quinta-feira, 24 de junho de 2010

ASA BRANCA

Hoje é Dia de São João!
Pretendi não trabalhar com os mesmos textos de sempre, pois estes já eram há muito conhecidos dos alunos.
Explorei a letra da música Asa-branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira e a imagem da tela O Cajueiro, de Odete Maria Ribeiro.
Os alunos compararam as mensagens das obras e relacionaram-nas com a realidade de nosso Planeta.
O que eu não sabia era que "até mesmo a asa-branca bateu asas do sertão" era um pássaro de verdade.
Sempre gostei desta música. Considero-a um clássico da música popular brasileira e um símbolo da região Nordeste. Porém, nunca prestei muita atenção na letra da música, o que me encantava era a melodia.
Agora sei! Asa-branca é um pássaro carcterístico da região e a fuga desta ave, citada numa das estrofes, de certa forma se refere à migração do sertanejo nos períodos de seca, que sai do seu lugar de origem em busca de sobrevivência.

domingo, 13 de junho de 2010

TEMAS TRANSVERSAIS

Ainda há profissionais da educação que continuam tratando os temas escolares tradicionais, considerados como helênicos, como se fossem a única temática possível, desinteressando-se, assim, da problemática cotidiana atual.
Ao propor um trabalho com as diferentes formas de linguagem verbal (oral e escrita), pretendo desenvolver nos meus alunos a capacidade de agir de modo construtivo em diferentes situações.
Por essa razão, os temas propostos (considerados transversais) são encaminhados para que atendam aos interesses atuais do alunado.
Nestas últimas semanas, justamente durante o estágio para o Pead, inseri outros temas diferenciados para trabalhar os conteúdos propostos pelo Rede Municipal de Ensino. Cumpri os conteúdos organizados nos Planos de Estudos de nosso município e, ao mesmo tempo, tornei as atividades interessantes para os alunos e para mim mesma.
Trabalhar com estes temas torna-se necessário para se viver na sociedade atual e vinculá-los aos conteúdos curriculares tem como objetivo dar um sentido prático no exercício da docência, aproximando os conteúdos obrigatórios do cotidiano da criança.
De acordo com esta linha de pensamento, retomo o princípio básico do construtivismo, segundo a perspectiva de Piaget: a necessidade de um processo de elaboração de ações e suas significações, buscando patamares de equilíbrio mais integradores. Ainda segundo a perspectiva piagetiana, a aprendizagem, necessariamente, se dá unida ao desenvolvimento cognitivo e será possibilitada com a ajuda do professor, que favorece que o pensamento do aluno siga seu caminho e converta-se em algo próprio. Ou seja, conforme a linha piagetiana, baseada na faixa etária de meus alunos: "embora a criança consiga raciocinar de forma coerente, tanto os esquemas conceituais como as ações executadas mentalmente se referem, nesta fase, a objetos e situações passíveis de serem manipuladas ou imaginadas de forma concreta". Como posso querer que meus alunos aflorem sua imaginação e criatividade se proponho temas totalmente adversos às suas necessidades e curiosidades?
Trabalhar com temas transversais não significa retirar as matérias curriculares do planejamento, mas de redimensioná-las, considerando como uma "realidade educativa" da escola, determinadas pelas necessidades educativas mais imediatas dos alunos e do ambiente sociocultural do qual eles provêm. Os temas abordados são, nesta ótica, o ponto de partida para as aprendizagens, encaixando-se nos Planos de Estudos como desencadeadores da aprendizagem com significado.
Baseada na teoria de Piaget - "...o processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral, ocorre à partir de uma postura ativa do sujeito em interação com o meio". - procurei inserir temas interessantes aos alunos (a história da máquina fotográfica e aula prática de fotografia, como por exemplo) e no meio destes conteúdos os alunos estavam aprendendo e fixando conteúdos obrigatórios, tais como: adjetivos, substantivos, convivência em sociedade, necessidade do próximo, o avanço da tecnologia, etc...
Fonte:
Texto: Epistemologia Genética e Construção do Conhecimento, de Tânia Beatriz Iwaszko Marques - proposto na interdisciplina Desevolvimento e Aprendizagem Sob o Enfoque da Psicologia.

HISTORIA DAS COPAS



O mundo todo está com sua atenção voltada para a Copa Mundial de Futebol. Na nossa escola também não é diferente! Fica difícil reter a atenção do aluno para um determinado conteúdo, então aproveitamos o objeto de atenção e vamos estudar!
Fiz uma pesquisa sobre a história das Copas. à princípio achei que a atividade iria se tornar monótona para mim, pois não sou muita ligada a este esporte. Estava enganada! Estudar a História das Copas implicou em estudar assuntos que ocorreram paralelamente com estes eventos.
Revi, aprendi e reaprendi fatos que ocorreram pelo mundo afora e que marcaram a história da humanidade!
Como citei anteriormente, também sou, assim como meus alunos, novata em 5° ano. Praticamente, é a primeira vez que leciono para uma turma nesta faixa etária e com os conteúdos propostos para esta classe de alunos. Estou adorando!
Pesquisar conteúdos, preparar aulas, procurar atividades diferentes que não cansem o aluno e a professora se torna, a cada dia, uma aventura maravilhosa!
Pesquisar sobre o assunto "Copas" me oportunizou excelentes aprendizagens.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

AULA PRÁTICA






















Durante a postagem, no Pbwiki, da História & Fotografia e como gosto de trabalhar à partir de poesias, recebi da orientadora do estágio, como sugestão de atividade, uma poesia de Cecília Meireles, entitulada "Encomenda".
Desejo uma fotografia
Como esta - o senhor vê? - Como esta:
Em que para sempre me ria
Como um vestido de eterna festa.
Como tenho a testa sombria,
Derrame luz na minha testa.
Deixa esta ruga, que me empresta
Um certo ar de sabedoria.
Não meta fundos de floresta
Nem de arbitrária fantasia...
Não... Neste espaço que ainda resta,
Ponha uma cadeira vazia.
Li a poesia para meus alunos e fizemos um momento de reflexão sobre as palavras nela contidas. Relembrei aos alunos que a fotografia registrava áquilo que nos passa despercebido apenas com o olhar. Depois das explicações e devidas últimas palavras sobre o que "podia e não podia fazer" na saída de campo, fomos à aula prática: saimos da sala de aula e fomos para o pátio e arredores da escola.
Lembrei que eles podiam fotografar o que quisessem, mas quer seria interessante registrar aquilo que "os olhos nunca paravam para ver".
Não imaginei que meus alunos levassem minhas observações tão à sério. Me enganei! Todas as fotos registradas foram de detalhes da natureza, detalhes que sempre estiveram ali, mas que nunca foram observados: o mamoeiro do vizinho, as flores do jardim da escola, os bichinhos minúsculos que pousam nas flores, o cachorro do zelador do pátio, uma borboleta morta, o Morro Ferrabrás e tantas outras coisas.
Muitos alunos não tinham máquina. Emprestei meu celular para eles.
Foi difícil, muito difícil voltar para a sala de aula, pois o encantamento em "tirar fotos" contagiou a todos, inclusive a mim.
Mais uma lição aprendida: podemos aprender a amar as coisas e os seres somente se estamos dispostos a conhecê-los, ou seja, deste dia em diante as atitudes de meus alunos em relação ao bem comum, que é nossa escola e seus arredores, mudaram. Eles passaram a respeitar mais o ambiente, a manter a sala mais limpa e organizada, a procurar pela lata de lixo, invés de jogar o papel no chão, como faziam antes.
Aprendi minha lição, para uma verdadeira aprendizagem é necessário o envolvimento do aprendiz com o objeto de aprendizagem.







sexta-feira, 4 de junho de 2010

FOTOGRAFIA & HISTORIA










"Continuo buscando, re-procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar, anunciar a novidade".

(Paulo Freire)


Através deste tema obtive mais aprendizagem do que oportunizei. A história da fotografia e da máquina fotográfica objetivavam uma aula diferente e interessante. Conseguiu alcançar o objetivo proposto! Além dos textos informativos e estratégicos para leitura, a comparação das obras de Petrus Paul Rubens e Vincent Van Gogh foi muito bem realizada pelos alunos - distinguindo, com perfeição, as técnicas de cada um -, e serviram de apoio na produção do auto-retrato e da "continuação da imagem".

Conforme Freire, pesquisei para ter mais fontes de apoio e descobri que nada sabia sobre o assunto. Agora sei!


Fonte:


A Maneira Lúdica de Ensinar (Vol. 5)