sábado, 18 de dezembro de 2010

Rumo à Formatura


Iniciamos nossa jornada acadêmica em 2006. Durante este pequeno período de nossas vidas, convivemos e vivemos para o PEAD.
É claro que nem tudo foram rosas, havia os espinhos também. Foram muitas dificuldades. Descobrimos, muito rapidamente, que não seria fácil. E não foi!
Foram noites e noites de muita digitação, inúmeras postagens, caindo de sono sobre o teclado, acessando o Rooda, deletando o que não devia, xingando o Crediné, enlouquecendo a Celi.
Agora, aqueles delírios e agonias são apenas recordações. As lágrimas não são mais de desespero ou de cansaço, são de emoção e gratidão por aqueles que nos acompanharam: pais, esposos, filhos e namorados que nos esperavam, no conforto de nossos lares, com palavras doces e encorajadoras; amigos que entenderam nossa ausência; colegas que, pacientemente, nos ouviam reclamar da carga pesada; professores que nos orientaram com sabedoria e tutores que sobreviveram a nós.
Cada um de nós tinha muitos sonhos, mas um objetivo em comum que agora estamos prestes a alcançar.
Dois caminhos de nossas vidas estão se encontrando neste momento: o término da vida acadêmica e o início da vida profissional como pedagogos. Um que estamos celebrando como uma conquista e outro que deslumbra muitos desafios e objetivos a serem alcançados. No entanto, há algo mais forte que solifica nossas metas: nossa luta e nossa determinação.
Aqui estamos! Quase chegando ao fim de nossa meta.
Ou seria apenas um começo?
É um recomeço, pois somos eternos aprendizes e nada sabemos em relação ao que somos capazes de aprender!
Amanhã, quando abrirmos as páginas da memória, tudo isto parecerá um sonho, mas com a certeza de que estamos mais completos, mais capazes, pois compreendemos que não basta ensinar o Ivo e ler a uva, é preciso fazê-lo entender seu contexto social, o que é a uva, quem trabalha com ela e quem lucra com este trabalho.
Meninas e menino, queridos colegas e eternos amigos!
A todos nós, muito sucesso e que Deus nos proteja nesta nova caminhada!
"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor...
Lembre-se, se escolher o mundo ficará sem o amor,
mas se escolher o amor,
com ele você conquistará o mundo".
(Albert Einstein)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

CONSIDERAÇÕES FINAIS


"O Paraíso existe sim...
Ele está dentro de você!
Respire fundo e sinta-o no seu peito...
Ali mora um anjo que se chama coração."
(N. Rogero)
O sonho está em processo de realização!
Quase podemos afirmar que estamos no paraíso!
Tecer comentários sobre o processo de conhecimentos adquiridos durante o Pead não se resume em poucas linhas.
Durante este último semestre, foi sugerido resgatar algumas postagens que foram relevantes durante todo o curso. Não foi uma tarefa fácil, pois todas as postagens têm seu grau de importância dentro dos conhecimentos conquistados.
Este Portfólio é um instrumento que reflete minha caminhada nesse saber construído.
Rever atividades, refletir e postá-las novamente, sob um olhar mais crítico foi extremamente válido, pois o conhecimento tem que ser constantemente redimensionado, reelaborado e, principalmente, inovado.
O conhecimento nunca está pronto, acabado. Ele é contínuo. Devemos, constantemente rever todas aprendizagens construiddas ao longo do curso. Cometemos erros? Sim! Vamos repensá-los e torná-los acertos. O Portfólio torna isso possível.
O curso de Pedagogia me proporcionou um crescimento profisssional, através da reflexão, sistematização e construção de conhecimentos. Aprendi a aprender. Adquiri métodos e sistemas pedagógicos, ampliando as didáticas e melhorando as práticas pedagógicas.
As interdisciplinas oportunizaram uma conscientização sobre o papel do aluno no processo educativo e o papel do professor no processo educacional.
Como aluna/professora, compreendi que a investigação está integrada ao processo de ensino aprendizagem e que o saber não é simplesmente transmitido, ele é construído, e que os saberes são múltiplos, históricos e dinâmicos.
O papel da escola é um só: lançar sementes para que o aluno cultive novos conhecimentos e perpetue aqueles já construídos.
"Olhai, vos peço,
o que seja a luz, senão o dia,
e o que sejam as trevas, senão a noite.
E assim como os olhos do corpo
têm o seu dia e a sua noite,
assim também os olhos do coração
têm o seu dia e a sua noite.
Três são os dias da luz invisível,
pelos quais se distinguem o curso interior da vida espiritual:
O primeiro é o temor,
o segundo a verdade,
o terceiro é o amor."
(Hugo de São Vítor)
Este veículo não contempla somente os saberes construídos e oportunizados pelo curso de Pedagogia, mas também o permanente diálogo entre eu e meus conhecimentos.
Produção de conhecimento não se esgota, por isso esta não será a última postagem.
Um diploma não significa o fim, mas o começo de uma nova etapa de vida. Uma vida um pouco mais sábia, mais madura e mais consciente de que nada sei em relação ao muito que tenho para aprender.

Fim de curso: novos conselhos.

Em dezembro de 2006 postei, no meu antigo Blog, alguns conselhos. No inicio deste semestre, neste mesmo veículo de aprendizagem, reproduzi os mesmos conselhos.
De uma forma muito singela, fui questionada sobre quais seriam meus conselhos agora, na reta final.
São estes!
Aos calouros:
1 - A vida acadêmica jamais será fácil. Do contrário, não formaria excelentes profissionais. Entrem com o pé direito, com a cabeça erguida, com o coração aberto para as novas amizades e, principalmente, com a mente equipada com a vontade de aprender.
2 - Explicitamente, a universidade não está preocupada com a sua auto-estima. Implicitamente, ela vai despertar em ti um sentimento de autorealização, que te fará sentir-se em consigo mesmo.
3 - Você não é a pessoa mais importante da universidade, mas faz parte de uma coletividade exclusiva: aqueles que vierão para aprender bem a servir melhor.
4 - Os professores não são ingratos, são realistas! Acostume-se a isso! Faça o que deve ser feito e conte com eles.
5 - Manter seu computador limpo de vírus e seu material acadêmico em dia é muito importante, mas o mais relevante é sempre ter a consciência limpa.
6 - Se você fracassar, não culpe ninguém, a não ser você mesmo. Aprenda com os erros.
7 - O mundo não é um lugar chato de se viver. Os chatos somos nós mesmos. Faça de cada segundo de sua vida um motivo para sorrir e continuar.
8 - Muitas pessoas não conseguem mais distinguir entre o certo e o errado. Vai chegar um momento que você terá de escolher entre o certo e o fácil! Pense bem antes da escolha. Nada é fácil! A facilidade de agora te cobrará, mais tarde, um preço muito alto.
9 - Não seja descortês com aqueles que não tiveram oportunidade de frequentar uma universidade. De um a forma ou de outra, eles muito aprenderam com a vida.
10 - Quando receber seu diploma, não pense que ACABOU. Apenas está começando, pois o conhecimento não é um processo que se adquire com a posse de um pedaço de papel. Ele é contínuo! Arregace as mangas e ponha em prática toda a aprendizagem que adquiriu e faça de seu viver uma oportunidade de um mundo melhor!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

BULLYING

Atualmente, a agressividade e a indisciplina escolar têm merecido destaque na pauta das reuniões pedagógicas em muitas instituições de ensino, gerando opiniões diversificadas sobre suas causas e consequências e promovendo debates, muitas vezes sem nenhuma conclusão, sobre os mesmos. Discorrer e refletir sobre o tema não é um assunto novo, porém, muito recentemente, recebeu uma nova denominação: bullying.
A realidade escolar continuamente nos remete a reflexões, principalmente com relação ao nosso exercício diário como professores. Entre os temas que exigem esta reflexão está a prática do bullying, um termo já conhecido pela sociedade, mas, mesmo assim, ainda não compreendido em seus vários aspectos, sendo confundido, erroneamente, com atos indisciplinares e atitudes agressivas, que são, também, preocupantes e merecem a atenção da comunidade escolar.
Para a palavra bullying não existe tradução para a língua portuguesa. Este termo compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotada por um ou mais contra outro ou outros, causando dor e angústia, e executadas dento de relações desiguais de poder, que tornam possível a intimidação da vítima. A palavra é usada para descrever tipos diferentes de comportamentos que objetivam ferir ou controlar outra pessoa: colocar apelidos maldosos, dizer palavrões, ameaçar fisicamente, difamar, zoar, humilhar, fazer sofrer, levando a vítima ao isolamento, à queda do rendimento escolar, a alterações emocionais, à depressão e ao suicídio, como em casos ocorridos no mundo e divulgados pelos meios de comunicação.
Considerando que a escola é o espaço onde múltiplas personalidades convivem diariamente, é quase normal o conflito de opiniões e interesses, mas a intensidade com que a violência está conquistando o espaço escolar e o número cada vez maior de envolvidos é preocupante e tem merecido a atenção de pais, professores e sociedade do mundo todo, gerando muitas opiniões sobre as causas e sensibilizando toda a comunidade pelas consequências que tem promovido.
É fundamental que a escola compreenda este fenômeno e saiba identificá-lo, nas vítimas e nos agressores, porque ambos necessitam de atenção, de amparo, de acompanhamento psicológico.
A atual dilaceração da educação deve propositar urgentes providências, unindo todas as esferas a ela ligadas: escola, família, comunidade. O desfalque dos princípios éticos e morais, na sociedade, está assumindo proporções assustadoras.
Os pais cobram da escola. A escola responsabiliza os pais. A sociedade exige que a escola resgate os valores que ela mesma desconhece.
O que fazer? Deixar que a maré de violência e descaso pelo próximo arrebente nossa juventude contra os rochedos da indiferença, do dispudor, do desrespeito pelo direito à vida.
A escola, como ambiente de socialização e de educação, deve se questionar sobre o que acontecerá com o futuro se abandonarmos os princípios morais.
Vamos à luta, colegas de profissão!
Ainda há esperança, ainda dá tempo de reverter a situação. Se a família falha, se a sociedade finge ignorar, cabe à escola arregaçar as mangas e iniciar um trabalho de conscientização, com nossos alunos.Não duvidando de nossa capacidade, mas contando com ela.
Sejamos professores fascinantes!
Conforme Gabriel Chalita, "quando o professor considera apenas o lado ruim dessa situação, corre o risco de se deixar envolver pelas atitudes negativas, ignorando as possibilidades de transformação. É importante apreciar a perspectiva de oportunidade e contar com a certeza de que:
* ninguém gosta de viver a violência, nem como professor, nem como aluno, nem como vítima, nem como agressor, tampouco como testemunha de atos desumanos. Casa qual escolhe agir de acordo com as habilidades que desenvolveu e modelos que conheceu;
* todos querem ser felizes, protegidos e acolhidos, ter sua importância e talento reconhecidos e valorizados. Uns conquistam pela força, outros pelo carinho, outros desistem. Essa necessidade é tão imprescindível que sua ausência pode levar uma pessoa ao suicídio;
* alguns acabam ficando cruéis, alguns se protegem e outros se defendem da crueldade. Mas há, ainda, os que não sabem nem se proteger, nem de se defender: eles se escondem, se isolam e são esquecidos pelos demais;
* poucos se sensibilizam a ponto de buscar envolver poucos para formar muitos. São poucos porque talvez muitos não acreditem que sejam capazes de transformar algo. Os poucos que realmente acreditam e se mobilizam serão muitos até que sejam todos."
"Todo esse processo de sofrimento tem de ser interrompido.
O compromisso de educar na escola, na família
ou em qualquer ambiente de convivência,
além de ético pela natureza da ação,
precisa ser afetuoso para colher agressores, vítimas e espectadores,
caso contrário será reprodutor da intolerância.
Livrar-se da agressão, e não do agressor,
deve ser o propósito de todos".
GABRIEL CHALITA
Fonte: CHALITA, Gabriel. PEDAGOGIA DA AMIZADE - Bullying: o sofrimento das vítimas e dos agressores. São Paulo. Gente. 2008

PEAD























O inicio de nossa caminhada, no Pead, pode ser comparadaa uma viagem rumo a Ilha Desconhecida, cuja jornada era ignorada.
Fomos iniciadas nas Tecnologias, ampliando os limites da sala de aula.
Através de Durhein, Weber, Marx e Engels, obtivemos excelentes lições de luta pelo socialismo. O socialismo é um modo de organização social no qual deve existir uma distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, com a finalidade de proporcionar a todos um modo de vida mais justo. É desnecessário lembrar a relevância de uma educação socialista, principalmente numa sociedade ainda capitalista. Uma escola socialista forma, não um trabalhador habilidoso, mas um trabalhador consciente de que É, ESTÁ, PERTENCE.
Percebemos a diferença entre o SER e o ESTAR professor, sendo estimuladas a desafiar os discentes na interação sujeito/objeto, oportunizando a construção do aprendizado.
Entendemos que cada indivíduo têm diferentes infâncias e que, cada um, foi educado de uma modo diferente do outro, num processo socio-cultural e histório particular de cada família, de cada comunidade, respeitando suas origens culturais e étnicas.
O PEAD nos oportunizou, também, profundas reflexões sobres nossas práticas docentes e discentes, na busca de um equilibrio dinâmico entre a professora e a aluna, num entendimento entre nossa vida num mundo infantil e nossa participação na vida adulta.
Aprendemos a aprender, através da ação, do pensamento e do desenvolviemento de Projetos de Aprendizagens, repassando para o alunado a concepção de que são sujeitos do conhecimento, da aprendizagem.
Ampliamos o uso da palavra, reconhecendo as múltiplas linguagens.
Numa escola democrática, todos os argumentos devem evidenciar que a educação inclusiva é direito dos portadores de necessidades especiais e dever da sociedade, inclui-los, aceitá-los, respeitá-los.
A Ilha Desconhecida já não é mais desconhecida, ao contrário, já foram decifrados seus mistérios e entendidas as suas lições.Todavia, de uma coisa temos absoluta certeza, a viagem não terminou. Desvendar os segredos desta Ilha nos proporcionou, além de muitas, uma valiosa aprendizagem: ainda temos muito que aprender.