleito presidente em 3 de outubro de 1960 - a maior votação até então obtida no Brasil - vencendo Henrique Lott. Porém não conseguiu eleger o candidato a vice-presidente de sua chapa, Milton Campos (naquela época votava-se separadamente para presidente e vice). Quem se elgeu para o cargo foi João Goulart. Os eleitos formaram a chapa conhecida como Chapa Jan-Jan.Embora tenha feito um governo curtíssimo, pôde, nesse período, traçar novos rumos à política externa e orientar, de maneira singular, os negócios internos.

Em um discurso, em 24 de agosto de 1961, transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão, Carlos Lacerda (governador do estado da Guanabara) denunciou uma suposta trama palaciana de Jânio e acusou seu Ministro da Justiça, Oscar Pedroso Horta, de tê-lo convidado a participar de um golpe de estado.

Na tarde de 25 de agosto, Jânio Quadros, para espanto de toda a nação, anunciou sua renúncia, que foi prontamente aceita pelo Congresso Nacional. Foi substituído por Pascoal Ranieri Mazzilli que governou o Brasil, nesta ocasião, por 14 dias (25 de agosto a 8 de setembro de 1961). O vice-presidente, João Goulart, estava ausente do país em visita à República Popular da China.

João Belchior Marques Goulart, conhecido popularmente como Jango, foi presidente do Brasil de 1961 até 1964, quando foi deposto por um golpe de estado, liderado pelo alto escalão do Exército e apoiado pelas classes média e alta.

Manifestações populares contra o golpe se formaram em todo o país, sendo sufocados nos estados controlados pela UDN, como foi o caso da Guanabara, de Carlos Lacerda. Por outro lado, no Rio Grande do Sul, governado por Leonel Brizolla (cunhado de Jango), a Campanha da Legalidade teve apoio oficial, com a criação da Rede da Legalidade e a posterior adesão do III Exército, comandado pelo general Machado Lopes. A solução para o impasse foi a aprovação para o Congresso, em 2 de setembro, de uma emenda constitucuional que instaurou o parlamentarismo como regime de governo.

Em seu governo, Jango aprovou leis que garantiam benefícios aos trabalhadores urbanos e rurais. Também procurou diminuir a participação de empresas estrangeiras em alguns setores estratégicos da economia. Manteve uma política externa independente: reatou relações diplomáticas com a União Soviética e se recusou a apoiar uma invasão a Cuba, proposta pelo presidente estadounidense John Kennedy.

No dia 2 de abril de 1964, o Congresso Nacional declarou a vacância de Jango no cargo de Presidente, entregando o cargo de chefe da nação novamente ao presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli.

Em 10 de abril, João Goulart teve seus direitos políticos cassados por 10 anos, a pós a publicação do Ato Institucional. Exilando-se em suas fazendas, no Uruguai.

Os dois períodos em que Mazzilli foi presidente se caracterizaram por sua pouca influência nas decisões políticas. Assim, o Ato Institucional, depois conhecida como nº 1, foi baixado no seu segundo período, com a assinatura dos ministros militares, que ignoraram por completo a sua presença na Presidência.

Humberto de Alencar Castelo Branco foi indicado pelo Alto Comando Militar e eleito presidente do Congresso Nacional expurgado, iniciou o seu período presidencial em 15 de abril de 1964 e ficou no posto até 15 de março de 1967. Durante seu mandato, Castelo Branco aboliu todos os partidos políticos através do Ato Institucional nº 2. Foram criados a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) que se tornaram os únicos partidos políticos brasileiros até 1979. Com Castelo Branco, iniciaram-se os "anos rebeldes" do Brasil. O regime pós 64 se transformou numa ditadura altamente repressiva, que usou da prática de tortura e assassinatos de cidadãos para neutralizar e eliminar os opositores políticos e os grupos subversivos.

A sucessão do governo castelista dividiu os militares, pois de um lado estavam aqueles que eram oriundos da Escola Superior de Guerra e do outro, a "linha dura", seguidores da filosofia da Escola de Guerra do Fort Leavenworth. Na luta entre os dois grupos, saiu vencedor o grupo da linha dura com o general Costa e Silva, que futuramente veio a tornar o regime ainda mais autoritário com a decretação do AI-5.

Artur da Costa e Silva, o segundo presidente do regime militar instaurado pelo Golpe Militar de 1964, foi Presidente do Brasil de 15 de novembro de 1967 a 31 de agosto de 1969. Sob o governo Costa e Silva foi promulgado o Ato Institucional nº 5, que lhe deu poderes para fechar o Congresso Nacional, cassar políticos e institucionalizar a repressão, sendo que no seu governo, houve um aumento significativo das atividades subversivas e de terrorismo.

De 31 de agosto a 30 de outubro de 1969, a administração brasileira foi assumida pela Junta Governativa Provisória, um triuvirato governamental composto pelos três ministros militares: Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademacker (Marinha) e Márcio Melo (Aeronáutica).

General Emílio Garrastazu Médici foi presidente do Brasil entre 30 de outubro de 1969 a 15 de março de 1974. Apesar do crescimento econômico que o Brasil experimentou, o governo Médici foi marcado pelo aumento da miséria no Brasil e o aumento da concentração de renda, atribuído a uma omissão da política de crescimento econômico. Porém, na época, com a melhoria das telecomunicações, houve, por parte da sociedade brasileira um melhor conhecimento do país, de sua dimensão, de seus habitantes e de sua pobreza. O surgimento de uma classe média, era no momento não muito bem vista por alguns políticos de esquerda, pois atribuíam a ela o fato de impedir que houvesse uma melhoria nas condições do país, por impedir que houvesse uma revolução no país.

Ernesto Beckmann Geisel, o quarto presidente do regime militar, governou a nação de 15 de março de 1974 a 15 de março de 1979. Dedicou-se à abertura política que encoutrou resistência nos militares da chamada linha-dura. Foi durante seu mandato que surgiu o Movimento do Sem Terra (MST), com a invasão de terras na fazenda Annoni, em 1977, em Sarandi. Geisel conseguiu fazer seus sucessor, João Figueiredo, que continuou a abertura política.

João Batista de Oliveira Figueiredo foi o último presidente do regime militar. Durante o seu governo, de 15 de março de 1979 a 15 de março de 1985, promoveu a lenta transição do poder político para os civis. Sua gestão ficou inicialmente marcada pela grave crise que assolou o Brasil. No entanto, em seu último ano de governo, o país havia conseguido sair da recessão e o produto interno bruto (PIB) atingido um crescimento superior a 7%. Sus principais realizações foram: anistia aos punidos pelo AI-5 e perdão aos crimes de abuso de poder, tortura a assassinatos cometidos por órgãos de segurança; extinção do bipartidarismo; garantiu o processo de abertura política; criação do Estado de Rondônia.

Tancredo de Almeida Neves foi eleiro presidente do Brasil pelo Colégio Eleitoral em 15 de janeiro de 1985, mas não chegou a tomar posse no cargo. Faleceu em 21 de abril de 1985.

José Sarney de Araújo Costa, eleito vice-presidente na chapa de Tancredo assumiu a Presidência da República de 15 de março de 1985 a 15 de março de 1990. Seu mandato caracterizou-se pelo consolidação da democracia brasileira, mas também por uma grave crise econômica, que evoluiu para um quadro de hiperinflação histórica e moratória.

Em 1984 surgiu um movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil denominado de "Diretas Já". O movimento agregou diversos setores da sociedade brasileira. Participaram inúmeros partidos políticos de oposição ao regime ditatorial, além de lideranças sindicais, civis, artísticas, estudantis e jornalísticas.

"Me perguntaram se aqui estão 300 ou 400 mil pessoas. Mas a resposta é outra: aqui estão presentes as esperanças de 130 milhões de brasileiros!" (Franco Montoro Filho).

Em 25 de janeiro de 1984, a história das manifestações políticas da sociedade brasileira ganhou um novo marco de grandiosidade. Na Praça da Sé, em São Paulo, 200 000 pessoas gritaram:"Um, dois, três, quatro, cinco, mil...Queremos eleger o presidente do Brasil."

Nos três meses seguintes, a mobilização pelas diretas se transformou na maior campanha popular da História do Brasil.

Além de ter ajudado a unir o país em torno da abertura, a campanha das diretas proporcionou a inclusão dos movimentos sociais e da sociedade civil na política depois de duas décadas de ditadura.











































CONSTITUIÇÕES DO BRASIL



CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1824.

Outorgada em 24 de março de 1824, por D. Pedro I após a dissolução da Assembléia Constituinte de 1823. Sua principla fonte foi a doutrina do constitucionalista liberal-conservador Benjamin Constant. Abriu caminho para a instituição do governo parlamentar no Brasil. Em 1889, quando foi derrubada pela Proclamação da República, a Constituição imperial era a segunda Constituição escrita mais antiga do mundo ainda em vigor, somente ultrapassada pela Constituição dos Estados Unidos da América, de 1787.
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1891
Decretada e promulgada pelo Congresso Constituinte de 1891, convocado pelo governo provisório da República recém-proclamada. Teve por principais fontes de influência as Constituições dos Estados Unidos e da Argentina. Institucionalizava o Estado brasileiro como República federal, sob governo presidencial. Estabeleceu o sufrágio universal masculino para todos os brasileiros alfabetizados maiores de 21 anos de idade, com voto a descoberto.
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1934
Promulgada pela Assembléia Nacional Constituinte de 1934. Suas principais fontes foram a Constituição Alemã de Weimar e a Constituição republicana da Espanha. Tinha como principais inovações a introdução do voto secreto e o sufrágio feminino.
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1937
Constituição do Estado Novo. Outorgada pelo presidente Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937, mesmo dia em que implantava a ditadura do Estado Novo. Também conhecida como a Constituição Polaca, por ter sido baseada na Constituição autoritária da Polônia.
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1946
Consituição da República Populista. Foi promulgada em 18 de setembro de 1946. Consagrou as liberdades expressas na Constituição de 1934, que haviam sido retiradas em 1937.
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1967
Semi-outorgada. Foi elaborada pelo Congresso Nacional, a que o Ato Insitucional nº 4 atribuiu função de poder constituinte originário ("inicial, ilimitado, incondicionado e soberano"). O Congresso Nacional, transformado em Assembléia Nacional Consituinte e já com os membros da oposição afastados, elaborou sobre pressão dos militares uma Carta Constitucional que legalizasse a ditadura militar.
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1969
Outorgada. A Consituição de 67, em 1969, recebeu uma nova redação por uma emenda decretada pelos "Ministros militares no exercício da Presidência da República". É considerada por especialistas, em que pese ser formalmente uma emenda à Constituição de 1967, uma nova Constituição.
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 1988.
Decretada e promulgada pela Assembléia Nacional Consituinte de 1988, deu forma ao regime político vigente. Manteve o governo presidencial, garantindo que fossem eleitos pelo povo, por voto direto e secreto, o Presidente da República, os Governadores dos Estados, os Prefeitos Municipais e os representantes do poder legislativo, bem como a independência e harmonia dos poderes constituídos. Ampliou os direitos sociais e as atribuições do poder público, alterou a divisão administrativa do país que passou a ter 26 estados federados e um distrito federal. Instituiu uma ordem econômica tendo por base a função social da propriedade e a liberdade de iniciativa, limitada pelo intervencionismo estatal.
Outras mudanças ocorridas na constituição que são consideradas importantes: Insituição de eleições majoritárias em dois turnos; voto facultativo para cidadãos com 16 ou 17 anos; maior autonomia aos municípios; estabelecimento da função social da propriedade privada urbana; proibição de comercialização de sangue e seus derivados; Leis de proteção ao meio ambiente; fim da censura nos rádios, Tv, teatro, jornais, etc.

domingo, 28 de setembro de 2008

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E REGIMENTO ESCOLAR

O Regimento escolar é um instrumento legal que formaliza e reconhece as relações dos sujeitos envolvidos no processo educativo.
É o documento legal que define a natureza da escola, sua estrutura organizacional e as normas que regulam seu funcionamento, e terá, como anexo, o currículo adotado e a ata de sua aprovação pela Congregação de Professores.
"O PPP pode ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar".
(Vasconcellos - 2000)
O Projeto Político Pedagógico é o documento que depois de formulado deve nortear todas as ações da escola e sua construção dá-se na coletividade. É um instrumento da gestão que expressa a proposta educativa da escola, define o rumo, a intenção e os processos que a instituição de ensino utilizará para cumprir as metas e objetivos estabelecidose, por se constituir, na sua essência, um processo educativo, estará em permanente avaliação e reelaboração.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

ANDRAGOGIA

Lindermann, em 1926, pesquisando as melhores formas de educar adultos percebeu algumas impropriedades nos métodos utilizados e escreveu:
"Nosso sistema acadêmico se desenvolveu numa ordem inversa: assuntos e professores são os pontos de partida, e os alunos são secundários... O aluno é solicitado a se ajustar a um currículo pré-estabelecido... Grande parte do aprendizado consiste na transferência passiva para o estudante da experiência e conhecimentos de outrem".
Mais adiante oferece soluções quando afirma que "nós aprendemos aquilo que nós fazemos. A experiência é o livro-texto vivo do adulto aprendiz".
Lança assim as bases para o aprendizado centrado no estudante, e do aprendizado tipo "aprender fazendo". Infelizmente sua percepção ficou esquecida durante muito tempo.
A partir de 1970,Malcon Knowles trouxe a tona as idéias plantadas por Lindermann. Introduziu e definiu o termo Andragogia. Daí em diante, muitos educadores passaram a se dedicar ao tema.
Segundo Knowles, à medida que as pessoas amadurecem, sofrem transformações:
Passam de pessoas dependentes para indivíduos independentes, auto-direcionados.
Acumulam experiências de vida que vão ser fundamento e substrato de seu aprendizado futuro.
Seus interesses pelo aprendizado se direcionam para o desenvolvimento das habilidades que utiliza no seu papel social, na sua profissão.
Passam a esperar uma imediata aplicação prática do que aprendem, reduzindo seu interesse por conhecimentos a serem úteis num futuro distante.
Preferem aprender para resolver problemas e desafios, mais que aprender simplesmente um assunto.
Passam a apresentar motivações internas (como desejar uma promoção, sentir-se realizado por ser capaz de uma ação recém-aprendida, etc), mais intensas que motivações externas como notas em provas, por exemplo.