domingo, 28 de setembro de 2008

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E REGIMENTO ESCOLAR

O Regimento escolar é um instrumento legal que formaliza e reconhece as relações dos sujeitos envolvidos no processo educativo.
É o documento legal que define a natureza da escola, sua estrutura organizacional e as normas que regulam seu funcionamento, e terá, como anexo, o currículo adotado e a ata de sua aprovação pela Congregação de Professores.
"O PPP pode ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar".
(Vasconcellos - 2000)
O Projeto Político Pedagógico é o documento que depois de formulado deve nortear todas as ações da escola e sua construção dá-se na coletividade. É um instrumento da gestão que expressa a proposta educativa da escola, define o rumo, a intenção e os processos que a instituição de ensino utilizará para cumprir as metas e objetivos estabelecidose, por se constituir, na sua essência, um processo educativo, estará em permanente avaliação e reelaboração.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

ANDRAGOGIA

Lindermann, em 1926, pesquisando as melhores formas de educar adultos percebeu algumas impropriedades nos métodos utilizados e escreveu:
"Nosso sistema acadêmico se desenvolveu numa ordem inversa: assuntos e professores são os pontos de partida, e os alunos são secundários... O aluno é solicitado a se ajustar a um currículo pré-estabelecido... Grande parte do aprendizado consiste na transferência passiva para o estudante da experiência e conhecimentos de outrem".
Mais adiante oferece soluções quando afirma que "nós aprendemos aquilo que nós fazemos. A experiência é o livro-texto vivo do adulto aprendiz".
Lança assim as bases para o aprendizado centrado no estudante, e do aprendizado tipo "aprender fazendo". Infelizmente sua percepção ficou esquecida durante muito tempo.
A partir de 1970,Malcon Knowles trouxe a tona as idéias plantadas por Lindermann. Introduziu e definiu o termo Andragogia. Daí em diante, muitos educadores passaram a se dedicar ao tema.
Segundo Knowles, à medida que as pessoas amadurecem, sofrem transformações:
Passam de pessoas dependentes para indivíduos independentes, auto-direcionados.
Acumulam experiências de vida que vão ser fundamento e substrato de seu aprendizado futuro.
Seus interesses pelo aprendizado se direcionam para o desenvolvimento das habilidades que utiliza no seu papel social, na sua profissão.
Passam a esperar uma imediata aplicação prática do que aprendem, reduzindo seu interesse por conhecimentos a serem úteis num futuro distante.
Preferem aprender para resolver problemas e desafios, mais que aprender simplesmente um assunto.
Passam a apresentar motivações internas (como desejar uma promoção, sentir-se realizado por ser capaz de uma ação recém-aprendida, etc), mais intensas que motivações externas como notas em provas, por exemplo.

sábado, 13 de setembro de 2008

ASTROLOGIA


Duas dentre as muitas questões cruciais que perseguem a humanidade são as seguintes: Quem sou? e O que vai acontecer no futuro?
Há muitos que perdem o sono preocupados com o futuro, imaginando o que acontecerá amanhã. A astrologia proclama ter a solução para estes problemas básicos. A antiga arte oculta da astrologia tornou-se bastante conhecida em nossa cultura do século XX (e agora XXI).
A astrologia é uma prática antiga que aceita que a posição das estrelas e planetas exerce influência direta sobre as pessoas e acontecimentos. Supõe-se que é possível fazer um mapa que configure a vida de alguém, determinando-se a posição das estrelas e planetas à hora do seu nascimento. Este mapa é conhecido como horóscopo.
Para crer em astrologia deve-se aceitar a filosofia de que somos perdedores ou vencedores natos. Diz-se que as estrelas não só predizem o curso de nossas vidas como provocam os acontecimentos. Elas impelem e compelem.
OS PROBLEMAS DA ASTROLOGIA:
Segue-se algumas das razões pelas quais a prática da astrologia deve ser rejeitada como não-científica e anti-bíblica.
Sistemas conflitantes: a autoridade da astrologia é contestada graficamente quando percebe que há muitos sistemas diametralmente opostos. Astrólogos do Ocidente não interpretam um horóscopo do mesmo modo como um chinês o faria.
A Terra é o centro do sistema: A astrologia baseia-se na premissa de que os planetas giram em torno da Terra, teoria conhecida como "geocêntrica", derrubada por Copérnico, que demonstrou que os planetas giram ao redor do sol. Sua teoria ficou conhecida como "heliocêntrica". Fundamentando-se numa teoria já considerada falsa, a astrologia perdeu sua confiabilidade.
Os planetas perdidos: um dos maiores equívocos no qual a astrologia se baseia diz respeito ao número de planetas do sistema solar. Na antiguidade, Urano, Netuno e Plutão não eram observados a olho nú e, por conseguinte, os astrólogos fundamentaram seu sistema em 7 planetas.
Gêmeos: Uma fonte constante de dificuldades para os astrólogos é o nascimento de gêmeos, pois desde que nascem exatamente à mesma hora e no mesmo lugar, deveriam ter o mesmo destino. Não é assim que acontece.
Perspectiva limitada: a astrologia teve seu início em latitudes relativamente próximas do equador e não levos em conta possibilidade de alguns planetas não serem vistos várias semanas seguidas em latitudes mais altas.
Cálculo de tempo incorreto: os horóscopos são traçados a partir da hora do nascimento, não do momento da concepção. Todos os fatores hereditários são determinados quando da concepção e, pela lógica, os planetas deveriam começar a exercer sua influência imediata após este evento.
O deslocamento das Constelações: o aspecto de maior peso é a objeção dos astrônomos de que as constelações nunca voltam ao mesmo ponto no céu. Consequentemente, as interpretações astrológicas não mtem parâmetro de comparação, e o horóscopo solar baseia-se em premissas cientificamente indefensáveis.
A Bíblia e a Astrologia: a Bíblia asmoesta as pessoas para que não confiem em astrólogos e em astrologia.
"Já estarás cansada com a multidão das tuas consultas! Levantem-se, pois, agora, os que dissecam os céus e fitam os astros, os que em cada lua nova te predizem o que há de vir sobre ti. Eis que serão como restolho, o fogo os queimará; não poderão livrar-se do poder das chamas; nenhuma brasa restará para se aquentarem, nem fogo para que diante dele se assentem. Assim será para contigo aqueles com que te fatigastes; aqueles com que negociaste desde a tua mocidade; dispersar-se-ão, cambaleantes, cada qual pelo seu caminho; ninguém te salvará." (Isaías 47:13-15).
"Guarda-te, não levantes os olhos para os céus, e vendo o sol, a lua e as estrelas, a saber, todo o exército dos céus, não sejas seduzido a inclinar-te perante eles e dês culto àqueles, cousas que o Senhor teu Deus repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus".(Deuteronômio 4:19).
Se a astrologia não é científica e é anti-bíblica, por que tantas pessoas crêem nela? Uma resposta seria que algumas vezes funciona.

MATURANA









Humberto Maturana, nascido em Santiago do Chile em 14 de setembro de 1928, é biólogo e criador da teoria da autopoiese e da Biologia do Conhecer, junto com Francisco Varela, e faz parte dos propositores do pensamento sistêmico e do construtivismo radical.
Sua teoria e forma de pensar acabam com o antigo dualismo mente-corpo, ao identificar o processo do viver com o processo cognitivo, e descrevendo organismo e sistema nervoso como sistemas fechados em sua organização, e determinados estruturalmente.
O resgatar as emoções dentro de uma deriva cultural que tem escondido as emoções, por ir contra a razão, é uma das aberturas de olhar propostas por Maturana, pois dá conta que a deriva natural do ser humano como um ser vivo particular, tem um fundamento emocional que determina esta deriva. O amor é a emoção que sustenta, funda o humano em tanto, é o fundamento da recorrência de encontros na aceitação do outro, como legítimo outro que dá origem à convivência social e, portanto, à possibilidade de constituição da linguagem, elemento constitucional do viver humano.
"Dizem que nós, seres humanos, somos animais racionais. Nossa crença nessa afirmação, nos leva a menosprezar as emoções e a enaltecer a racionalidade, a ponto de querermos atribuir pensamento racional a animais não-humanos, sempre que observamos neles comportamentos complexos. Nesse processo, fizemos com que a noção de realidade objetiva, se tornasse referência a algo que supomos ser universal e independente do que fazemos, e que usamos como argumento visando a convencer alguém, quando não queremos usar a força bruta". (extraído do livro "A Ontologia da Realidade" de Humberto Maturana, 1997).
"O amor é a emoção que constitui o domínio de condutas em que se dá a operacionalidade da aceitação do outro como legítimo outro na convivência, e é esse modo de convivência que conotamos quando falamos do social" (Maturana, 1998).
"A autoconsciência não está no cérebro - ela pertence ao espaço relacional que se constitui na linguagem. A operação que dá origem à autoconsciência está relacionada com a reflexão na distinção do que distingue, que se faz possível no domínio das coordenações de ações no momento em que há linguagem. Então a autoconsciência surge quando o observador constitui a auto-observação como uma entidade ao distinguir a distinção da distinção no linguajar". (Maturana, 1998).
"O educar se constitui no processo em que a criança ou o adulto convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o outro no espaço de convivência". (Maturana, 1998).
"Viver e conhecer são mecanismos vitais. Conhecemos porque somos seres vivos e isso é parte dessa condição. Conhecer é condição de vida na manutanção da interação ou acoplamentos integrativos com os outros indivíduos e com o meio". (Rabelo, 1998).

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

FEDERALISMO, DESCENTRALIZAÇÃO, EDUCAÇÃO.









Quando vários grupos de cidadãos livres - com diferentes línguas, religiões ou normas culturais - escolhem viver sob um quadro constitucional acordado, esperam um certo grau de autonomia local e as mesmas oportunidades econômicas e sociais. Um sistema federal de governo - poder compartilhado em nível local, regional e nacional - confere poder aos eleitos, que elaboram e administram políticas adaptadas para as necessidades locais e regionais. Trabalham em parceria com o governo nacional, devendo cada um deles resolver os muitos problemas que a nação enfrenta.
A descentralização caracteriza-se quando um poder antes absoluto, passa a ser repartido. Por exemplo, quando uma pessoa ou um grupo tinha um poder total e absoluto, e depois é repartido este poder com outras pessoas ou outros grupos.
Ao nível do funcionamento interno do sistema, a descentralização favorece a responsabilidade e a iniciativa dos atores a todos os níveis, permitindo-lhes, realmente, que possam escolher no quadro dos grandes objetivos nacionais. O pessoal e as equipes educativas podem, assim, protagonizar uma maior influência sobre a pedagogia e os conteúdos ensinados, bem como adquirir mais responsabilidade na hora de fazerem uma escolha.
"Depois do pão, a educação é a primeira necessidade do povo".(Danton - 1793).
O direito à educação é também um dever de cada ser humano para com a sua dignidade e perfeitabilidade, assim como para com a comunidade a que pertence, na medida da sua capacidade de resposabilidade.
Na verdade, educação e "direito à educação" não são a mesma coisa. A educação é necessária, mas nem toda a educação é legítima. Educação houve sempre, direito à educação, como direito universal do ser humano, só há depois da Declaração Universal dos Direitos do Homem". A educação tradicional é um "direito de educação", isto é, um direito do homem sobre o homem. O "direito à educação" é um direito do homem, isto é, tem uma significação ética. A ética do direito à educação é uma ética do interesse superior do educando, que nã pode ser tratado e instrumentalizado como "objeto" de educação, mas deve ser considerado e respeitado sempre como "sujeito" do seu direito à educação. O direito à educação não é um direito dos pais sobre os filhos, nem do Estado sobre os cidadãos. É um direito dos filhos e dos cidadãos às responsabilidades dos pais e do Estado para com o seu direito à educação.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

CURVA DO SUCESSO



De uma forma crítica e, talvez, irônica, as necessidades primordias de cada faixa etária são as descritas no quadro acima.

PRESSUPOSTOS BÁSICOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

Erikson, no livro "Infância e Sociedade", apresenta três contribuições principais ao estudo do ego humano:
1ª) Sugeriu que, lado a lado com os estágios de desenvolvimento psicossocial descritos por Freud (oral, anal, fálico e genital), havia estágios psicossociais de desenvolvimento do ego, nos quais o indivíduo tinha de fixar novas orientações básicas para si e para seu mundo social.
2ª) Afirmou que o desenvolvimento da personalidade não para na adolescência, mas continua através de todo o ciclo vital.
3ª) Declarou que cada estágio tem ao mesmo tempo um componente positivo e outro negativo.
ESTÁGIOS NO CICLO DA VIDA HUMANA
1º) CONFIANÇA X DESCONFIANÇA: este estágio corresponde ao estágio oral da teoria psicanalítica clássica e, em geral, transcorre durante o primeiro ano de vida. A nova dimensão social que emerge, durante este período, é de confiança básica, num estremo e a desconfiança, no outro.
2º) AUTONOMIA X DÚVIDA: abrange o segundo e o terceiro anos de vida, o período que na teoria freudiana é chamado de estágio anal.
3º) INICIATIVA X CULPA: nesse terceiro estágio (em geral nas idades de quatro a cinco anos), a criança em idade pré-escolar é, praticamente, dona de seu corpo e é capaz de andar de velocípede, correr, cortar e bater.
4º) INDÚSTRIA X INFERIORIDADE: é o período etário dos seis aos onze anos. São os anos da escola primária (descrita na psicanálise clássica como fase da latência). É o período em que a criança torna-se capaz de raciocínio dedutivo e de buscar e aprender por regras.
5º) IDENTIDADE X CONFUSÃO DE PAPÉIS: quando a criança passa `adolescência (mais ou menos dos 12 aos 18 anos), segundo a teoria psicanalítica tradicional, ocorre um re-despertar do problema do "romance familiar" da primeira infância.
6º) INTIMIDADE X ISOLAMENTO: início da maturidade, aproximadamente o período do namoro e começo da vida familiar, que se estende desde o final da adolescência até o começo da meia idade. Quanto a este estágio, bem como aos estágios doravante descritos, a psicanálise clássica nada tem de importante a dizer.
7º) GENERATIVIDADE X ESTAGNAÇÃO: meia idade ou, aproximadamente, o período em que as crianças se tornam adolescentes e os pais já estão fixados no trabalho e/ou profissão - traz consigo o potencial de uma nova dimensão, com a "generatividade" num extremo ou a "absorção em si mesmo" e a estagnação, no outro.
8º A) VELHICE - INTEGRIDADE DO EGO X DESESPERANÇA: dos 60 anos em diante inicia a velhice. Um indivíduo entre os 60 e 79 anos é considerado um idoso jovem.
8º B) VELHICE AVANÇADA - UMA NOVA VISÃO: indivíduos com 80 anos em diante.
Observação: Infância, puberdade e climatério são períodos de intensa sexualidade e as semelhanças entre eles expressam-se nas relações quantitativas entre as forças do EGO (administrador da realidade, é ele quem decide como e quais necessidades do ID serão satisfeitas) e do ID(responde pelos impulsos biológicos). Nos três períodos, um ID relativamente forte enfrenta em EGO relativamente fraco ou, em outras palavras, há uma supremacia do ID e uma debilidade do EGO. As semelhanças qualitativas dos três períodos, caracterizados por um aumento das cargas libidinosas, relacionam-se à imutabilidade do ID. Mas há importantes diferenças que nascem da grande capacidade de transformações do EGO.
Na atualidade, a expectativa de vida das mulheres é de 76,1 anos e a expectativa de vida dos homens é de 68,5 anos.