terça-feira, 3 de junho de 2008

ESTÁGIOS NO DESENVOLVIMENTO LÓGICO


Jean Piaget (1896-1980), psicólogo suiço mundialmente famoso por sus estudos na área da Psicogenética, realizou experiências que evidenciaram quatro estágios no desenvolvimento lógico:

Estágio sensório-motor: Vai desde o nascimento até cerca de 24 meses. Nesse período, a criança passa de atividades puramente reflexas à formação dos primeiros hábitos, depois à coordenação entre visão e preensão (olhos e mãos), à procura de objetos escondidos, à prática de atos intencionais, à complexificação e diferenciação de esquemas de ações e à resolução de problemas por compreensão.

Estágio pré- operatório: Vai dos 2 anos, aproximadamente, até cerca de 7 anos. Essa fase tem início com o aparecimento da linguagem, que é um função simbólica. Começa a curiosidade (por quê?, como?, que é isto?), aparece o pensamento intuitivo.

Estágio das operações-concretas:Vai dos 7 aos 12 anos, aproximadamente. Nesta etapa do desenvolvimento, a criança ainda está totalmente ligada a objetos reais, concretos, mas já é capaz de passar da ação à operação, que é uma ação interiorizada. É também nesse estágio que começa a capacidade de classificar e de fazer transformações reversíveis, isto é, que podem ser invertidas, voltando à origem, que podem ser desmontadas. Começam a se estabelecer algumas noções de conservação.

Estágio das operações formais: Vai dos 11 aos 12 anos até maios ou menos os 15. É a fase em que aparece o raciocínio lógico: a criança já é capaz de pensar usando abstrações.

Cada estágio serve de base para o estágio seguinte; porém o desenvolvimento não é linear nem apenas quantitativo. Há rupturas no modo de pensar, há mudanças de qualidade provocadas pelo desenvolvimento quantitativo de atividades. Por isso, as mensagens são interpretadas de modos diferentes em cada etapa de desenvolvimento da criança. Isso é fundamental em educação. É improdutivo, e até prejudicial, tentar certas atividades com alunos que ainda não estão no estágio de assimilá-las. Assim, um aluno pode não apresentar bom resultado num determinado assunto e de nada adiantará fazer recuparação. É necessária uma correspondência entre o desenvolvimento psicogenético e as atividades propostas na escola, lembrando sempre que o pensamento cresce a partir de ações, ou seja, vai do concreto para o abstrato, da manipulação para a representação, e desta para a simbolização.



















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