segunda-feira, 11 de agosto de 2008

PLANEJAMENTO DO TEMPO

Dizem que a vida começou a partir de um sopro. A verdade é que, a todo momento, ela continua se renovando. É aí que nós entramos. Nossas idéias e atitudes têm um papel: transformar a realidade. Disseminar essa transformação. Integrar as soluções conquistadas. Para nós, fazer brotar algo novo é mais que um propósito, é um compromisso.
Fazer o planejamento do uso de meu tempo foi uma novidade para mim, jamais tinha pensado neste assunto, e concluí que é uma necessidade tão grande quanto o planejamento orçamentário.
Tem dias em que o tempo nos surge como um velhinho de alvas barbas, moroso e esquálido. Tem dias que surge como uma criança, faceira e ligeira. Este tempo-criança sempre aparece quando estamos fazendo coisas agradáveis ou quando temos algo urgente para fazer.
Descobri, ao fazer o planejamento do uso do tempo, que meu dia deveria ter mais de trinta horas, mas que apesar de ter um dia "corrido e apertado", estou conseguindo realizar todas minhas atividades necessárias e que, principalmente, estou conseguindo "viver" com alegria.
Ao construir a tabela, me deparei com um obstáculo: ela começa as 7 horas da manhã e meu dia começas as 5 horas e 20 minutos. Tudo bem, desconsiderei o café da manhã e o deslocamento até Sapiranga. A construção desta tabela gerou um conflito: será que estou dedicando horas suficientes para o PEAD? Será que não dedico muitas horas para o lazer? Acho que não. Preciso destas horas de lazer para me fortificar para todo o resto, principalmente, para o Pead.
Fiz uma descoberta importante: sou quase uma misantropa (não dedico nem uma horinha para atividades filantrópicas), a não ser que seja filantropia visitar e jogar cartas, uma vez por mes, com os pais do meu ex-marido? ou participar de bingos beneficentes? Fiquei na dúvida. Mas quando isso ocorre, ocorre nas minhas horas de lazer.
Neste semestre pretendia fazer uma pequena viagem (Beto Carrero novamente ou Ilha do Mel) num feriadão (dia da criança e dia do professor). Impossível. Neste único feriadão será o casamento de minha filha.
Na construção desta tabela do meu tempo (que não é definitiva ou imutável, ao contrário, é flexível) aprendi que o processo de administrar o tempo não é fácil, foi preciso tornar-me senhora do meu tempo para administrá-lo.
Embora o equipamento básico de que dispomos para viver seja a nossa mente, o tempo é o recurso fundamental da nossa vida, a matéria prima básica de nossas atividades.
O tempo é vida. Quem administra o tempo ganha vida, mesmo vivendo o mesmo tempo. Prologar a duração de nossa vida não é algo sobre o qual tenhamos muito controle. Aumentar a nossa vida ganhando tempo dentro da duração que ela tem é algo, porém, que está ao alcance de todos.
O tempo não é como riquezas, que podem ser acumuladas para uso posterior. Quem não administra o seu tempo joga sua vida fora, porque um dia só pode ser vivido uma vez. Se o tempo de um dia não for usado sabiamente, não há como aproveitá-lo no dia seguinte. Amanhã será sempre um novo dia e o hoje perdido terá sido perdido para sempre.
É sempre bom lembrar que, da mesma forma que o mau uso do tempo causa stress, o bom uso do tempo normalmente traz satisfação, sentido de realização e felicidade.

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