A escola deve oportunizar situações para que o aluno possa constituir novas compreensões temporais, perceber a arbitrariedade das convenções de tempo estabelecidos, questionar o tempo esquadrinhado a que estamos submetidos na contemporaneidade.
É importante oportunizar aos alunos a aprendizagem das mais diferentes medidas de tempo (formais e informais, do nosso e de outros grupos sociais, do presente e do passado), a história dos artefatos usados para "medir" o tempo, como calendários e relógios, a localização de acontecimentos e sujeitos aos seus contextos históricos, o reconhecimento de permanências e mudanças. e, finalmente, a possibilidade de estabelecerem múltiplas relações, comparando diferentes épocas e temporalidades.
Além de aprender que o tempo é medido à partir de uma referência, de acordo com as singularidades sócio-culturais de diferents grupos e momentos históricos, os alunos poderão, ainda, ser incitados ao conhecimento da existência de diversidades na forma de pensar e sentir os tempos: o tempo métrico (do relógio, do calendário), o tempo da natureza (o ciclo da vida, das fases da lua, do dia e da noite, as estações do ano), o tempo geológico (das lentas transformaçõs, das eras).
As multiplicidades das dimensões de tempo devem estar presentes numa proposta de ensino: o tempo físico (cronológico), o tempo social (das vivências individuais e coletivas) e a dimensão histórica, em que o tempo aparece marcado pelas experiências humanas e pelas relações entre passado/presente/futuro.
Considera-se que o estudo de Estudos Sociais deve partir do próximo para o distante, do simples para o complexo, do concreto para o abstrato
Famíli, escola, bairro, município,... Essa organização do processo de ensino, embora ofereça a possibilidade de trabalhar o tempo e o espaço próximo e concreto, em que os alunos estão inseridos, corre o risco da simplificação exagerada, em que o estudo da realidade não ultrapassa o senso comum e a organização dos conteúdos (até certo ponto necessários) finda po constituir uma espécie de camisa de força, impedindo a reflexão e a implementação de propostas d ensino que priorizem a aprendizagem de conceitos-ferramentas necessários à constituição da cidadania.
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